sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Espinafres com grão-de-bico

Estamos de dieta à base de água e vento há mais de uma semana. De uma coisa não nos podemos queixar: não morremos à sede! Mas isto é cansativo! Quero ir dar uma caminhada, esticar as pernas, ver amigos e a água não deixa, a não ser que eu não me importe de ir no enxurro, porque a aldeia é sempre a descer e até ia chegar à cidade mais rapidinho :)
Entretanto resolvi entrar noutra dieta, a da Manuela e apresento aqui uma salada quente que reuniu consenso. Grão-de-bico é algo que é sempre muito bem visto nesta casa, embora acarrete efeitos secundários manhosos he he Mas podem sempre dizer que o barulho é do vento, o que não deixa de ser verdade ;)

Para 4-6 pessoas:
2 colheres (sopa) de azeite
1 dente de alho grande, cortado ao meio
1 cebola média, finamente picada
1/2 colher (chá) de cominhos
pitada de pimenta-de-caiena (não tinha, usei pimenta branca)
pitada de açafrão-da-índia (usei estames de açafrão)
800 gr de grão-de-bico, enlatado, escorrido e enxaguado (cozi eu o grão na panela de pressão)
500 gr de folhas de espinafre pequenas, lavadas e sacudidas para tirar a água em excesso
2 pimientos del piquillo, escorridos e cortados às rodelas (usei pimento vermelho comum)
sal e pimenta

Preparação:

1. Aqueça o azeite numa caçarola grande com tampa em lume médio-alto. Adicione o alho e deixe refogar durante 2 minutos, ou até ficar alourado, mas não queimado. Retire com uma escumadeira e deite fora.

2. Acrescente a cebola, os cominhos, a pimenta-de-caiena e o açafrão-da-índia e deixe cozer, mexendo, durante cerca de 5 minutos até ficarem brandos. Junte o grão-de-bico e mexa, até ganhar, ligeiramente, a tonalidade do açafrão-da-índia e da pimenta.

3. Acrescente, mexendo, os espinafres apenas com a água que estiver nas folhas. Tape e coza durante 4-5 minutos até ficarem murchos (os meus levaram mais tempo). Destape, deite os pimientos del piquillo, e deixe cozer mais um pouco, mexendo com calma, até o líquido se evaporar. Tempere com sal e pimenta e sirva.



Nota: Como eu usei pimento vermelho, acrescentei-o logo no início, ao mesmo tempo da cebola, para que ele fosse ficando tenro.
Receita retirada do livro "Cozinha Mediterrânica" da Parragon.

Manuela, sei que gostas de espinafres e de grão, espero que aproves esta minha sugestão :)
Parabéns ao Delícias e Companhia pelo segundo aniversário e que conte muitos mais anos de delícias saudáveis e outras nem tanto!

Bom fim de semana a todos.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Bolo de cenoura, alcaravia e nozes

Como não é muito fácil encontrar receitas que levam alcaravia, fiz um apelo para que, caso alguém encontrasse alguma, me enviasse para o mail. A Isabel enviou-me esta magnífica receita, retirada daqui. Fiz alguns ajustes, uma vez que não usei a cobertura/recheio e modifiquei a farinha. Muito sinceramente, este bolo não exige qualquer tipo de recheio ou cobertura. A cenoura dá uma consistência bem húmida à massa e as nozes dão-lhe estilo :) Pronto, confesso que não tinha mascarpone em casa e não me apeteceu ter trabalho a fazer a cobertura! No fundo, acho que ainda deve ficar melhor, não fosse eu adoradora oficial de mascarpone he he

Em relação à alcaravia, considero-a opcional. Se não tiverem, não a usem mas façam este bolo que fica fantástico.
Usei uma forma redonda de 18 cm de diâmetro. No original é feito em forma quadrada. Façam como preferirem!
Não ficou com uma aparência fantástica? E o sabor acompanha o aspecto exterior, lindo por fora e maravilhoso por dentro :)

Ingredientes:
1-2 colheres (sopa) de alcaravia (usei apenas uma colher de sopa mas acho que uma de chá é suficiente)
3 ovos grandes
70 gr de açúcar amarelo
80 gr de nozes sem casca
100 gr de farinha de trigo 85 (usei 65 mas podem usar farinha para bolos)
300 gr de cenouras raladas
2 colheres (chá) de fermento
1-2 colheres (chá) de canela moída
1 pitada de sal
1 limão

Recheio e cobertura:
1 limão
200 gr de mascarpone
30 gr de açúcar em pó

Pré-aqueça o forno a 180ºC. Bata os ovos com o açúcar amarelo. Adicione as nozes picadas, a farinha, o fermento, o sal, a canela e a alcaravia. Misture bem e adicione a cenoura e o sumo de limão. Despeje a mistura numa forma não muito grande, untada e enfarinhada, e leve ao forno por 45 minutos.

Para a cobertura, misture o mascarpone com o sumo de limão e o açúcar em pó.
Quando o bolo arrefecer, abra-o ao meio e cubra com metade do mascarpone. Coloque a outra metade do bolo por cima e cubra com o restante mascarpone. Polvilhe com canela e corte o bolo em pedaços.

Espero testar novas receitas em breve com estas sementes. Se ficarem boas já sabem... a receita vem cá parar.

Bom resto de semana a todos, se é que isso é possível com tanto vento e tanta chuva em Portugal, ou com tanto calor noutras partes do planeta! Onde é que está o equilíbrio? É que para desequilibrados bastamos nós :)

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Pão de queijo

Modéstia à parte, acho que os meus primeiros pães de queijo ficaram bem bonitos e nem foram daqueles que se compram congelados e é só meter ao forno. Não! Eu fiz tudo com as minhas mãos e não achei nada fácil amassar algo que se agarra aos dedos como um condenado se agarra à vida :)

Sou uma grande apreciadora de queijo, isso é ponto assente e sabia que mal provasse pão de queijo ia apaixonar-me perdidamente. Enganei-me redondamente. Não achei piada nenhuma ao sabor do pão quente ou morno. Sabia-me a tudo menos a queijo e isso não tem piadinha nenhuma. Talvez tenha sido do queijo que eu usei, a receita não referia a "espécie" e eu usei o limiano que tinha em casa e que é um queijo que gosto bastante.

A receita foi aprovadíssima por todos cá em casa, eu fui a única desiludida. Porém, achei que estava perfeito (só sobrou um) no dia seguinte! É mesmo à pobre, adoro comida ressessa :)

Ingredientes:
500 gramas de polvilho
2 chávenas de leite
1 chávena de óleo
4 ovos
2 chávenas de queijo ralado
sal a gosto

Preparação:
Ferver o leite com o óleo e o sal, e escaldar o polvilho.
Deixar arrefecer.
Acrescentar os outros ingredientes e amassar bem.
Fazer bolinhas e cozer em forno quente.


A receita foi retirada do saco de polvilho que comprei. Para já não vou repetir a receita, dá demasiado trabalho para serem comidos ressessos he he Além do mais, quando escaldo o polvilho no leite, fica com um cheiro tão intenso a borracha queimada que a minha cozinha parece uma central de recauchutagem :)
Quando me passar o trauma, volto a tentar com um queijo mais adequado, tipo parmesão ou mozzarella.
Não me lembro bem quantos pães deu a receita, mas foram cerca de 18-20.

Boa semana a todos. Estou quase recuperada da constipação, só me falta perder aquela voz manhosa com que se fica quando se está com o canal entupidinho :)

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Bolo de sementes de alcaravia

Por causa desta receita que vi num pequeno livrinho da Anne Wilson chamado "Bolos e Tartes", comprado ainda na época em que estudava em Coimbra, andei anos a tentar encontrar essa tal de especiaria chamada Alcaravia. Portanto, depois dos biscoitos lancei-me no bolo de sementes de alcaravia.

Segundo o que diz o livro, é um bolo tradicional inglês com o qual se comemora o fim da sementeira da Primavera. Mas eu não podia esperar até à Primavera, ia morrer de vontade!
Resulta num bolo pequenino, aconselho o uso de uma forma de 17-18 cm, mas delicioso ao estilo pound cake com uma massa tão fofa que parece pão-de-ló.
Quem não tiver sementes de alcaravia pode aromatizar com qualquer outra coisa ou fazer simples.

Este foi o bolo que ficou a arrefecer em cima do fogão e que o Matias fez o favor de provar primeiro, deixando-o com umas quantas dentadas. Motivo para um post no Só Possuídos.
Nos tempos que correm nada se desperdiça, eu cortei as partes que estavam trincadas, daí o bolo já aparecer cortado na foto :) Mas só aparecem as fatias que estavam intactas, as outras foram comidas por trás da câmara fotográfica!

Ingredientes:
125 g de manteiga
1/2 chávena de açúcar refinado
3 ovos ligeiramente batidos
1 1/4 chávena de farinha de trigo com fermento
3 colheres (chá) de sementes de alcaravia (usei 2)
2 colheres (sopa) de leite

1. Aqueça previamente o forno a uma temperatura moderada de 180º C. Unte o fundo e os lados de uma forma redonda de 17 cm com manteiga derretida ou óleo e forre-lhe o fundo com papel vegetal. Com a batedeira, numa tigelinha, bata a manteiga e o açúcar até obter uma mistura lisa e cremosa. Junte-lhe os ovos, pouco a pouco e um de cada vez.
2. Coloque a mistura numa tigela maior e, com uma colher de metal, junte-lhe a farinha peneirada e as sementes de alcaravia, alternado com o leite.
3. Deite a massa na forma e alise a superfície. Leve-a ao forno durante 50 minutos ou até que, ao enfiar um espeto de metal, este saia limpo. Deixe o bolo repousar durante 20 minutos na forma; depois, deite-o numa grelha para que arrefeça (aqui, muito cuidado com os gatos que andam à solta he he). Sirva-o polvilhado com açúcar de confeiteiro.

Esta é finalmente a primeira receita de 2010 :)
Agora vou ali beber um cházinho para curar uma constipação e outras mazelas manhosas!
Bom fim de semana a todos ;)

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Bôla de carnes


Sou uma fã incondicional de salgados e gosto de queijo como de água para sobreviver. Esta é a melhor bôla que já provei até hoje. Repeti-a já muitas vezes e, quem prova, aprova e pede a receita. Via-a a primeira vez no Sete Pecados mas já correu outros blogues.
É muito simples de fazer, não precisa de fermento de padeiro e os ingredientes encontram-se facilmente em qualquer cozinha. O melhor de tudo é que a massa não fica seca e, no dia seguinte, mantém-se fofa. Não há nada melhor e a receita está disponível para quem quiser experimentar :) E fica tão lindinha, não fica?
Aiii que orgulho he he

Ingredientes:
4 ovos
2 dl de óleo (usei apenas 1 dl)
2 dl de leite
330 gr de farinha autolevedante
3 colheres (chá) de fermento
400 gr de carnes variadas (usei fiambre, chourição e muito queijo)

Preparação:
Na batedeira coloque os ovos e o óleo e bata por 10 minutos (convém cumprir este tempo para que a massa fique fofinha). Depois deita-se metade da farinha e o leite alternados e, por último, a restante farinha misturada com o fermento.
Deita-se num pirex, primeiro uma camada de massa e depois, fiambre, queijo e chourição (ou presunto, sobras de carnes, bacon, etc). Por último, cobre-se com a restante massa.
Leva-se ao forno a 180º C até estar cozida. Se quiser pincele com gema de ovo (não uso).

Com esta receita participo na promoção do aniversário do blog da Fla, Arte na Cozinha. Ela pede que expliquemos porque esta receita irá revolucionar a cozinha dela. A minha resposta é:

Esta bôla que aqui apresento,
Na cozinha é uma revolução.
Deliciosa, faz-se num momento
Leva queijo, fiambre e chourição.

Em 20 minutos está feita
Come-se num segundo.
Fica aqui a receita,
Para que a veja meio mundo.

E mais não digo, nem vale a pena... façam, oiçam o que vos digo. Esta bôla não tem dilema :)

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Ontem foi assim...

Antes de passar ao salão principal, os casais foram recebidos com uma flute de champagne com um pedacinho de morango dentro.


Antes dos pratos principais tivemos aperitivos e um creme de abóbora e essência de hortelã.Uma das melhores sopas que já provei mas, isto de ir com um fotógrafo não adiantou de nada. No meio da confusão não deu para fotografar e a fome, nessa altura, já era alguma :)

Moqueca de peixe com arroz de jasmim

Pintada recheada de cogumelos e castanhas com arroz selvagem e chips de batata doce

Bolo de chocolate Moeleux com sorvete

Um ambiente romântico, descontraído, divertido e aconselhável a quem quer passar um serão agradável e a quem gosta de comer bem.
Obrigada ao Nuno pelo convite, à Amaya pelas delícias preparadas, ao Paulo pela recepção e boa disposição e a toda a equipa pela simpatia!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Muffins de banana, coco e chocolate

Dia dos Namorados que se preze tem que ter banana e chocolate, não? Para disfarçar junta-se um bocadito de coco e... se não há panquecas, ao menos que hajam queques :)
A foto ficou má, para não dizer horrível mas o importante é o amor que se coloca nas coisas que fazemos e o amor com que comemos essas coisas. Prometo que a conversa não vai descambar. Os pensamentos possuídos e poluídos vão ficar só para mim!
Para vocês, fica a receita que retirei daqui e já é muito bom ;) Portanto, o próximo fim de semana, peguem na banana e com carinho, envolvam-na na massa. Porcos, já estão a pensar noutras coisas... ou serei só eu?

Ingredientes:
1 1/2 chávena de farinha
3/4 colher (chá) de bicarbonato de sódio
1/2 colher (chá) de canela moída
1/4 colher (chá) de sal
5 colheres (sopa) de manteiga derretida
1 colher (chá) de extracto de baunilha
1/2 chávena de açúcar
1 ovo
3 bananas maduras
1/2 chávena de pepitas de chocolate
1/2 chávena de coco seco ralado, mais algum para polvilhar

Preparação:
Pré-aqueça o forno a 180º C. Preencha as formas com forminhas de papel (usei forminhas de silicone). Numa tigela misture a farinha, o bicarbonato, a canela e o sal. Reserve.
Noutra tigela, misture o ovo e o açúcar com o extracto de baunilha até estar bem envolvido. Junte a manteiga derretida. Misture bem. Esmague a banana para a tigela e misture. Junte as pepitas de chocolate e o coco e envolva bem.
Junte a mistura de ingredientes secos mas não mexa demasiado. Divida a massa pelas forminhas e salpique o topo com coco ralado. Leve ao forno até ficar dourado, cerca de 25-30 minutos.
Deixe arrefecer por 5 minutos e depois pode comer.

Não gostei deles quentes, nem mornos. Para mim, ficam excelentes frios. Não gosto do sabor de banana quente (mais uns pensamentos pecaminosos!) nos bolos. Coco fresco ralado teria ficado muito melhor e mais bonito por cima dos muffins, mas eu não tinha. Usei 1 chávena de farinha para bolos e 1/2 chávena de farinha integral.

Agora quero deixar uma sugestão para o jantar do dia dos namorados! Não sei se alguém conhece a Quinta do Prazo em Valença, mas no dia dos namorados preparam sempre uma ementa especial. Domingo, 14 de Fevereiro vou lá jantar. Não vou para namorar, mas juro que vou afogar essa mágoa na comidinha :)
Vejam lá as sugestões gastronómicas:

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Por ti, Gabi!


Eu não conheço a Gabi,
Nem preciso conhecer.
O que se passa aqui,
É uma vida que precisa viver!

O Vitor Hugo do Prato Fundo
Teve uma ideia para ajudar.
Vamos lá alertar meio mundo,
Para a Gabi se salvar!

Passem no Prato Fundo para conhecer a história da Gabi, para saberem o que podem fazer por ela e para conhecerem a recompensa que podem ganhar caso façam a licitação mais alta.
Mais uma vez, fico feliz por saber que ainda existem seres humanos que o são no verdadeiro sentido da palavra. VH, parabéns pela iniciativa! Estou a torcer pela Gabi e espero que ela vença mais este obstáculo.
Quem não puder ajudar economicamente, faça como eu e divulgue esta causa. Tudo ajuda!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Pão de quatro farinhas

Este pão cresceu que foi uma coisa estúpida! Lembra-me aqueles colegas de escola que, ao pé de nós, eram enormes e, em jeito de brincadeira, perguntávamos se lhes tinham colocado fermento ou adubo na massa :) No fundo era inveja, porque não conseguíamos ver o mundo de lá de cima e a panorâmica devia ser tão mais interessante!
Agora entendo que alguns de nós são feitos só de farinha de trigo e outros devem levar quatro farinhas...

Ingredientes para um pão de 1350 gramas:
300 g de farinha tipo 65
200 g de farinha semi-integral (uso integral)
160 g de farinha de espelta
100 g de farinha de arroz
500 ml de água (uso apenas 450ml)
1 colher (sopa) de sal
2 colheres (sopa) de mel
2 colheres (sopa) de azeite
1 iogurte natural
3 colheres (chá) de fermento em pó

Preparação:
Coloque a água na máquina e junte-lhe o sal, o mel, o azeite, o iogurte, e as farinhas. Adicione o fermento, distribuindo-o sobre as mesmas.
Seleccione o programa "pão integral", o tamanho e a cor do pão. Ligue a máquina.


Quem quiser fazer apenas um pão de 750g e não tiver o livro da Larousse "Aprender a fazer pão", mandem e-mail que eu não me importo de enviar a receita.
Continuo a ter que diminuir a quantidade de líquidos, senão a massa fica demasiado líquida e o pão não fica bom.
Quem quiser, pode usar fermento fresco, cerca de 20 gramas de fermento de padeiro são suficientes.
Só não faço este pão mais vezes porque a farinha de espelta não é lá muito barata, mas fica um pão muito bom, já para não dizer que é super saudável!

Boa semana a todos e que nunca vos falte pãozinho para a boca :)

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Panquecas de mascarpone

Esta é óptima para um fim de semana como o que está para vir, especialmente se estiver frio, e aqui está bastante!
A massa expande muito na frigideira, parece que cresce a olhos vistos. Ficam especialmente fofas e bem gorduchas :) E gordura, ao contrário do que dizem, é formosura sim senhora, pelo menos nas panquecas!

Não me lembro quantas panquecas obtive, mas sei que consegui pelo menos seis. Retirei a receita daqui e na mesma postagem têm três panquecas diferentes. As de maçã e buttermilk também me parecem deliciosas, as de banana já eu sei que são um espectáculo! Usei cerca de 100 gramas de mascarpone que foi o que me sobrou depois de ter feito os brownies.

Vem aí o dia dos namorados e podem sempre aproveitar para testar estas panquecas, feitas a dois devem saber ainda melhor. Mas sem badalhoquices, tá? Depois podem levar as "outras panquecas" pró quarto, pró corredor, pró chão da sala e até pra cima da máquina de lavar :) O que vocês fazem é lá convosco e eu não quero saber!

Ingredientes:
1 1/2 chávena de farinha
3 colheres (sopa) de açúcar
2 colheres (chá) de fermento em pó
1-1/2 colher (chá) de sal
1/2 chávena de mascarpone à temperatura ambiente
3/4 chávena + 1 colher (sopa) de leite
2 ovos, ligeiramente batidos
1 colher (chá) de baunilha
1 colher (chá) de raspas de limão
1 chávena de mirtilos frescos ou congelados (não usei)

Junte os ingredientes secos. Noutra tigela, misture o mascarpone, leite, ovos, baunilha e limão até estar bem combinado. Junte a essa mistura os ingredientes secos e mexa até estar húmido. Junte os mirtilos e agregue cuidadosamente. Coloque colheradas na frigideira quente e cozinhe até ficar dourado dos 2 lados. Reserve e mantenha quente até servir. Sirva com manteiga, maple syrup/xarope de ácer ou simples.

Usei golden syrup por cima das panquecas (também podem despejá-lo em cima do vosso parceiro e...) mas, quem não tiver, pode usar mel que fica bom na mesma.
Desconhecia golden e maple syrup mas, graças a umas pessoas, já tenho esses produtos cá em casa e, sinceramente, as panquecas ganham mesmo outro sabor :)

Bom fim de semana!

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Azeitonas marinadas

São um veneno mas são dos mais saborosos que podem existir! Não que eu tenha provado outros, ainda não cheguei ao ponto de pensar em suicídio. A vida não está fácil para ninguém e, caso alguém se queira envenenar... que o faça com azeitonas :)
Para minimizar os estragos, diminuí os ingredientes para metade.

Ingredientes:
450 g de azeitonas verdes grandes de conserva, descaroçadas, escorridas (mais nada?)
4 dentes de alho, pelados
2 colheres (chá) de sementes de coentro
1 limão pequeno
4 raminhos de tomilho fresco
4 bolbos de funcho com rama (não usei)
2 malaguetas vermelhas frescas (opcional)
pimenta
azeite extravirgem, para temperar

Preparação:
1. Para permitir que os sabores da marinada penetrem nas azeitonas, coloque-as numa tábua de picar e, com o rolo da massa, esmague-as ligeiramente. Em alternativa, use uma faca afiada e faça incisões longitudinalmente nas azeitonas. Usando a parte não afiada da faca, esmague ligeiramente cada dente de alho. Esmague, num almofariz, as sementes de coentro. Corte o limão, com a casca, em pedaços pequenos.

2. Coloque as azeitonas, o alho, as sementes de coentros, o limão, o tomilho, o funcho e as malaguetas, se as usar, numa taça e agite bem. Tempere com pimenta, mas não será necessário adicionar sal, uma vez que as azeitonas de conserva têm sal suficiente. Deite os ingredientes num frasco com tampa. Verta azeite suficiente, de modo a cobrir as azeitonas, e sele o frasco muito bem.

3. Deixe as azeitonas ficar à temperatura suficiente durante 24 horas, a seguir deixe-as marinar no frigorífico durante pelo menos 1 semana, mas preferencialmente durante 2 semanas antes de as servir. De vez em quando, agite o frasco ligeiramente, de modo a misturar os ingredientes. Volte a colocar as azeitonas à temperatura ambiente e retire-as do azeite para servir. Sirva com palitos para picar as azeitonas.



Notas: Não usei azeitonas descaroçadas, usei o que tinha em casa mas, como é óbvio, a marinada não penetrou no interior, mesmo tendo feito os cortes longitudinais. No entanto, gostei muito do sabor com que ficaram, especialmente das sementes de coentros que ainda não tinha experimentado.
O azeite pode ser aproveitado para cozinhar ou temperar, uma vez que já está aromatizado.
Receita retirada do livro da Parragon Books "Cozinha Mediterrânica".

Esta é mais uma de 2009 e ainda faltam algumas para me livrar do ano velho! E já tenho receitas de 2010 em lista de espera. Voltei à cozinha há uns dias atrás :)
Podia publicar várias receitas por dia ou uma todos os dias. Mas isso faz com que metade das pessoas nem tenha tempo para vê-las, eu sei que me vejo aflita para ler e comentar os blogs que publicam todos os dias! E já agora, facilitava muito se não fizessem verificação de palavras. Sou míope e aquelas letras pequeninas e muito juntinhas fazem com que se me baralhem os olhinhos e os neurónios ;)

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Compota de abóbora e coco


Não sei se se recordam mas, em 2009 (já ando a ficar fartinha do ano velho!) tinha uma abóbora de uns quantos quilos para usar. Com ela fiz pizza, scones, pão e tarte mas faltava a compota. Em Portugal, é comum a compota de abóbora com nozes mas eu decidi experimentar a compota de abóbora brasileira que leva coco. É esta que vos apresento e garanto que ficou excelente. Fiz duas vezes, uma com cravinho e outra sem. Prefiro a que foi feita com cravinho, até porque deixei apurar muito mais... tanto tanto que até deixei queimar o fundo he he
É que foi feita na panela de pressão e é tão rápido que nem se dá por nada. Num instante, temos compota de abóbora à mesa :)
Baseei-me nas sugestões que vi no The cookie shop e no Rosmarino e Prezzemolo.

Ingredientes:

1 kg de abóbora descascada e cortada em cubos
1/2 kg de açúcar
1 pau de canela
4 cravos da índia
1/2 chávena de coco ralado

Preparação:
Numa panela de pressão, coloque a abóbora, o açúcar, o pau de canela, os cravos e o coco. Tape e leve ao lume médio. Quando começar a ferver, conte 15 minutos e depois desligue (depende das panelas, a minha levou cerca de 25 minutos). Guarde em frascos esterilizados e saboreie um belo doce de abóbora!


Rende cerca de 3 frascos pequenos, fica com uma cor e um aroma espectaculares. É difícil escolher entre a compota feita com nozes e a compota feita com coco. São as duas muito boas. Quem não gostar, pode omitir o cravo da índia. Eu acho que lhe dá um aroma único por isso uso-o mas em menor quantidade, porque pode haver alguém que não goste. Cá em casa, ninguém se queixou. Mas aqui andam sempre cheios de fome :)