quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Panquecas de canela

A minha amiga algarvia recebe muito bem, é uma excelente anfitriã, apesar de não ter cumprido com as waffles ou as panquecas :) Mas ela está tão, ó tão perdoada, que eu até lhe presto homenagem por fazer estas panquecas de canela que vi no Figo Lampo. Sim, são aquelas panquecas que ela disse que seriam as que me receberiam, caso eu fosse lanchar às terras do Sul.
Espero voltar em breve, não pelas panquecas porque o melhor é não acreditar muito nessas promessas, mas porque ela recebe de sorriso e braços abertos; também sei que se precisar de chegar ao comboio rapidinho... ela vai prego a fundo e sem praguejar ;)

Ingredientes:
140 gr de farinha de trigo
1 colher (chá) de fermento em pó
1/4 colher (chá) de sal
1 colher (sopa) de açúcar
1 colher (sopa) rasa de canela moída
240 ml de leite
1 ovo
1 colher (sopa) de óleo

Preparação:
Peneire a farinha e o fermento numa tigela, junte a canela, o sal e o açúcar.
Noutra tigela misture bem o ovo, o leite e o óleo. Despeje os ingredientes líquidos nos secos e envolva bem.
Aqueça uma frigideira anti-aderente em lume baixo. Despeje porções da massa na frigideira (uso uma medida de 1/4 de chávena) e deixe fritar. Quando a superfície começar a borbulhar, vire-as e deixe dourar do outro lado.
Sirva imediatamente com maple syrup ou mel e nozes.

Notas:
Já fiz estas panquecas duas vezes mas esqueço-me sempre de apontar quantas rende. Na foto só aparecem quatro, mas eu vou provando as panquecas à medida que as vou fazendo, portanto rendem muitas mais :)
Normalmente, faço com metade de farinha de trigo e metade de farinha integral, para pesar menos na consciência.

Boa semana!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Courgettes assadas com tomilho

Se agora me perguntassem qual o meu acompanhamento favorito eu diria que é mesmo este. Courgette é um dos meus "legumes" de eleição e, apesar de ser um produto de Verão, conseguem-se encontrar durante todo o ano. Melhor só mesmo quando é oferecido, que foi o que aconteceu desta vez. Prepara-se rapidamente, poucos ingredientes e fica muito saboroso. Menos é mais e simples é chique :)

Ingredientes:
3 courgettes (cerca de 700 gramas)
1 cebola
2 colheres (sopa) de azeite
1 colher (chá) de tomilho seco
1/2 colher (chá) de sal
1/8 colher (chá) de pimenta

Preparação:
Pré-aqueça o forno a 230º C. Corte as courgettes em quartos e depois em pedacinhos tal como se vê na foto. Fatie finamente a cebola.
Num tabuleiro, junte as courgettes com a cebola e regue com o azeite, adicione o tomilho, o sal e a pimenta. Asse por 30 minutos, virando-as a meio do tempo e sirva.

Notas:
Usei cebola vermelha mas a receita pede cebola castanha normal. No entanto, acho que o efeito da cor a cru - e mesmo depois de assada - é fantástico.
A receita é da tia Martha.

Bom fim de semana!

sábado, 18 de dezembro de 2010

Queijadas de leite

Será válido chamar "queijadas" a bolinhos que não levam queijo? Não sei e não sou ninguém para ser purista ao ponto de criar um outro nome para algo tão bom, que até me leva a deixar nomes para segundo plano.
Mas - e aí vem estória - sempre que penso em queijadas, lembro-me de um episódio fabuloso que vivi nesse local maravilhoso que se chama de Sintra :) Depois de uma viagem atormentada pelas inúmeras curvas que me enjoaram, visitamos o Palácio da Pena, passeamos pela vila mais romântica de Portugal, tudo com uma magia e uma cor fenomenal. À vinda para casa, paramos numa pastelaria para provar as queijadas finas, centenárias, famosas e muito boas. Guardo a embalagem zelosamente, não por ser bonita mas porque ao ler os ingredientes, tive um ataquezinho de riso. Em português os ingredientes são: açúcar, farinha, ovos, queijo e canela; em inglês são: sugar, flewer, eggs, chesse, cinnamon; em francês são: sugre, ouels, fromage, cannelle.
Infelizmente não consigo instalar o scanner no computador, porque adorava mostrar-vos isto. Só queria ver a cara dos estrangeiros a lerem aquilo que estão a comer, quando compram as queijadas finas nesta pastelaria, que não vou referir porque não me pagam para isso ;)
Estas queijadas que fiz não levam chesse mas ouels, sugre e flewer não faltam!

Ingredientes:
0, 5 l de leite magro
25 g de manteiga
400 g de açúcar
100 g de farinha
4 ovos
manteiga, farinha, aroma de baunilha e açúcar em pó q.b.

Preparação:
Unte pequenas formas com manteiga e polvilhe-as com farinha.
Ligue o forno a 200º C e coloque dentro um tabuleiro com água. Aqueça o leite com a manteiga. À parte, junte o açúcar com a farinha e os ovos e mexa bem. Adicione o leite, em fio, e aromatize com umas gotinhas de aroma de baunilha. Verta o creme nas forminhas e coloque-as dentro do tabuleiro. Coza, em banho-maria, por cerca de 30 minutos. Desenforme ainda mornos, deixe arrefecer, polvilhe com açúcar em pó e sirva-as frescas.

Notas:
Diminuí a quantidade de açúcar para 300 gramas.
Uso extracto caseiro de baunilha em vez do aroma ou da essência.
Com o Spray Espiga torna-se mais prático untar as forminhas.
Pode adicionar-se à massa 60 g de miolo de amêndoa moído.
Vi a receita na revista "Segredos de Cozinha" nº830 de 2001.

Bom fim de semana!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Esparguete com courgette e azeitonas

Um dos melhores pratos de massa dos últimos tempos, com um dos meus legumes favoritos. Além do mais, falando de tempos de crise, pode virar um prato de aproveitamento, já que o pão ressesso serve perfeitamente para dar o toque crocante a esta sugestão que encontrei no site da tia Martha.
Uma receita simples, muito prática, saborosa e vegetariana. Quem diria? ;)

Ingredientes:
450 g de massa linguini (usei esparguete integral)
1/4 chávena de azeite
3 dentes de alho, descascados
1 cebola vermelha, finamente picada
4 courgettes médias, cortadas em meias luas
20 azeitonas
1 1/2 colher (chá) de oregãos secos
1/2 colher (chá) de flocos de pimenta (usei 2 gotas de piri-piri de medronho)
1/2 chávena de pão
sal q.b.

Preparação:
Coloque uma panela com água ao fogão e leve-a a ferver. Adicione sal q.b., junte a massa e deixe cozer, segundo as indicações na embalagem.
Entretanto aqueça a frigideira (usei a wok), adicione o azeite e salteie o alho até cozinhar, mexendo ocasionalmente, até que o alho fique ligeiramente dourado, cerca de 3 a 5 minutos. Adicione a cebola e a courgette e cozinhe, mexendo frequentemente, até amolecerem, cerca de 5 minutos. Junte as azeitonas, os oregãos e a pimenta; tempere com sal a gosto.
Escorra a massa, reservando 1/2 chávena da água da cozedura. Junte a massa à mistura da wok e agite para combinar os ingredientes. Se a massa parecer seca, adicione uma colher de cada vez da água reservada, mexendo entre cada adição. Transfira a massa para um prato de servir, salpique com azeite e os pedacinhos de pão; sirva imediatamente.

Notas:
Usei pão caseiro, tostei-o um pouco no forno e desfiz em pedacinhos.
Fiz metade da receita e serve bem duas pessoas.

Boa semana a todos!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Doce de melão

Um destes dias de Outono fiz-me à estrada, caminhei sem chuva mas com vento a zumbir nos ouvidos. À ida para a cidade vi folhas caídas, lindas, de um acastanhado dourado tipicamente Outonal e jurei que, na volta para casa, traria algumas no regaço! Pedi muito para não encontrar ninguém no caminho, apenas por vergonha que me vissem a escolher folhinhas à beira da estrada e para que não pensassem "mas quem é aquela maluca que ali está?". As pessoas recolhem-se na segurança dos lares e poucas, muito poucas, atrevem-se a meter o nariz na rua. Pensei para comigo que aquelas folhas tinham que ser aproveitadas, nem que fosse para usar numa má fotografia :) Vim de ramalhete na mão, seguindo orgulhosa deste aproveitamento que fiz, pouco preocupada do que haveriam de pensar, pronta a responder caso alguém perguntasse para que eram aquelas folhas!
Tudo na vida pode ser aproveitado, as folhas caídas e até os melões pouco doces. Todos nós sabemos bem o quanto é importante aproveitar tudo que é possível, sem desperdício e pensando no quanto somos privilegiados por ter acesso a comida, mesmo à fruta pouco saborosa!

Ingredientes:
1 1/2 kg de açúcar (usei apenas 600 gramas)
1 kg de polpa de melão em pedaços
1 casca de laranja ou tangerina

Preparação:
Envolvem-se os pedaços de melão no açúcar e deixam-se em repouso. No dia seguinte, escorre-se todo o líquido para um tacho, leva-se ao lume e deixa-se ferver até ponto de espadana forte. Adiciona-se os pedaços de melão e um pedacinho de casca de tangerina ou laranja, deixa-se ferver em lume brando e mexe-se sempre até descobrir o fundo do tacho.

Notas:
Não segui o procedimento à risca, coloquei o melão com o açúcar já no tacho e no dia seguinte de manhã levei a ferver tudo junto. Depois de ferver a primeira vez, reduzi para lume brando e fui retirando a espuma que se formava por cima, mexendo ocasionalmente. Depois de chegar ao ponto de descobrir o fundo do tacho, triturei com a varinha e guardei em frascos esterilizados.
A quantidade de açúcar que usei é, para mim, suficientemente doce.
Rendeu um frasco grande e um pequeno.
Baseei-me numa receita retirada d' O livro do Pantagruel.
Com esta receita contribuo para o projecto Reciclar do Delícias e Talentos, sem saber muito bem se isto que fiz foi reciclar ou reaproveitar :)

sábado, 4 de dezembro de 2010

Empanada galega

O mundo das empanadas foi-me apresentado há muitos anos pela minha amiga Susana. Em todas as festas da casa dela, lá está a empanada em cima da mesa. Por incrível que pareça, nunca lhe pedi a receita, apesar de a ter visto preparar empanada algumas vezes, mas as conversas desviam-me sempre a atenção.
Foi no blog La Pasta que encontrei esta sugestão, embora tenha certeza que existem bastantes variações tanto na massa como no recheio, mas decidi experimentar apesar de ter feito algumas omissões e alterações.

Ingredientes:
500 g de farinha
150 g de água
100 g de azeite
50 g de vinho branco
20 g de fermento de padeiro
1 colher (chá) de sal
1 pitada de açúcar

Recheio:
1/2 kg de atum em azeite
1 cebola
2 dentes de alho
1 pimento vermelho grande
3 tomates
3 ovos cozidos
sal e pimenta
1 ovo

Preparação:

Coloque todos os ingredientes para a massa dentro da cuba da MFP. Seleccione o programa "massa" e deixe amassar mas sem levedar. Retire e reserve.
Faça um refogado com a cebola, alhos e pimento picados, junte o tomate em pedaços e deixe estufar até não ter líquidos. Adicione o atum escorrido, tempere com sal e pimenta e deixe cozinhar mais um pouco, até estar seco. Retire do fogão, junte os ovos picados e reserve.
Separe a massa em duas partes, sendo uma maior que a outra. Com o rolo da massa estique o pedaço maior até obter o formato desejado. Forre um tabuleiro com papel vegetal e cubra com a massa, coloque o recheio espalhado por cima, estenda a restante massa e cubra o recheio. Una os rebordos, pincele com ovo batido, decore a gosto e leve ao forno a 200ºC por cerca de 30 minutos.

Notas:
Não usei os ovos cozidos no recheio e adicionei uma cenoura ralada.
Usei 3 latas de atum em azeite porque não tinha meio quilo e achei que foi o suficiente.
Também se podem fazer empanadas em formato pequeno e com qualquer tipo de recheio, resulta muito bem e fica uma refeição deliciosa com uma sopa do lado :)

Bom fim de semana!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Panquecas preciosas

Uma das piores coisas que me pode acontecer, e que acontece muito frequentemente, é acabar o gás enquanto eu estou a tomar banho. Um destes dias gelados, mal tinha entrado na banheira, coloquei o shampô no cabelo e quando dei uma chuveirada, senti-me enregelar. A água estava completamente gelada e eu encolhi-me imediatamente. Dei uns quantos berrinhos até alguém me ouvir e perguntei, alto e bom som, se o gás tinha terminado. A minha mãe gritou: "Tens cá uma sorte, tem sempre que terminar quando vais tu tomar banho!"
Fiquei ali à espera, dentro da banheira, com o cabelo ensaboado, os neurónios quase catatónicos e a sentir-me a entrar em hipotermia. Lembrei-me do filme "O Senhor dos Anéis". Porquê? - perguntam vocês. Porque eu parecia o Gollum, dobrada sobre mim mesma, a olhar para a torneira de água quente e a pensar "my precious" :)
Preciosas são também estas panquecas com bagos de rubi que, apesar de deliciosas, não me salvaram da constipação mas dão-me um certo conforto nestes dias de frio intenso!

Panquecas de laranja e romã:

5 colheres (sopa) de manteiga
1 chávena de leite
2 ovos
1 chávena de farinha (usei 1/2 farinha para bolos e 1/2 de farinha integral)
1/4 chávena de farinha de milho amarela
1 colher (sopa) de açúcar
1 colher (sopa) + 1 colher (chá) fermento em pó
3/4 colher (chá) de sal
3/4 chávena de bagos de romã
2 colheres (chá) de zest de laranja

Preparação:
Aqueça o leite com a manteiga até que esta derreta. Reserve até estar morno, cerca de 15 minutos. Bata os ovos e, lentamente, adicione 1/4 chávena da mistura de leite. Junte o resto do leite e mexa.
Numa tigela junte as farinhas, açúcar, fermento e sal. Junte a mistura de ovos à mistura seca, um pouco de cada vez, mexendo lentamente até que os ingredientes secos fiquem misturados. Deve ficar uma mistura grumosa e começar a borbulhar.
Adicione os bagos de romã e o zest de laranja e mexa até ficarem misturados.
Aqueça a frigideira, unte com manteiga e adicione 1/4 de chávena da mistura. Cozinhe de um lado e de outro e sirva quente com maple syrup.


Notas:
Rende cerca de 12 panquecas, se usarem a medida de 1/4 de chávena.
Caso pretendam uma massa mais doce, adicionem mais 1 ou 2 colheres de açúcar.
Vi a receita no blog Minimally Invasive, embora a receita original venha do New York Times mas é feita com arandos frescos.

Continuação de boa semana a todos!

sábado, 27 de novembro de 2010

Lulas à americana

O ditado está errado: nem tudo o que vem à rede é peixe, porque no mar vivem moluscos, crustáceos, mamíferos e mais um sem número de coisas manhosas e esquisitas, daquelas que ainda nem foram descobertas nem tão pouco baptizadas.
Não sei se já contei esta estória mas, há alguns anos atrás a minha mãe, em conversa com uma amiga, disse que tinha comprado lulas e a senhora perguntou à minha mãe se ela gostava disso. A minha mãe disse que adorava e a senhora disse que não percebia como as pessoas gostavam daquilo, porque parecia que tinha palha por dentro :)
Infelizmente há muita gente que não sabe preparar as delícias que o mar nos dá, em resumo: há gente que acha que é só comprar e atirar para dentro do tacho! Por isso esta receita explica tim tim por tim tim como se deve fazer uma receita de lulas deliciosa, mas tenham muito cuidado para não queimar as pestanas, ok?

Ingredientes:
1,5 kg de lulas frescas
2 cebolas
azeite q.b.
2 colheres (sopa) de conhaque (usei whisky)
4 colheres (sopa) de polpa de tomate
1,5 dl de vinho branco
2 dentes de alho
1 haste de estragão
sal e pimenta
2 colheres (sopa) de salsa picada (opcional)

Preparação:
Limpe as lulas e retire a pele escura. Esvazie-as, tire os olhos e a membrana que se encontra no interior. Lave-as e corte os sacos às tiras e os tentáculos aos pedaços.
Pique as cebolas e doure-as em 5 colheres (sopa) de azeite. Junte as lulas e cozinhe em lume vivo até ficarem bem rosadas. Regue com o conhaque e incendeie. Quando a chama se extinguir adicione a polpa de tomate dissolvida no vinho, os alhos picados e o estragão.
Baixe o lume e cozinhe durante 20 minutos. Tempere com sal e pimenta e, se gostar, polvilhe com salsa picada.

Notas:
Optei por dar uma cozedura às lulas primeiro, para que perdessem um pouco da coloração rosada e ficassem mais tenrinhas.
Vi a receita na revista "boa mesa" nº 21 de 2005.
Podem acompanhar com arroz branco, mas eu gosto mais com batatas fritas ou batatas cozidas.

Bom fim de semana :)

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Potes de romã e baunilha

Se viesse cá alguém jantar
Levava de sobremesa,
Potes para saborear
Com romãs, que beleza!
A baunilha a acompanhar,
Depositou-se no fundinho.
Um creme de lambuzar
Para aconchegar o corpinho.

Isto agora é todos os dias, não? Óbvio que não mas, aqui há uns tempos atrás, alguém me desafiou a fazer algo do género. Não é bem bem isto mas está lá perto e eu ando parca na prosa :)
Resta dizer que vi esta receita no blog Sass & Veracity há muito tempo mas, infelizmente, a época das romãs acontece uma vez no ano e só agora tive oportunidade de testar. Como a minha mãe me disse: "podes fazer mais!". O creme é mesmo muito bom e as sementes de baunilha fazem toda a diferença, como se vê pela foto :)

Ingredientes:
1 chávena de leite
1 chávena de natas
2 vagens de baunilha
5 gemas de ovos
6 colheres (sopa) de açúcar
6 colheres (sopa) de bagos de romã

Preparação:
Pré-aqueça o forno a 180º. Prepare um tabuleiro com 4-6 ramequins. Unte-os com óleo e reserve.
Coloque o leite e as natas numa panela. Parta as vagens de baunilha ao meio, abra-as e raspe as sementes. Combine as sementes e a vagem vazia de baunilha com o leite e as natas, e leve a ferver em lume médio.
Numa tigela, mexa as gemas de ovos e o açúcar até estar bem misturado.
Quando a mistura do leite começar a ferver, retire as vagens de baunilha e descarte. Mexa bem a mistura e com a panela numa mão e um batedor na outra, ponha um pouco do leite quente sobre a mistura de ovos, batendo bem enquanto despeja. Continue a adicionar o leite um pouco de cada vez, mexendo rapidamente com o batedor. Faça com que todas as sementes de baunilha sejam retiradas do fundo da panela e adicionadas à mistura.
Divida pelos ramequins e salpique os bagos de romã em cada um. Coloque o tabuleiro no forno e adicione água quente até cerca de meio da altura dos ramequins. Deixe-os no forno por cerca de 1 hora ou até que os topos estejam dourados e o creme assente. Remova da água e deixe arrefecer.

Notas:
Ao invés de ramequins usei potinhos de iogurte para ver melhor o efeito dos bagos de romã e das sementes de baunilha.
Não os untei com óleo, achei que o sabor poderia ficar comprometido, mas se usarem ramequins e quiserem desenformar no final, aconselho a usar spray para untar.
Usei apenas meia vagem de baunilha porque era daquelas muito gordas, e nunca as deito fora depois de usar; passo-as por água, seco-as bem com papel absorvente e coloco-as em açúcar. Deste modo obtenho açúcar baunilhado.
Usei apenas 3 gemas de ovo.
Obtive creme suficiente para encher 4 potinhos de iogurte.

Continuação de boa semana!

sábado, 20 de novembro de 2010

Couscous com romã e menta


Se comigo a Moira viesse jantar
Dava-lhe couscous para saborear.
A receita é simples mas requintada,
Assim como é a Moira encantada.
Vermelhos bagos da cor de rubi
Assim o Tertúlia homenageio aqui.
Venham mais anos de alegres cores,
E muitos pratos de marcantes Sabores.


Ingredientes:
500 gr de couscous (uso o biológico)
1 colher (sopa) de azeite
1 limão, zest e sumo
uma mão cheia de menta, cortada
bagos de 1 romã

Preparação:
Coloque o couscous, azeite e o limão numa panela e cubra-o com 600 ml de água a ferver. Cubra e deixe arrefecer completamente. Use um garfo para mexer o couscous e junte a menta e os bagos de romã. Sirva.

Notas:
Reduzi a receita para 125 gramas de couscous, usei 200 ml de água. Servi o couscous morno mas frio come-se muito bem. Depois de provar adicionei uma pitada de sal, apesar da receita não referir.
Vi a sugestão da receita no blog Mind Food, fica um prato festivo, muito bonito e bastante saboroso. O sumo das romãs mistura-se ao couscous quando trincamos os bagos e dá-lhe um contraste fabuloso.

Parabéns ao Tertúlia e à Moira, que merece todo o sucesso e todo o meu carinho!

Bom fim de semana a todos :)

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Bolo mármore de amoras

Diz que é um bolo típico da Grã-Bretanha, mas também diz que é mármore e eu não descobri porquê! Mas isso agora não interessa nada. As amoras ainda são da altura em que os senhores ajudaram a apanhar :) Entretanto foram furando a fila outras receitas e o bolo ficou para trás, esquecido na pilha de fotografias que se vai amontoando no computador.
Se eu podia publicar uma receita, ou mais, por dia? Podia, mas não era a mesma coisa :)

Ingredientes:
125 g de manteiga
125 g de açúcar
3 ovos
3 colheres (sopa) de leite
150 g de farinha de trigo
80 g de abóbora cristalizada (não usei)
100 g de amoras
açúcar em pó para polvilhar

Preparação:
Dentro de uma tigela bata a manteiga com o açúcar peneirado, até obter um creme volumoso e claro. Separe as gemas das claras. Adicione o leite e as gemas, uma a uma, ao creme de manteiga, batendo sempre. À parte bata as claras em castelo firme e deite-as à colherada na tigela, alternando com pequenas porções de farinha misturada com o fermento em pó. Junte a abóbora cristalizada cortada em fatias finas. Deite a massa numa forma redonda e lisa, untada com manteiga e polvilhada com farinha. Por cima espalhe as amoras previamente passadas por água e muito bem enxutas. Leve ao forno pré-aquecido a 180ºC durante 35 minutos, ou até o bolo estar cozido e dourado. Deixe arrefecer um pouco, desenforme sobre uma rede e deixe arrefecer completamente. Mude para um prato e polvilhe com açúcar em pó.

Notas:
A preparação refere fermento em pó mas tal não aparece nos ingredientes. Eu optei por usar uma colher de chá de fermento.
A receita foi retirada do livro "Os melhores doces do mundo - Bolos de Festa" publicada pela Activa.
Fiz o bolo numa forma redonda de 18 cm de diâmetro, fica pequeno, perfeito para acompanhar com um chá.
Usei papel vegetal em vez de untar a forma, o spray Espiga é perfeito para esse fim, mas eu ainda não o tinha.

sábado, 13 de novembro de 2010

Courgettes recheadas com vegetais

Não há nada melhor que ter a cozinha só para nós, ouvir apenas o barulho dos tachos e dos talheres. Aproveitam-se as manhãs silenciosas para preparar receitas, de preferência saudáveis e, se forem vegetarianas, tanto melhor. Depois, há sempre os legumes solitários que repousam nas prateleiras, um resto disto, uma sobra daquilo, uma ou duas courgettes, mais umas quantas se a família for grande, e temos uma refeição quente, fácil, barata e saborosa.

As sobremesas são fáceis, conquistam quase todos, as carnes também são preferíveis, mas os legumes dão luta! Então quando se usa a palavra “vegetariana”, parece que o céu desaba e fica tudo com cara de poucos amigos. São preconceitos que temos que ir desconstruindo aos poucos, com dedicação e muita paciência. Mas a culinária é isso mesmo, um acto de amor que alimenta espirutual e fisicamente, e que nos vai consumindo por dentro, aumentando a nossa vontade de agradar ainda mais aqueles a quem queremos bem. Porque é importante que aquilo que fazemos fique na memória de quem come transportando-os, um dia mais tarde, até nós. É isso que pretendo, cozinhar, alimentar e permanecer na memória da família e amigos, especialmente se o conseguir fazer com receitas saudáveis. Esta que vos deixo é particularmente saborosa, já a repeti a pedido de quem provou e apreciou, aconselho-a a todos quantos queiram sentir o estômago aconchegado, o coração cheio e a alma leve.

Ingredientes:

2 courgettes

1 cebola

150 gramas de vegetais à vossa escolha (uso milho, pimento vermelho e cogumelos)

½ colher (chá) de sal

¼ colher (chá) de pimenta preta

Azeite q.b.

Queijo ralado q.b

sementes de girassol ou abóbora para polvilhar


Preparação:

1- Lave as courgettes e corte-as a meio longitudinalmente.

2- Usando uma colher retire a polpa deixando a casca intacta. Reserve.

3- Coloque as courgettes num tabuleiro e pincele-as com um pouco de sal e azeite.

4- Leve ao forno pré-aquecido a 180º por cerca de 10 minutos.

5- Entretanto pique a polpa da courgette e a cebola em pedacinhos pequenos.

6- Leve uma frigideira ao lume com azeite, adicione a cebola, a polpa de courgette, tempere com o sal e a pimenta e deixe refogar, mexendo constantemente, cerca de 10 minutos.

7- Depois adicione os vegetais e deixe-os cozinhar por mais 10 minutos ou até estarem cozidos.

8- Depois de pronto, combine a mistura da frigideira com o queijo ralado e recheie as metades das courgettes. Cubra com mais algum queijo e salpique com sementes de abóbora ou girassol.

Nota: As sementes dão ao prato um toque bastante interessante, pela crocância que proporcionam. Aconselho a levá-las ao forno por alguns minutos para que libertem o seu sabor e fiquem ainda mais crocantes.

Receita inspirada no blog Zoom Yummy.

Bom fim de semana.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Panquecas de dióspiro

Estamos a comer os últimos dióspiros da época e esta será muito provavelmente a última sugestão deste ano, com esta fruta, que apresentarei aqui. Mas devo dizer que termino em beleza :)
Os último estão guardados para saborear a polpa à colherada e, como não poderia deixar de ser, depois de ver umas panquecas de dióspiro no blog Eat This House, fiz sem pensar duas vezes!
Como sou daquelas que acorda esfomeada, juntei os ingredientes secos na noite anterior e, de manhã, tive apenas que preparar os líquidos e juntar à mistura. Rápido, simples e eficaz. Depois resta-me ligar a máquina do café e ficar impacientemente de espátula na mão em frente ao fogão :)

Ingredientes:
1 1/4 chávena de farinha (usei 1 chávena de farinha para bolos e 1/4 chávena de farinha integral)
2 colheres (sopa) de açúcar
2 colheres (chá) de fermento
1/2 colher (chá) de sal
1/4 colher (chá) de canela moída
1/4 colher (chá) de cardamomo moído
1 chávena de leite
6 colheres (sopa) de polpa de dióspiro (1 ou 2 frutos)
1 ovo
2 colheres (sopa) de manteiga derretida

Preparação:
Numa tigela junte os ingredientes secos. Reserve.
Noutra tigela combine o leite, dióspiro, ovo e manteiga. Junte os líquidos aos secos e mexa, mas não muito.
Coloque colheradas de massa numa frigideira, vire e sirva com maple syrup.

Notas:
A massa dá para 8 panquecas.
Se não quiserem sentir a polpa do dióspiro podem passar a polpa na varinha mágica ou liquidificadora. Eu gosto de sentir os pedacinhos.
O cardamomo dá-lhes uma certa "ardência" que eu adorei.
Servi com golden syrup mas podem usar qualquer tipo de cobertura, desde que vos agrade.

Continuação de boa semana!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Cake Indiano

Há quem ache os bolos salgados muito estranhos. Aparentemente parece um bolo normal, daqueles doces que se comem ao pequeno-almoço ou lanche, por isso a primeira impressão poderá causar estranheza. Mas, tal como dizia o poeta: "primeiro estranha-se, depois entranha-se". Por acaso eu fui das que ficou fã dos bolos salgados mal tomou conhecimento da sua existência.
A minha amiga Pipoka tem sempre óptimas sugestões e, esta, foi mais uma que pesquei do Three Fat Ladies :)

Ingredientes:
1 1/2 colher (sopa) de caril em pó
180 g de farinha
3 ovos
10 cl de leite de coco
10 cl de óleo
1 colher (sopa) de coco ralado ou creme de coco (usei coco ralado)
120 g de frango cozinhado (assado, no churrasco ou cozido)
sal q.b.
3 colheres (chá) de fermento


Preparação:
Ligar o forno a 180 graus. Untar uma forma de bolo inglês com manteiga e polvilhar com farinha. Numa tigela, misturar os ovos, o óleo e o leite de coco. Misturar a farinha com o caril e adicioná-los à mistura líquida. Juntar o frango desfiado. Temperar com sal. Por fim, incorporar o fermento delicadamente. Verter a massa na forma e colocar imediatamente no forno. Cozer cerca de 50 minutos. Deixar arrefecer antes de desenformar.


Boa semana a todos!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Bolo de iogurte e dióspiro

Supostamente seria um bolo light se eu tivesse usado iogurte natural magro. Mas usei iogurte natural caseiro saído da minha iogurteira. Portanto, passou a bolo de iogurte e dióspiro e ficou com a maravilhosa consistência de queijada.
Fi-lo com farinha normal e farinha integral, não está assim tão longe de ser light, já que o dióspiro também está cheio de propriedades benéficas! A foto mostra-o partido ainda a quente (é difícil esperar e eu não tenho auto-domínio!!), e notam-se alguns pedaços da polpa laranja do dióspiro. O aroma a canela torna-o irresistível, eu dei rumo a mais uns quantos dióspiros que precisavam de ser usados e tenho outros tantos a precisar de destino.
Fica aqui mais uma sugestão, desta vez encontrada no Cooking Books e que, caso alguém precise de usar dióspiros e nem goste muito de os comer ao natural, poderá experimentar sem receio porque o resultado é excelente. Além do mais é uma receita simples que é feita em 3 passos: líquidos, sólidos e "casamento" entre ambos :)

Ingredientes secos:
1 1/2 chávena de farinha (usei 1 chávena de farinha para bolos e 1/2 de farinha integral)
1/2 chávena de açúcar
2 colheres (chá) de fermento
1 colher (chá) de bicarbonato
1 colher (chá) de canela
1/2 colher (chá) de sal

Ingredientes líquidos:
1 chávena de iogurte natural
polpa de 3 dióspiros maduros, em puré (cerca de 3/4 de chávena)
2 colheres (sopa) óleo
1 ovo
1 colher (chá) de extracto de baunilha

Preparação:
Pré-aqueça o forno a 180º.
Unte e enfarinhe uma forma (usei óleo em spray Espiga).
Numa bacia combine os ingredientes secos e noutra os ingredientes líquidos.
Coloque os líquidos por cima dos secos e misture gentilmente, sem mexer demasiado.
Coloque na forma e leve ao forno por 35-40 minutos. Deixe arrefecer na forma por 10 minutos e depois retire para arrefecer completamente numa grade.

Notas:
Se quiserem um bolo mais doce, podem adicionar mais açúcar. Eu achei que com 1/2 chávena ficou perfeito.
Este bolo também pode ser feito com puré de bananas maduras.
Tal como a blogueira do Cooking Books diz: quem experimentar, não irá ficar desiludido!

Bom fim de semana a todos.

domingo, 31 de outubro de 2010

Pão de sementes integral

Os dias andam negros, pesados, intensos... mesmo a combinar com este pão que vi no blog No Soup For You e que usa o método Bertinet. É um pão diferente na cor e no sabor, muito saudável à conta da utilização das sementes e que, para mim, combina muito bem com compota mas não com manteiga, porque achei que ficava demasiado forte. Para forte basta o vento e a chuva, é preciso amenizar a intensidade das coisas, até mesmo do pão :)

Ingredientes:
200 g de farinha de trigo integral
125 g de farinha multi-grãos: 20 g de sementes de linhaça + 30 g de sementes de sésamo pretas + 20 g de carolo de milho + 55 g de farelo de trigo
175 g de farinha tipo 65
10 g de fermento fresco
10 g de sal fino
340 g de água

Preparação na MFP:
Triture os ingredientes para a farinha multi-grãos numa picadora, repetindo o número de vezes necessárias para obter uma mistura o mais fina possível.
Coloque na cuba as farinhas, desfaça o fermento fresco por cima, junte o sal e a água: seleccione o programa "massa". Quando o programa terminar, retire a massa.

Unte uma forma de pão de 30 cm.
Tombe a massa levedada da tigela para a bancada levemente enfarinhada, suavemente, servindo-se de um rapa-tachos.
Abra levemente a massa num rectângulo, com as mãos. Dobre o lado mais comprido do rectângulo até ao centro e pressione a junção com a base da palma da mão. Dobre o outro lado da massa até ao centro e pressione novamente. Dobre ao meio no mesmo sentido e pressione novamente com firmeza com a ponta dos dedos para selar a junção. Esta operação é que permite concentrar a força da massa numa linha dorsal imaginária. Vire a massa de modo a que a costura fique para baixo.
Pincele a massa com água e polvilhe com sementes. Coloque a massa na forma de pão untada e deixe levedar por mais uma hora (até que dobre de tamanho) coberto por um pano.
Pré-aqueça o forno a 250ºC com um tabuleiro vazio lá dentro. Quando colocar o pão a cozer, deite no tabuleiro uma chávena de água a ferver para criar vapor e obter umas crosta estaladiça. Reduza o forno para 220ºC e coza 10 minutos e depois 30-35 minutos a 200ºC.


Bom Domingo e bom início de semana a todos que por aqui passam!



quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O teu Reino por um dióspiro

Não faço ideia se nesse reinado apreciam dióspiros. Provavelmente farão parte da grande maioria que não lhes vê grande interesse. É uma das frutas de Outono que me faz subir à árvore e que me leva à triste figura de apanhar com os dióspiros mais maduros em cima da cabeça.
Lembro-me perfeitamente daquela impaciência própria da infância, que me levava a comê-los ainda meio-verdes, e de acabar com a língua-traçada devido ao travo adstringente que estes dióspiros têm quando ainda não estão bem maduros. Valia bem a pena e era uma risota deitar a língua de fora e vê-la bem laranjinha :)
Hoje, controlo-me e aguardo, pacientemente, que alguns descansem na fruteira até estarem no ponto! Mas aqueles, de um laranja vivo e hipnotizante, saltam-me para a mão e são devorados à colherada dentro de uma tigela. Quando vejo que a gula já é demasiada, guardo a polpa madura no frigorífico e uso-a numa sobremesa. Neste caso foi para um bolo.
Se não gostam de dióspiros isso não interessa nada, porque o bolo não sabe ao fruto. Segundo um amigo, ele sabe a Natal da Alemanha :) Poderia eu pedir algo melhor que isto para dar os parabéns ao blog da Sofia? Óbvio que não! São dióspiros coroas-de-rei que eu ofereço ao No Reino da Prússia, em forma de bolo e com o sabor reinante do Natal.

Bolo de dióspiro e especiarias (do blog What's for lunch, Honey?)

4-6 dióspiros maduros, pelados e em puré (cerca de 2 chávenas)
2 colheres (chá) de fermento
1 colher (chá) de bicarbonato
115 g de manteiga
200 g de açúcar amarelo
350 g de farinha
1 ovo
1 colher (chá) de canela moída
1/2 colher (chá) de cravinho moído
1/2 colher (chá) de noz-moscada moída
60 g de nozes ou pecãs aos pedacinhos (usei pecãs)

Preparação:
Pré-aqueça o forno a 180ºC.
Junte o bicarbonato ao puré de dióspiro (o dióspiro ficará com uma aparência mais sólida, mas é normal).
Numa tigela, misture a manteiga e o açúcar, batendo até ficar cremoso. Junte o puré de dióspiro e o ovo, batendo até ficar homogéneo. Usando uma espátula de borracha, junte os ingredientes secos restantes. Misture bem e junte as nozes partidas.
Coloque a massa na forma untada e enfarinhada, nivelando a superfície. Leve ao forno por 40-50 minutos ou até que um palito saia limpo. Retire e deixe arrefecer. Salpique com açúcar em pó e sirva.

Notas:
O dióspiro dá uma consistência húmida à massa. Se quiserem podem passar a polpa pela varinha mágica ou liquidificadora. Os dióspiros que eu usei estavam muito maduros, retirei a polpa e usei sem a desfazer.
Tal como a autora diz, o bolo fica melhor no dia seguinte porque os sabores vão-se harmonizar à medida que o tempo passa.
Só agora, ao ler novamente a receita é que reparei que a blogueira vive na Alemanha :) O meu amigo viveu na Alemanha e, por isso, disse que o bolo lhe fez lembrar o Natal de lá. Coincidências!

Sofia, o teu Reino por um dióspiro? Ou é uma troca injusta? ;)

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Legumes gratinados

Vou remando contra a maré. Hoje de manhã a minha mãe gritou que era dia mundial da massa. Mas não gritou para mim, o Matias é que a estava a ouvir - como se lhe fizesse muita diferença - Royal Canin será sempre Royal Canin e parece-me que lhe agrada mais que massa :)
A minha mãe não pega em livros de culinária, nunca os seguiu. Aprendeu a cozinhar com a mãe dela, e por tentativa e erro, é verdade que cozinha muito bem, embora não saia muito da cozinha tradicional portuguesa. Mas para comer está ela pronta e experimenta tudo que é diferente, embora não se atreva a fazer. Para isso estou cá eu. Ela sofre do mal de, às vezes, não saber o que fazer na refeição seguinte. Hoje, ouvindo a palavra "massa", decidiu que era isso que íamos almoçar. Cá em casa tanto cozinho eu como ela, hoje é a vez dela e até gostamos todos de massa, mas não me importava de ter estes legumes à frente outra vez.
Muitos blogs terão a oferecer muitas receitas de massa hoje, com certeza que serão deliciosas, mas eu ofereço-vos legumes gratinados... só porque me apetece rumar contra a maré :)

Ingredientes:
2 cenouras
1 dl de azeite
2 dentes de alho
1 courgette
1 beringela (não tinha, usei brócolos)
1 pimento pequeno-verde (não usei)
1 pimento vermelho
200 g de milho
100 g de cogumelos laminados
100 g de queijo ralado
sal e pimenta q.b.

Preparação:

1. Comece por cortar as cenouras em rodelas e coza-as em água temperada de sal. Escorra.
2. Leve uma frigideira ao lume com o azeite, os alhos, as courgettes, as beringelas e os pimentos cortados em tiras finas. Depois, junte as cenouras, o milho e por fim os cogumelos.
3. Tempere e cozinhe até que fiquem macios. Transfira para um recipiente refractário e polvilhe com queijo; leve ao forno, à temperatura de 200ºC até gratinar e sirva.

Notas:
Cozi as cenouras e os brócolos juntamente, mas não convém deixá-los cozer muito já que vão à frigideira e, posteriormente, ao forno.
A receita foi retirada da colecção "Alimentos com história" Vol. 3.
É uma receita simples mas com um resultado delicioso, para repetir incessantemente com os legumes da época :)

Boa semana a todos e obrigada pelas visitas!

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Pudim pegajoso de pêra

Nem sempre é fácil fazer a tradução do nome de uma receita. "Sticky pear pudding" remeteu-me a várias possíveis traduções como: pudim pegajoso de pêra, pudim aderente de pêra, pudim húmido de pêra, e eu cheguei à conclusão que ele é três em um, porque é húmido e adere ou pega-se a nós de tal forma que é impossível esquecermo-nos dele :)
Além do mais, vem do livro "The chocolate and coffee bible" que, por si só, já é sinónimo de resultado delicioso, quer seja pegajoso ou não. Resta-me dizer que ele não é bem um pudim, pelo menos não é daqueles pudins que estamos habituados a comer; mas também não é um bolo, digamos que é something in between. Com tanta indecisão de nome e de categoria, de uma coisa eu tenho certeza: é a cara do Outono ;)

Ingredientes:
30 ml de café moído, por exemplo: aromatizado de avelã (usei café sem aromatizante)
15 ml de água a ferver
50 g de avelãs torradas peladas (usei amêndoa)
4 pêras maduras (usar as mais pequeninas)
sumo de 1/2 laranja
115 g de manteiga amolecida
115 g de açúcar amarelo, mais 1 colher (sopa) para polvilhar
2 ovos, batidos
50 g de farinha para bolos, peneirada
uma pitada de cravinho da índia moído
8 cravinhos da índia (opcional)
45 ml de maple syrup/xarope de ácer

Preparação:
1- Pré-aqueça o forno a 180ºC. Unte uma forma de 20 cm. Coloque o café moído numa chávena e deite a água a ferver por cima. Deixe em infusão por 4 minutos e depois coe (usei café de dissolver, não é preciso coar).
2- Moa as avelãs no moínho do café até ficarem quase em pó. Descasque e descaroce as pêras. Fatie finamente as metades mas sem as cortar totalmente, de modo a que a metade da pêra permaneça inteira, tal como eu apresento na foto acima. Salpique-as com o sumo de laranja.
3- Bata a manteiga com as 115 g de açúcar até obter uma mistura fofa e leve. Gradualmente junte os ovos e envolva a farinha, o cravinho moído, avelãs e o café. Deite na forma e nivele a superfície da massa.
4- Seque as pêras em papel de cozinha e coloque-as em círculo sobre a massa pressionando ligeiramente.
5- Enfie 2 cravinhos da índia em cada metade de pêra, se usar (não pus). Pincele as pêras com os 15 ml de xarope de ácer.
6- Polvilhe as pêras com a colher (sopa) de açúcar. Leve ao forno por 45-50 minutos ou até estar firme.
7- Deixe o bolo arrefecer na forma 10 minutos, depois remova e coloque-o num prato de servir. Pincele novamente com mais um pouco de xarope de ácer antes de servir.

Notas:
O bolo/pudim fica meio caramelizado e, por isso, aconselham a servir morno. No entanto, eu gostei muito dele frio. É pequeno mas perfeito para acompanhar um café a meio da tarde ou mesmo após o almoço.
Com o bolo vem um creme de laranja para acompanhar, que eu não fiz porque não sou fã de natas. Se alguém quiser a receita, envie um e-mail que eu traduzo e passo.

Continuação de boa semana!

sábado, 16 de outubro de 2010

Pão para anunciação

Dia do pão é todos os dias, pelo menos aqui em casa :) Hoje, como há mais de 2000 anos atrás, o pão continua a ser O alimento!

Fiz uma pesquisa acerca do que seria a anunciação e descobri que foi a altura em que o anjo Gabriel apareceu a Maria, mãe de Jesus, para lhe anunciar que carregaria no ventre o filho de Deus. No entanto, não existe referência bíblica a algum pão que tenha sido comido nessa altura, provavelmente, como em tantas outras coisas, a origem será pagã e não vou discutir religião no blog.
De modo que, este é o pão da anunciação acerca da minha participação neste grande evento que pretende chamar a atenção para tão completo alimento, o pão :)
Vi a receita há muito tempo no blog búlgaro Salted Lemons e achei-o lindo. Eu consegui essa estranha proeza de conseguir um pão igualzinho, embora as fotografias da blogueira búlgara estejam bem mais nítidas. Que se lixe, o que importa é comer!

Ingredientes:
500 gramas de farinha (usei 400 gr de farinha 65 e 100 gr de farinha integral)
200-220 ml de água morna
1 pacote de fermento - 7gr (usei 18 gr de fermento de padeiro)
2 ovos
50 ml de azeite (usei azeite clássico Espiga)
1 colher (chá) de sal
1 colher (chá) de açúcar
sementes de nigella para polvilhar

Preparação na MFP:
1- Dissolver o fermento fresco na água morna, colocar na cuba e adicionar o açúcar. Peneirar a farinha e o sal e deitá-la sobre a água. Ligue a MFP no programa "massa" e vá adicionando os ovos até terem sido absorvidos. Depois junte o azeite (só usei cerca de 30 ml), feche a tampa da MFP e deixe o programa terminar.
2-Retire a massa e trabalhe-a dando-lhe uma forma achatada. Transfira-a para uma forma de 26 cm de diâmetro (usei uma forma de aro removível) e leve ao forno pré-aquecido a 50ºC (desligado antes de meter a forma lá dentro) até a massa crescer novamente. Retire e ligue o forno a 220ºC. Faça buracos fundos na massa usando o cabo de uma faca, espalhe o resto do azeite misturado com um pouco de água e salpique as sementes de nigella. Leve ao forno por 20 minutos até estar com a côdea dourada.

Preparação manual:
Peneire a farinha para uma tigela, junte-lhe o fermento (se usar fresco dissolva na água morna), sal, açúcar, água e comece a trabalhar a massa. Adicione os ovos e, depois de absorvidos, comece a juntar o azeite. Transfira a massa para a área de trabalho e amasse-a usando o resto do azeite. Modele em forma de bola, ponha novamente na tigela, cubra e deixe crescer até dobrar de volume. Depois continue como indicado no passo 2.

Notas:
Antes que me perguntem, as sementes de nigella foram-me oferecidas. Não sei onde se encontram em Portugal.
Podem usar qualquer tipo de sementes: gergelim, papoila, abóbora, girassol. Se acontecer como aconteceu a mim, ao fatiar o pão, elas vão cair todas ;)
Este pão fica com o miolo bem aberto e uma côdea muito crocante.
Quem não participou no WBD, ainda vai a tempo, são aceites inscrições até dia 17 de Outubro, Domingo.

Bom fim de semana!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Sopa de noodles com espinafres

O Outono está aí, o frio entranha nos ossos e, para aquecer, só uma bela sopa fumegante. Esta, com caril nos ingredientes, garante aquecer corpo e alma... num instantinho :) Vi a receita no Cattelia e jurei a pés juntos que tinha que a fazer. A Manuela do Delícias e Companhia lançou o desafio das sopas e vi aqui a oportunidade de publicar esta receita. Ora aí vai!

Ingredientes:
azeite q.b.
2 peitos de galinha
2 cebolas pequenas
2 colheres (sopa) curry/caril (usei uma e já aqueceu bastante)
5 mãos de folhas de espinafres frescos ou igual quantidade de congelados
1/2 colher (chá) de noz-moscada em pó
3 cubos de caldo de galinha (não usei)
1 litro de água
sal e pimenta
noodles de ovos (usei massa de arroz)

Preparação:
Ponha uma panela em lume médio e deite azeite até cobrir a superfície. Adicione os peitos de galinha e deixe-os alourar por 5 minutos de cada lado. Remova-os e reserve.
Ponha outra panela ao lume e adicione uma colher de sopa de azeite e os espinafres lavados. Adicione a noz-moscada e mexa até os espinafres murcharem (se usar espinafres congelados, ponha-os num tacho com alguma água em lume brando). Reserve.
Na mesma panela onde alourou os peitos de galinha, coloque azeite até cobrir a superfície e aqueça em lume médio. Junte as cebolas cortadas às fatias e mexa de vez em quando. Depois de 3 minutos adicione o caril e mexa bem para envolver as cebolas. Ponha em lume baixo e deixe cozer por 5-10 minutos até as cebolas amolecerem. Mexa de vez em quando.
Noutra panela junte a água com o caldo de galinha e leve a ferver. Parta os peitos de galinha em bocadinhos, junte-os aos espinafres e às cebolas e mexa bem. Deite sobre esta mistura a água com o caldo e deixe ferver por 2 minutos. Junte a massa e deixe cozer. Rectifique os temperos, se necessário. Sirva com pão, se quiser.

Notas:
Normalmente, faço sopas numa panela só. Infelizmente, esta exige que se suje um bocadinho de loiça mas o resultado final vale bem a pena.
Usei noodles de arroz, portanto desliguei primeiro o lume e só depois juntei a massa porque ela coze rapidamente.
O caril que eu tenho é bastante "quente", com apenas uma colher obtive uma "canja" potente, cuidado com o pózinho :)
Como não usei caldo de galinha, não sujei outra panela. Apenas aqueci 1 litro de água no fervedor eléctrico e adicionei à mistura de ingredientes.
Esta sopa é apta para celíacos.

Boa semana a todos!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Brócolos com mostarda e alcaparras

É quase uma floresta no prato, uma floresta encantada, habitada por alcaparras :)

Ingredientes:
75 gr de manteiga
2 colheres (chá) de mostarda de Dijon
sumo de 1/2 limão
2 colheres (sopa) de alcaparras

Preparação:
Coloque a manteiga, a mostarda e o sumo de limão numa caçarola em lume médio.
À medida que a manteiga derrete, misture os ingredientes e junte as alcaparras.
Verta o molho homogéneo sobre os rebentos de brócolos, cozidos e escorridos.

- Suficiente para 250-500 gramas de brócolos.
- A receita é do livro "Na Cozinha com Nigella", e ela refere brócolos roxos mas eu usei os mais comuns.
- Nem eu consigo ver as alcaparras no prato mas juro que estavam lá!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Pão d'avó

Onde este pão já vai!!!
Feito em Junho, comido em Junho, esquecido na prateleira das fotografias de Junho :)
Foi feito com uma farinha rústica que a Rute, gentilmente, me enviou há muitos meses. Fica uma espécie de pão d´água com o miolo aberto e fofo e a côdea crocante. Mesmo como eu gosto! Quem não tiver esta farinha acho que pode usar farinha de centeio que ficará bom na mesma.

Poderia publicar uma sobremesa ou sugestão salgada que ainda descansam nas prateleiras de fotos, mas decidi que seria um pão para avisar que dia 16 de Outubro realiza-se a 5ª edição do World Bread Day, - Dia Mundial do Pão- e quantas mais participações... melhor :)
Para saberem como participar, por favor, visitem o blog Tertúlia de Sabores que a Moira tem lá tudo explicadinho, e ponham lá a mão na massa, liguem as vossas máquinas, comprem um pão e falem dele. É o que quiserem, mas participem!

Ingredientes:

550 gr de água morna
9 gr de sal fino
150 gr de farinha easy rustico
600 gr de farinha de trigo tipo 65
7 gr de fermento seco (ou 20 gr de fermento de padeiro fresco)

Preparação:
Caso use fermento fresco, como eu usei, desfaça-o na água morna e coloque na cuba da máquina do pão. Depois adicione as farinhas e por fim o sal. Se usar fermento seco, deite primeiro a água, sal, as farinhas e por fim o fermento.
Ligue a máquina no programa "massa" e deixe terminar.
Coloque no forno um recipiente com água e prepare um tabuleiro salpicado de farinha. Retire uma porção da massa com as mãos enfarinhadas depois do programa terminar, e coloque no tabuleiro sem amassar. Faça assim até que a massa termine e leve ao forno até estar pronto.

Notas: O meu forno não é regulável, não sei a que temperatura cozeu mas ponho sempre entre o minímo e o máximo, se é que isto vos ajuda de alguma forma :)

Boa semana!

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Domingo

Depois daquele Sábado... Domingo, foi a malta passear :)

Domingo estava combinada,
Reunião com mais pessoal.
Encontramo-nos para a almoçarada,
No meio do centro comercial.

Mas ninguém me telefonava.
E já passava da hora.
Vou ficar aqui plantada,
A que se deve a demora?

De repente liga a Cenourita
Pela Titó acompanhada.
Onde andas Ameixita?
Estamos aqui, logo à entrada.

Vamos lá ter com as outras,
E ver se conseguimos almoçar.
Ainda éramos umas poucas,
Não havia espaço para sentar.

A Rute, a SandraG e a Luna,
Mais a Cenourita e Titó.
Éramos seis em suma,
Com fome de dar dó!

Fomos todos para a Vitamina
Escolher o que comer.
Que raio de molho combina?
Que se lixe, vamos ver.

Lá nos conseguimos sentar
Depois de esperar pela mesa.
Rir, comer e falar,
Chegou a hora da sobremesa.

O José chegou depois
Com o filhote a seu lado.
Os únicos homens, os dois
O filhote ficou envergonhado.

Chega mais mulherada
Manas Marques e Carolina.
Gente que não mais acabava,
E ainda faltava uma garina.

A Isabelocas telefonou
Estávamos a tomar café.
Num instante ali chegou,
Fomos dar uma volta a pé.

Sentamo-nos na esplanada
A beber algo fresquinho.
Olhem que eu chego atrasada!
Vai ser um stressinho.

Conversa puxa conversa
Ali passamos um bom bocado.
Hora da foto, vá depressa!
Nenhum sorriso forçado.

Depois foi sempre a correr
Para chegar a tempo.
Ai que eu vou perder
O comboio, que tormento!

Tudo corria apressado
Atrás de uma Ameixinha.
O comboio ainda não tinha chegado,
Que grande sorte a minha :)

Estava esbaforida
Queria despedir-me de toda a gente.
Chegou a hora da partida,
Rumo ao Norte, eu e o pente.

Queria muito agradecer
A todos pela companhia.
Foi um enorme prazer
Partilhar convosco este dia.

Já no comboio instalada
Recebo uma chamada fenomenal.
Cenourita perguntava onde eu estava
Pediu para ir ter ao Aki, na lateral.

Depois ela percebeu
Que falava com a pessoa errada
Está tudo louco, pensei eu!
Desatamos à gargalhada.

O encontro termina assim
Mais um para recordar,
Mas ainda não é o fim
Há mais encontros a organizar :)


Bom fim de semana!