quinta-feira, 31 de março de 2011

Bolachas rústicas integrais de Za'atar


Za'atar é uma mistura de especiarias bastante apreciada na Turquia e no Norte de África. É basicamente composta por sementes de sésamo tostadas, tomilho seco, sumagre/sumac e sal. No entanto, outras ervas podem ser acrescentadas e vão variando de região para região. A mistura que eu tenho veio do Brasil e não sei muito bem qual a sua composição, mas sei que é bastante boa.

Pensando numa despedida, numa reunião, numa refeição, juntaram-se pessoas, amigas, unidas pela comida e por outros interesses que lhes são comuns. Tal como no Za'atar, somos uma "mistura de especiarias" que vamos dando cor aos nossos dias, intensificando o sabor da amizade, enraizando na memória o odor da partilha, embebendo a tristeza da saudade mesmo antes da partida. No final, depois do choradinho, polvilhamos o açúcar, embebemos a doçura dos versos e dos abraços, com a certeza do reencontro, com o desejo de felicidade eterna, com a espera das novas aventuras, de novos sabores e experiências. Tal como as especiarias, cada uma vale por si, mas pinceladas juntas há, com toda a certeza, uma vivência bem particular.

Ingredientes:
1 1/2 chávena de farinha para pão
1 1/2 chávena de farinha integral
2 1/2 colher (chá) de fermento em pó
1 1/2 colher (chá) de sal
2 colheres (sopa) de mel (usei mel Algarvio)
1/3 chávena + 2 colheres (sopa) de azeite
2/3 chávena de água morna + 2 ou 3 colheres (sopa) se necessário
8 colheres (chá) de za'atar ou outras sementes*

Preparação:
Misture as farinhas numa tigela e adicione o fermento e o sal.
Noutra tigela, junte o mel com a água e o azeite.
Junte os ingredientes líquidos aos sólidos e trabalhe a mistura com uma colher. Se tiver dificuldades com a massa, junte mais uma colher de água de cada vez. A massa não se deve colar às mãos mas também não deve ficar muito seca.
Forme uma bola e amasse até que não exista nenhuma farinha residual na tigela. Passe a massa para uma superfície enfarinhada e trabalhe-a por 5-6 minutos até que fique flexível e elástica.
Embrulhe a massa em película aderente e deixe descansar por 30 minutos ou 1 hora se tiver tempo.
Pré-aqueça o forno. Divida a massa em 4 partes iguais. Cubra a massa restante com um pano limpo. Role uma porção de massa e estique-a até ficar fina (não demasiado) e em forma rectangular. Pincele a massa com azeite e salpique com 2 colheres (chá) de za'atar.
Corte a massa na forma que desejar e leve ao forno por 20-25 minutos ou até que fiquem douradas e crocantes.

Notas:
Fiz a massa na MFP, coloquei primeiro a mistura líquida e depois a mistura de farinha, deixei amassar e quando terminou, desliguei a máquina e deixei a massa lá dentro a repousar. 
Tentei contar quantas bolachas obtive mas desisti a meio porque foram muitas e depende sempre do tamanho que vocês quiserem. Eu obtive cerca de 100, metade versão salgada, metade versão doce. 
São óptimas para petiscar com um dip ao lado, mas eu uso a mistura salgada para comer com sopa ou simplesmente para ingerir uma atrás da outra, as doces são completamente viciantes. Caso não tenham za'atar, podem usar a vossa mistura de especiarias favoritas ou as seguintes combinações sugeridas:
  • Doce- 2 colheres (sopa) de açúcar amarelo, 1 colher (chá) de canela moída, 1 pitada de noz moscada;
  • 1 colher (chá) de paprika, 1 colher (chá) de oregãos, 1 colher (chá) de mostarda em pó, 2 colheres (chá) de alho em pó;
  • sal e pimenta;
  • sementes de sésamo, sementes de papoila e sementes de linhaça com uma pitada de sal
No meu caso, fiz a versão salgada com o za'atar e a versão doce com o aroma a canela. Também já experimentei com a mistura de especiarias marroquina da NoMU e ficou muito bom. Na foto, em primeiro plano estão as bolachas de za'atar, em cima as marroquinas e a Oeste as doces. Ficam muito crocantes e, caso não as comam todas de enfiada, devem ser guardadas num recipiente hermético.
Podem ver a receita com o passo-a-passo no blog Choosy Beggars.

Aproveito para agradecer às minhas amigas que fazem com que eu me sinta sempre indispensável. Um até breve a alguém que é indispensável para mim!
Agradeço de antemão a todos os visitantes e todos os comentários que venham a ser feitos :) Bom resto de semana!

terça-feira, 29 de março de 2011

Bolo molhado de limão


Verdes são os campos da cor do limão
Perdoem o Camões que ficou de olho na mão.
Aqui o limão é bem amarelinho
O bolo ficou fresco, leve e molhadinho :)

Há dias em que nada mais pode ser dito, acrescentado ou inventado. A verdade vale mais que muitas imagens, incentivos, pedidos esclarecidos de que podem e devem fazer este bolo. Este é especial, só para quem tem esse gosto particular que os distingue de todos os outros comuns mortais. Este é para os adoradores de limão, inclusive o Camões que os enxergava, verdes, mas enxergava :)

Ingredientes:
2 limões grandes
60 g de farinha
1 pitada de sal fino
180 g de açúcar
3 ovos grandes, separados
2,5 dl de leite
manteiga para untar

Preparação:
Pré-aqueça o forno a 180ºC. Raspe 1 colher (sopa) de casca limão e esprema 6 colheres (sopa) do sumo. Misture a farinha, o sal e 1/2 chávena de açúcar numa tigela grande.
Noutra tigela, misture as gemas, o leite, a raspa e o sumo de limão. Junte à mistura de farinha. Mexa.
Bata as claras em flocos, junte o restante açúcar e bata até as claras ficarem firmes. Bata cerca de 1/4 das claras com o preparado anterior e incorpore depois as restantes, sem bater.
Deite a massa numa forma untada e leve ao forno, em banho-maria, até o bolo ficar fofo e dourado (cerca de 45 minutos). Desenforme e sirva morno.

Notas:
Usei uma forma de buraco, untei-a com Spray Espiga. Diminuí a quantidade de açúcar para 150 g, achei suficiente.
A receita é da Revista "Boa Mesa" nº 10 de 2004.
A parte inferior do bolo, depois de desenformado, fica leve e fofa, o topo fica "apudinado". Sugerem que se sirva morno mas eu preferi à temperatura ambiente.
Para que fique esclarecido, eu sei que há limões verdes e que os limoeiros são verdinhos ;)

quarta-feira, 23 de março de 2011

Vou contar-vos como foi


Esta história é da e para a minha mãe, já que nos anos 60 e 70 eu ainda não estava nos planos.

São 8 irmãos, 4 rapazes e 4 raparigas. Elas são todas Maria e eles quase todos Manéis, com um José pelo meio só para destoar. Havia um pai e uma mãe, um tio paterno, mais o pai do meu avô e uma tia da minha avó - casada com um irmão da minha avó, mas já viúva e mais conhecida por "velhota" - eram muitos, 13 sentados à mesa. Naquele tempo fazia-se broa de milho para 8 dias e usava-se como unidade de medida a arroba. Naquele tempo o pão durava e, mesmo duro, era bem aproveitado. A farinha usada era peneirada, só farinha de milho branca, com a água, o sal e o fermento de padeiro. Fui ouvindo estas histórias pela minha vida fora, a família é divertida, as tropelias da infância marcaram-lhes a memória e choramos a rir com isso. Dizem que já não há amigos como antigamente e pão também não. Nasci nos loucos 80, mas a broa de milho perpetuou-se no tempo, a minha avó paterna também a fazia e eu acompanhava todo o processo mas a memória é traiçoeira.
Depois de falar com a minha mãe, depois de ligar à minha tia, chegamos aos ingredientes, mas as quantidades é que foi pior. Resolvi tentar e testar. A receita poderia até nem dar certo - na primeira tentativa foi parar ao pato - mas a história, essa, não falha:

Os oito juntavam-se e, tal como é natural, brincavam às mães e aos filhos. Elas, com pouca diferença de idade umas das outras, reuniam-se, preparavam o almoço e colocavam os irmãos em sentido, em filinha e de bico aberto. É dever das mães sustentar os filhos, certo? Claro que sim, e elas tratavam bem deles. A broa era esfarelada e picavam uma cebola bem picadinha. Misturavam tudo e diziam aos "pintainhos" para abrir a boquinha :) Aquele que se atrevesse a cerrar os dentes, levava com uma delas a tapar-lhe o nariz e outra a enfiar-lhe pela goela abaixo essa deliciosa iguaria que resultava num hálito maravilhoso para o resto do dia ;) Há ainda um tio verdadeiramente traumatizado e que nem pode ouvir falar em broa com cebola!

As crianças são o espelho dos pais! A minha avó materna - conta a minha mãe - usava a broa de milho já bem dura, com 8 dias, partida em pedacinhos, salpicada com umas colheradas de açúcar e uns goles de vinho tinto caseiro e começava a chamar pelos filhos: "Venham cá que é hora do lanche!". Os 8 sentados à mesa, engoliam sem esforço, sem narizes tapados à força, as sopas de cavalo cansado :) Para rematar, entre muito riso e pouco juízo que este desafio me trouxe, diz-me a minha mãe assim: "Nenhum de nós nunca partiu um osso, entre broa com cebola e broa com vinho tinto, estamos rijos e prontos para o que der e vier".
Se fosse hoje, digo eu, estariam todos entregues à segurança social!

Broa de milho

500 g de farinha de milho branca
20 g de fermento de padeiro
300 ml de água
1 colher (chá) de sal

Amorna-se a água e nela se dissolve o fermento. Junta-se a farinha e o sal. Amassa-se bem e deixa-se levedar até que dobre de volume. Antigamente, deixava-se de um dia para o outro. Depois de levedada, passa-se para uma bacia com farinha e dá-se uma volta à massa para a enfarinhar. Coloca-se num tabuleiro enfarinhado e leva-se a forno bem quente até ficar com a côdea dura e bem dourada.
Podem fazer e levedar a massa na MFP.

Esta receita e esta pequena história são a resposta ao desafio "Conte-me a sua receita", proposto pela Laranjinha. Estende-se até dia 27 de Março e, se têm alguma receita com história destas décadas, ainda vão a tempo de participar :)

quinta-feira, 17 de março de 2011

Tarte de cebola caramelizada

Pizza folhada

Ia eu começar a escrever algo acerca desta sugestão que vos trago - uma receita que já repeti vezes sem conta e até com algumas variações - quando estagnei na palavra "repetir". Recuei uns anos - muitos - e lembrei-me da primeira vez em que ouvi esta espécie de adivinha em jeito de lengalenga, em que alguém me contava e, posteriormente, perguntava:
"Havia uma mãe que tinha 3 filhos, o mais velho chamava-se Repete, o do meio Repete Repete e o mais novo Repete Repete Repete. Como se chamava o filho mais velho?". Eu, muito crente, lá respondia: "Repete".
E assim eu reforçava a repetição da lengalenga: Havia uma mãe que tinha 3 filhos, o mais velho chama-se Repete, o do meio Repete Repete e por aí vai... até que se respondia novamente "Repete". Na altura, era mais divertido para quem contava e para quem assistia, do que para quem respondia e se sentia um tanto ao quanto anormal e burrinho quando se apercebia da brincadeira. Mas depois, era a nossa vez de brincar com alguém e rir da inocência de outros. 
Tudo para dizer que esta sugestão é daquelas para repetir, repetir, repetir :)

Ingredientes:
Uma base de massa folhada
2 cebolas amarelas, finamente fatiadas
4 colheres (sopa) de manteiga
2 colheres (chá) de tomilho fresco
2 colheres (chá) de açúcar
1/2 colher (chá) de sal
1/4 colher (chá) de pimenta moída
4 colheres (sopa) de vinho branco
1 chávena de queijo ricotta
1 ovo
1/2 chávena de parmesão

Preparação:
Pré-aqueça o forno a 180ºC.
Numa panela aqueça a margarina, tomilho, cebolas, sal, pimenta, açúcar e vinho por 15 minutos, mexendo ocasionalmente, até que as cebolas fiquem amolecidas e douradas. 
Enquanto as cebolas estão a caramelizar, misture a ricotta com o ovo e reserve.
Desenrole a massa folhada e dobre as bordas, cerca de 1 dedo.
Espalhe a mistura de queijo na base da massa, seguida do queijo parmesão no topo. Adicione as cebolas por cima do queijo e salpique com mais um pouco de queijo parmesão.
Leve ao forno por 25-30 minutos até que a massa fique dourada.

Notas:
Para quem não encontrar ricotta, como eu, ou não gostar, pode usar mozzarella ou barrar a base da massa folhada com azeite. 
Algumas vezes adiciono cogumelos à cobertura, só porque gosto e me apetece. Quando não há vinho branco, uso vinho tinto, foi este o caso mas o sabor é igual.
Caso não queiram ou não tenham massa folhada, podem fazer a vossa preferida e aproveitar este recheio delicioso :)
Vi a receita no blog Savory Sweet Life.

domingo, 13 de março de 2011

Pão de leite com sementes de sésamo pretas


Numa das minhas últimas visitas à capital, chegando bem tarde e sem ter jantado no comboio, fui recebida com um "Já jantaste? Tens fome? Que queres comer? Tenho isto, isto e isto. Escolhe, anda lá que ainda temos muito que preparar!"; ao que respondi: "Ah e tal, eu até nem tenho muita fome, qualquer coisa serve."
Em cima da bancada estava um pão integral biológico revestido de sementes de papoila e havia queijo. Só poderia querer uma fatia disto combinada com uma fatia daquilo :) Mas foi uma espécie de fatia puxa fatia e, entre palavras puxam palavras, fui enfardando pão e queijo até ser chamada à atenção: "Maria Ameixa, pára de comer e ajuda-me a 'desencarquilhar' o manjericão que está a entupir o funil!"
Na manhã seguinte, rumamos à loja de produtos biológicos e viemos de pão fresco debaixo do braço. Um acompanhou-me na viagem de volta ao Norte. 
Há pães que não se esquecem, acolhidas que permanecem e amizades que se transcendem :) Carlota, este é para ti, mudam as sementes mas o essencial está lá!

Ingredientes:
3 chávenas de farinha tipo 65
3 chávenas de farinha tipo 55
1/4 chávena de açúcar
1/4 chávena de manteiga
2 + 1/4 colher (chá) de fermento instantâneo (usei fermento de padeiro fresco)
1 colher (chá) de sal
1 ovo, batido
2 1/2 chávena de leite
1/4 chávena de sementes de sésamo pretas

Para cobrir:
1 clara
sementes de sésamo q.b.

Preparação:
Aqueça o leite sem ferver e adicione-lhe o açúcar e a manteiga. Permita que a manteiga derreta. Deixe arrefecer e misture-lhe o ovo batido, mexendo com uma colher de pau. Junte a farinha tipo 55, sal e o fermento. Mexa até ficar suave e deixe descansar por 10 minutos. Junte as sementes. Comece a adicionar a farinha tipo 65 e, à medida que for engrossando, passe-a para uma superfície enfarinhada, amasse por 10 minutos e continue a adicionar o resto da farinha aos poucos. A massa começará a ficar suave e elástica. Unte uma tigela com azeite, coloque a massa lá dentro revestindo-a com o azeite, cubra com película aderente e deixe levedar por 1 hora ou até dobrar de volume.
Remova a massa e divida ao meio. Dê a forma que quiser. Bata a clara só até que fique espumosa. Passe a clara pelo pão e role-o em mais sementes de sésamo. Coloque a massa numa forma de pão, cubra e deixe levedar até dobrar novamente de volume, cerca de 1 hora.
Corte o topo dos pães com uma faca afiada. Leve ao forno pré-aquecido a 200ºC por cerca de 30-35 minutos. Retire e deixe arrefecer numa grelha.

Notas:
Como é comum, a capacidade que a farinha tem de absorver os líquidos, muda de país para país. Neste caso, eu tive que adicionar mais cerca de 2 chávenas de farinha até conseguir que a massa ficasse maleável. A minha sugestão é que usem apenas metade do leite e, depois de adicionar toda a farinha e caso seja necessário, adicionem mais leite aos poucos até obter a consistência desejada. 
Também optei por fazer um pão semi-integral, usando 2 das 6 chávenas de farinha integral.
Para facilitar a preparação do pão, fiz tudo na máquina do pão usando o programa "massa" e deixando levedar, omitindo a parte de revestir a tigela com azeite. Depois segui a receita do modo tradicional.
Podem ser usadas quaisquer sementes da vossa preferência. O pão ficou bem mais apetitoso que as fotos mostram e mantém-se fresco e fofo por, pelo menos, dois dias.
Retirei a receita no blog The Knead for Bread.

Bom Domingo e bom início de semana ;)

quarta-feira, 9 de março de 2011

Arroz de camarão

Arroz de camarão

A minha mãe queria um arroz de marisco e comprou uns quantos camarões. Não sendo eu capaz dessa fantástica capacidade da multiplicação ou criação de outras espécies de frutos do mar, tive que me desenrascar com o que havia. Basicamente, camarão e só camarão. Do resto, tudo há em qualquer despensa que se preze.
Se é um arroz malandrinho ou um risotto, deixo à consideração de cada um. Isto é como ir à feira e comprar uma falsificação, seja de roupa ou de uma mala. Sabemos que não é o original, não tem a etiqueta do criador/estilista, é muito mais barato e, mesmo assim, ninguém vai reparar porque são completamente idênticos e até saem melhor que a encomenda. Importante é apaziguar o desejo e o mesmo acontece com o arroz. Usei carolino e, para mim que já usei carnaroli, vai dar ao mesmo. É uma falsificação que satisfaz, muito e bem!

Ingredientes:
1 kg de camarão médio
sal q.b.
2 dl de azeite
2 cebolas
5 dentes de alho
0,5 kg de arroz
2,5 dl de vinho branco
4 tomates
coentros ou salsa q.b.

Preparação:
Descasque os camarões e ponha as cascas e as cabeças a cozer numa panela, cobertas de água com sal a gosto, durante 30 minutos. Entretanto, refogue em azeite a cebola e o alho picados.
Junte o arroz e salteie até ficar transparente. Refresque com o vinho, junte o tomate sem pele e sementes e cortado aos bocados. Tempere de sal.
Escorra bem o caldo de cozer os camarões, esmague as cabeças e as cascas para obter todos os sucos. Vá deitando aos poucos o caldo de cozer ao preparado de arroz até este abrir.
Salteie rapidamente os camarões numa frigideira com um pouco de azeite. Junte-os ao arroz, misture e polvilhe com coentros ou salsa picados a gosto.
  

arroz camarão

Notas:
Para facilitar ainda mais a receita, usei camarões já cozidos que descasquei e juntei ao arroz quase no final do cozimento. Guardei alguns inteiros para decoração e devoração :) Não usei caldo, apenas aqueci água à qual juntei uns fios de açafrão e deixei repousar. Depois, fui juntando ao arroz aos poucos.
Ao refogado de cebola e alho adicionei uma pitada de pimenta de espelta.
Receita adaptada da revista "Boa Mesa" nº19 de 2005.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Bolo de iogurte e limão


Em verso lhes dedico esta delícia.
Palavras que saem em ebulição.
Com iogurte faz-se com perícia,
Um bolo com aroma de limão.

Na tarde fria eles ali jaziam
Quando eu os vi, não aguentei.
As minhas mãos pequenas os colhiam,
Enchi a saca e a casa rumei.

Untei a forma, peneirei farinha,
Juntei ingredientes na tigela.
De lá pra cá nesta cozinha,
Espero agradar a clientela.

Ingredientes:
1 1/2 chávena de farinha de trigo
2 colheres (chá) de fermento
1/2 colher (chá) de sal
1 chávena de iogurte
1 chávena de açúcar
1/2 chávena de óleo
3 ovos
raspa de 2 limões
1/4 colher (chá) extracto de baunilha
1/4 colher (chá) extracto de limão

Para a calda:
1/3 chávena de açúcar
1/3 chávena de sumo de limão

Preparação:
Peneire a farinha, fermento e o sal numa tigela média. Noutra tigela maior combine o iogurte, açúcar e o óleo. Acrescente os ovos, um de cada vez, mexendo até incorporar. Adicione as raspas de limão, a baunilha e o extracto de limão. Por fim, junte os ingredientes peneirados à mistura líquida (tudo de uma vez) e misture até ficar homogéneo.
Despeje a massa numa forma de bolo inglês bem untada e leve ao forno pré-aquecido a 180º C por 50 minutos ou até que um palito saia limpo.
Nos últimos 5 a 10 minutos de forno, leve a lume médio os ingredientes da calda até que o açúcar se dissolva. Deixe arrefecer um pouco esta calda. Retire o bolo, deixe arrefecer dentro da forma, em cima de uma grade, por alguns minutos. Espete-o com o bico de uma faca ou palito e derrame a calda de limão por cima. Desenforme e deixe arrefecer completamente.

Notas:
Vi a receita no blog No calor do fogão.
Quem não tiver extracto de baunilha, pode usar sumo de limão.
Fiz o bolo numa assadeira rectangular por isso ficou baixinho.
O bolo também leva uma cobertura e, tal como a Letrícia, eu não usei mas a receita está no blog dela para quem quiser experimentar.

Bom fim de semana!

quarta-feira, 2 de março de 2011

Omeleta de courgette

Do tempo em que ainda tinha manjericão,
Um punhado dele, uma pitada de noz-moscada.
Metade da receita, 4 ovos ali à mão,
Courgettes saborosas fizeram uma boa "omeletada"!
Ingredientes:
80 g de manteiga
400 g de courgette, fatiadas
1 colher (sopa) de manjericão fresco, bem picado
1 pitada de noz-moscada
8 ovos, ligeiramente batidos

Preparação:
Derreta metade da manteiga numa frigideira antiaderente com 23 cm de diâmetro. Acrescente as courgettes e deixe cozinhar em lume moderado durante 8 minutos, até ficarem ligeiramente douradas. Adicione o manjericão e a noz-moscada, mexa, tempere com sal e pimenta e deixe cozinhar por 30 segundos. Transfira o conteúdo para uma tigela e mantenha quente.
Limpe a frigideira, leve-a novamente ao lume e derreta o resto da manteiga. Tempere ligeiramente os ovos e deite-os na frigideira. Mexa devagar em lume alto. Pare de mexer quando os ovos começarem a assentar em forma de grumos uniformes, pequenos e esponjosos. Reduza a temperatura e levante as bordas para evitar que os ovos colem. Agite a frigideira, fazendo os ovos deslizarem de um lado para o outro, evitando que a omeleta agarre. Quando estiver quase assente, mas com a superfície ainda a mostrar a matéria líquida, espalhe as courgettes no centro. Com uma espátula, dobre a omeleta ao meio e faça-a deslizar para um prato de servir. 

Notas:
Fiz metade da receita acima descrita que, neste caso, serviu duas pessoas. 
Em 20 minutos têm uma refeição quente e saborosa. Retirada de "O livro essencial da cozinha Mediterrânica".