sexta-feira, 28 de maio de 2010

Queijo de cabra dourado

Ora bem, um dos part-time não funcionou e eu fui dispensada depois de ter trabalho 24 horas (3h/dia). Números e contabilidade não são a minha praia... eu gosto é das letras e, no fundo, até me sinto aliviada porque o ambiente não me agradava. Óbvio que o dinheiro faz-me muita falta e, por isso mesmo, esforcei-me todos os dias; mas quando não nascemos para aquilo, não há volta a dar! Vamos lá ver se me aguento no outro part-time. Torçam lá mais um bocadinho por mim... eu não tenho mesmo sorte nenhuma :)
O mesmo aconteceu com este petisco, que retirei do livro "Na cozinha com Nigella". Poderia ter funcionado bem, se eu soubesse a qualidade de queijo certa a usar. Usei um queijo de cabra duro e salgado. O melhor seria mesmo um queijo de cabra mais mole que, com o fritar/assar, ficasse meio derretido por dentro. Mas comeu-se e fica a sugestão... acertem no queijo!

Ingredientes:
1 ovo
1 boa pitada de pimenta
30 g de pão ralado panko (usei pão ralado normal)
1 embalagem (4x25 g) de rodelas de queijo de cabra

Preparação:
Pré-aqueça o forno a 220ºC/ gás 7.
Bata o ovo numa taça grande com a pimenta e ponha o pão ralado num prato raso.
Mergulhe o queijo de cabra na mistura de ovo e pressione firmemente no pão ralado. Tem de virar o queijo e pressionar do outro lado para o revestir uniformemente; envolva também os lados.
Coloque os queijos de cabra revestidos num tabuleiro de forno forrado e coza durante 10 minutos, altura em que o queijo deve estar macio por dentro, mas ainda com a mesma forma. Também os pode fritar, aquecendo uma frigideira com óleo suficiente para os cobrir enquanto fritam. Quando o óleo estiver quente, só precisam de um minuto ou dois para fritar.

Bom fim de semana a todos :)

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Bolo de iogurte com maçã


Depois de um bolo de maçã com iogurte, nada melhor que um bolo de iogurte e maçã! Que vos parece? É uma fixação :) Mas, embora os nomes sejam semelhantes, diferem no resultado, até porque os ingredientes não são os mesmos!

Tenho tantas receitas guardadas de bolos de maçã que quero fazer, que acho que uma vida não me vai chegar para testá-las a todas!
A maioria das vezes tenho que vir para o pátio, de modo a tirar uma fotografia em condições. O meu animal mais velho às vezes é apanhado com cara de quem dava tudo para uma lambidela no bolo. Mais uma vez, foi apanhado a olhar para o prato com focinho de pedinchão :)

Usei maçãs de diferentes qualidades, umas ficaram transparentes e outras amarelas, dá para ver na foto abaixo, até parecem pedacinhos de manga. A receita foi retirada de uma embalagem de açúcar RAR e fi-lo numa forma com 18 cm de diâmetro. Pequeno, com um sabor bem concentrado e uma película crocante por cima, uma delícia ao lanche!


Ingredientes:

250 g de farinha de trigo (usei farinha de trigo e farinha de trigo integral)
2 iogurtes naturais
200 g de açúcar amarelo (usei 180 g)
1 banana madura
1 colher (chá) de fermento em pó
1 chávena de óleo (usei 1/2)
3 ou 4 maçãs
passas de uva q.b. (não usei)

Preparação:

Misture a banana esmagada com o açúcar. Adicione os iogurtes, junte a farinha, o fermento e o óleo. Corte as maçãs em pedaços pequenos e incorpore-os na massa juntamente com as passas. Unte uma forma (usei papel vegetal) e deite a massa. Leve ao forno a 200ºC durante cerca de 40 minutos. Polvilhei com açúcar em pó apesar da receita não o mencionar.

Como o friozinho voltou outra vez, nada melhor que um bolo de maçã caseiro e morno! Quem me dera a esta hora estar a comer uma fatia destas :)

Continuação de boa semana a todos!

sábado, 22 de maio de 2010

Noodles com sementes de sésamo

Porque continua calor, publico esta receita já feita a algum tempo, mas que estava à espera de ser repetida para tirar nova foto!
É uma refeição servida fria, óptima para levar para pic-nics, viagens, praia, campo, para onde quiserem. É também rápida e simples.
Como rende bastante e foi feita numa altura em que estávamos só duas pessoas em casa, eu aqueci-a à hora do jantar mas com queijo ralado por cima e gostei ainda mais do resultado!
Uma sugestão que vi no site da Nigella, só não usei o cebolinho porque não tinha em casa.

Ingredientes:
75 g de sementes de sésamo (usei apenas 50g)
sal q.b.
250 g de noodles
2 colheres (chá) de vinagre de arroz
2 colheres (chá) de molho de soja
2 colheres (chá) de mel
2 colheres (chá) de óleo de sésamo
5 ramos de cebolinho

Preparação:
Toste as sementes de sésamo numa panela limpa sob lume forte, até ficarem douradas e coloque-as numa tigela.
Ponha uma panela de água a ferver e junte algum sal. Coloque a massa e cozinhe por 6 minutos (ou o tempo que sugerir no pacote) até estarem tenros mas não moles. Depois de escorrer passe-os por água fria.
Na tigela que vai servir a massa, junte o vinagre, o molho de soja, o mel e o óleo. Corte o cebolinho e coloque-o com a massa e o molho, juntando tudo para envolver, antes de juntar as sementes de sésamo. Mexa bem.
Deixe a massa repousar por 30 minutos para que os sabores assentem, embora não seja necessário.

Estou tão mole com este calor, que nem consigo escrever mais nada a não ser: bom fim de semana a todos os que por aqui vão passando :)

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Gelatina de laranja e iogurte

Com o selo de qualidade Chucrute com Salsicha mas com um visual menos glamouroso e uma pequena alteração de citrino :)
Está calor, um sol tórrido e só apetecem coisas frescas. Nada melhor que gelatina e, para melhorar ainda mais, daquela que solidifica quase instantaneamente! São 15-20 minutos que esperamos, não mais, e está pronta a devorar.
Confesso que não sou fã de gelatina, é quase preciso meter requerimento para isso acontecer. A gelatina treme e, só de ver, eu tremelico também!
Mas esta soube-me muito bem, talvez porque foi feita com sumo e iogurte porque feita só com água dá-me uma certa agonia.
Fiz numa forma de bombons em silicone, só depois de retirar é que reparei que a coisa ficou um bocadinho pró erótica :) Parecem uma cambada de maminhas alinhadas he he



Ingredientes:
1 limão, casca ralada e sumo espremido (usei laranja)
1 chávena de iogurte natural
1 envelope de 4 gr de agar-agar (usei uma colher de chá de agar-agar em pó)
Adoçante a gosto (usei açúcar baunilhado)

Preparação:
Coloque o sumo que conseguir numa chávena (mediada padrão: 250 ml) e complete com água até encher a chávena. Mais ou menos 2/3 de sumo e 1/3 de água.
Numa panela coloque a chávena de sumo completado com a água, as raspas da casca de limão e salpique o envelope de agar-agar. Leve ao lume, misture bem e deixe ferver.
Retire do lume, junte a chávena de iogurte, bata bem com o batedor de arame. Junte o adoçante de sua preferência e misture até dissolver bem. Se usar açúcar é melhor ferver junto com o sumo e o agar-agar, para dissolver mais facilmente.
Coloque o líquido num molde molhado com água. Leve ao frigorífico. Quando solidificar, desenforme e sirva.


Fezoca, demorou para publicar mas aqui está. Obrigada pelas excelentes ideias de todos os dias!
Ando sem tempinho nenhum para ver os blogs amigos, surgiu um part-time - na verdade são dois - que me estão a ocupar. Não me perguntem acerca de salário porque não faço ideia. Quero ver é alguns tostões ao fim do mês. Talvez dê para a máquina fotográfica nova, depois de tirar dinheiro para as despesas do animal :)
Isto tudo para pedir desculpa pela ausência, é por um bom motivo. Até que enfim que algo apareceu, embora não seja nada na minha área. Nos tempos que correm só tenho é que agradecer :)
Bom resto de semana!

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Esparguete gratinado com tomate

Fotos horríveis, refeição maravilhosa! Mas sem máquina agora vale tudo, tudo aparecerá por aqui, desde que tenha sido apreciado pelos comensais, obviamente :) É que há receitas que são muito boas, mas que eu vou adiando a postagem no blog, porque as fotos ficaram um tanto ao quanto manhosas! Agora é sempre a abrir, a censura deu uma trégua!
Retirei a receita de uma Teleculinária nº 1218 de 2002 e ficou muito boa. É bastante simples, pede ingredientes que todos temos em casa e bem rápida, para aqueles dias em que não apetece estar muito tempo na cozinha ou para quando o tempo nos escapa entre os dedos! Leva mais tempo a gratinar do que a preparar, dando-nos oportunidade para fazer outras coisas como visitar os blogs amigos :)

Ingredientes para 4 pessoas:
400 g de esparguete (usei integral)
sal e picante q.b.
1 fio de óleo (usei azeite)
1 dl de azeite
1 cebola picada
3 dentes de alho picados
60 g de chouriço de carne (usei chourição)
600 g de tomates maduros (usei tomate enlatado)
1,5 dl de vinho branco
100 g de queijo da ilha raspado (usei limiano)

Preparação:

- Leve a cozer a massa em bastante água temperada com sal e um fio de óleo; quando a massa estiver cozida mas rijinha, escorra-a bem.
- Num tacho, leve ao lume o azeite com a cebola e os dentes de alho, picados, junte-lhes o chouriço cortado às rodelas e vá mexendo até começarem a alourar; de seguida, adicione os tomates picados e o vinho branco, mexa, tape e deixe ferverem durante 5 minutos.
- Passado o tempo indicado, tempere a tomatada com sal e picante a gosto e retire do lume.
- Disponha o esparguete num recipiente que possa ir ao forno, espalhe sobre ele a tomatada preparada e polvilhe tudo com o queijo raspado.
- Leve a gratinar em forno forte até alourar, depois retire e sirva de imediato.

Ninguém tem um carregador Olympus LI-10C que dispense, pois não? ;)
Boa semana!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Bolo de maçã com iogurte

Tenho esta receita há mais de um ano guardada para testar. Não sei porque não a testei mais cedo, normalmente as receitas vão-se atropelando umas nas outras, passando à frente na lista conforme a vontade ou os ingredientes que tenho em casa e precisam ser gastos. No entanto, acho que esta só ficou esquecida porque o sítio de onde retirei a receita não tinha foto a acompanhar e eu também como com os olhos :)
Apesar de levar iogurte, um dos meus ingredientes favoritos nos bolos, não foi o melhor bolo de maçã que comi. Acho que lhe falta a pitadinha de canela e, por isso, antes de o levar ao forno polvilhei-o com açúcar e canela para ver se lhe dava mais encanto!
Fica um bolo pequeno mas altinho, óptimo para comer ao lanche. Usei uma forma de 18 cm de diâmetro.



Ingredientes:
2 maçãs
1/2 chávena (café) de sumo de limão
1 chávena de farinha de trigo (usei autolevedante)
4 colheres (sopa) de açúcar (quem gostar de mais doce terá que aumentar a quantidade)
1 colher (sopa) de fermento
1 iogurte
1/2 copo (iogurte) de óleo de soja
2 ovos
margarina para untar a forma (usei papel vegetal)

Preparação:
Lave as maçãs, descasque e corte-as em fatias.
Acrescente o sumo de limão e reserve.
Numa bacia, coloque a farinha, o açúcar, o fermento, o iogurte, o óleo, os ovos e misture bem.
Pré-aqueça o forno, em temperatura média - 180ºC. Coloque metade da massa na forma e disponha as fatias de maçã, cubra com o resto da massa. Leve ao forno até que o bolo fique dourado.

Como estou sem máquina fotográfica, esta e as próximas receitas são as que eu já tinha feito antes de ir para o Algarve, e que estavam em lista de espera para serem publicadas aqui no blog. Para que o blog não venha a ficar parado, as publicações serão um bocadinho mais espaçadas, até eu conseguir desencantar uma maquineta :)

Desejo-vos uma boa Quinta, boa Sexta e bom fim de semana!

domingo, 9 de maio de 2010

O que era bom, acabou-se :)

Para terminar, duas semanas após a viagem ao Sul, deixo o relato do último dia. Agradeço mais uma vez à ASA - Associação Sotavento Algarvio - apesar de dizerem que por lá Só Tá Vento e ter chovido sempre ao fim da tarde, mas isso são pormenores que eu perdoo :)

Um muito obrigada ao Sr. Detlev von Rosen, proprietário dos Viveiros Monterosa, que tão carinhosamente nos recebeu e respondeu a todas as curiosidades acerca do olival e dos azeites, à Vereadora Marlene Guerreiro e à Cláudia que nos receberam no restaurante Fonte da Pedra em S. Brás de Alportel, e aos proprietários do restaurante que aconchegaram de forma deliciosa os nossos estômagos antes da longa viagem de regresso a casa.

Minhas queridas companheiras, colegas e amigas, só vos tenho a agradecer os momentos de descontracção, animação e satisfação que vivemos durante estes dias. Espero sinceramente, que outras oportunidades surjam em breve para matar as saudades e para dar dois dedos de conversa.
A todos os leitores do blog que, pacientemente, têm cá vindo à espera de encontrar receitas, só vos posso dizer que, se um dia tiverem oportunidade, visitem o Sotavento Algarvio!


Domingo, o último dia,
É o fim desta viagem.
Só de pensar dá-me azia
Façam as malas, coragem!

Check-out da quinta.
Deixar a serra para trás .
Mais umas fotos com pinta,
E eu sem pentear as cãs :)

Olhem a bela surpresa
Os lindos cestos de encantar!
O Algarve é uma riqueza,
Já não vamos de mãos a abanar :)


A última paragem
Foi nos Viveiros Monterosa.
Que bom, respirem a aragem
Da plantação fabulosa.


Dirigidas pelo Sr. Detlev
Que nos explicou o funcionamento.
Nada ali nos impede,
De entrar pelo Olival dentro.


Estava calor, é certo!
O sol estava a escaldar.
De repente, ali tão perto
Surge um besouro a esvoaçar.

Pousou com delicadeza.
Não era gafanhoto, que bom!
Se fosse, eu fugia de certeza
Mas não era de bom tom.


Calcorreando o olival
Vendo de perto as Oliveiras.
A apanha é artesanal,
O azeite ultrapassa fronteiras.

Também fizemos degustação
Do produto ali fabricado.
De copinho de plástico na mão
Provamos azeite delicado.



Era virgem com uma bela embalagem
E também estava à venda.
Puxam da nota com coragem
Para oferecer como prenda.

Já estava a Ana a avisar
À chefe Margarida,
Que o tempo estava a passar
E tínhamos à espera a comida.

Despedimo-nos da plantação
Saímos pra São Brás de Alportel.
Tivemos que pedir informação
Acerca do lugar do farnel.


Tivemos borrego e bacalhau
De entrada um camarão delicioso.
Comemos até dar cum pau!
Creme de manga, tarde de maçã e tiramisú famoso.


Fonte da Pedra, assim se chamava
O restaurante que nos deu bom comer.
Depois disso íamos prá estrada
Despedi-mo-nos quase a correr.



Apanhamos um domingueiro,
Tivemos que os quatro piscas ligar
Apetecia dar-lhe com um tranqueiro
Para o carro dele arrumar.

Ai que falta pouquinho!
Margarida tu acelera,
Vai-me dar o bagaiozinho
Olhem que o Alfa não espera.

Um minuto era o que faltava
Voamos da carrinha com as tralhas.
O homem no alfa gritava
Depressa metam cá as malas!

Ai que desgraça, que aflição!
Por pouco ficávamos em terra,
Ia morrendo do coração
Adeus Algarve, ria e serra.

Mais 6 horas de viagem,
A caminho do meu lar.
Vá Ameixa, tem coragem
Isto é tudo pra recordar.

Caríssimas companheiras,
Que prazer foi conviver.
Já somos quase confreiras
Vivem cá dentro, estão a ver?


Este blog seguirá com a sua programação habitual. Apesar da máquina ter dado o berro, ainda tenho algumas receitas para publicar. Depois disso... logo se vê :)
Bom Domingo e bom início de semana!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Safari de manhã à noite!

Este dia foi um verdadeiro safari, cheio de aventuras que começaram na serra, passaram pelos táxis e terminaram no Lollipop!

Quase todas as pessoas têm uma música que lhes lembram certas viagens e pessoas, e nós, como grupo de possuídas, também temos uma. Será que conseguem adivinhar qual foi?

As saudades já são mais que muitas e estes relatos transportam-me durante mais um bocadinho para aquele ambiente surpreendente. Não, o relato não termina aqui... este é só do Sábado. Falta o último dia :)

As fotos foram todas "emprestadas" das minhas companheiras de viagem. Não consegui recuperar as minhas e a máquina está encostada de vez... morreu!

Ora mais um pequeno-almoço
Queijo, fiambre e pão bem torradinho.
Kiwis, morangos, ananás sem caroço
Café, sumo, água e leitinho.

Os jeeps já estavam à espera,
O Safari ia começar.
Íamos subir a Serra
A Pipoka teve que se pentear.



Saquei do pente de estimação.
Emprestei-o com carinho
Ela meteu-lhe a mão
Nunca mais vi o pentinho :)

Vão com o Eric ou com o António?
Decidam lá, façam a divisão
Vamos ver o património
Apertem os cintos então!

Tire-nos uma foto aqui!
Apanhe-nos bem, veja lá.
O Sr Eric ficou parado ali
Ai que és um homem morto, já está!

Mais uns balanços no jeep
Lá vamos nós ver os sobreiros.
Oh my God, i'm feeling sick!
Chamem os bombeiros :)

Olhem ali os medronhos
Tantos, cheios de sementes.
Bebem com semblantes risonhos
Matam o bicho, cerram os dentes :)


A Serra é delicada, tão bonita
Cheia de estevas floridas.
Duas miúdas sacam da marmita
E mandam cascas de banana às urtigas.


Sr Eric bem entusiasmado
As amêndoas vai distribuindo
É para plantar num vaso
Vão ver como vai ser lindo!

Depois de percorrer a estrada
Com tanto buraco, tanto tropeço
Dirigimo-nos à Beterraba
E viramo-la do avesso.

É de uma senhora alemã simpática
que vive há muitos anos em Portugal.
E que faz disto a sua prática,
É tudo muito biológico, natural.



Olhe o troco, confira
Depois das compras já pagas
Fomos para o A Ver Tavira
Estávamos esfomeadas.

O polvo estava em harmonia
Com o doce da batata
O bicho era de Santa Luzia
Bebe um Cortello tinto, que não mata!

O atum ficou corado
Por entre tanta beleza.
Pelo pimento rodeado,
Com 9 mulheres à mesa.



O collant era de alfarroba
Os frutos silvestres acompanhavam.
Gelado de poejo de sobra
Que bem que eles combinaram.

Depois já no Palácio da Galeria
Quebramos de forma monumental.
A Carlota já não mais podia
O sono tomou-nos de maneira anormal!

Mas toca a pôr a mão na massa
A Dona Cruz vai explicar
O doce é fino, a amêndoa amassa
Com açúcar e clara pra misturar.



Façam lá bolinhas,
Com ovos moles no centro.
Depois dêem-lhes forminhas,
Dá-me lá uma que eu tento!

Eram maçãs, limões e queijinhos
Pêras, cenoura e melancia
Depois de tantos frutinhos
A banana é que não saía :)


Saímos para os jardins
Descemos o escadario
Visitamos lojas gourmet e afins
Nunca se viu tanto mulherio.

Passamos na garrafeira Vital,
Licor de alfarroba compraram.
E na Ex-libris Gourmet fenomenal
O de poejo arrecadaram.

Eu vim com uma lata de sardinhas
Sou uma garota sem dinheiro
Tenho que guardar as moedinhas
Para pagar ao merceeiro :)

Seguimos para a feira da Primavera.
Fomos visitar as barraquinhas,
Tinham chás de todo o tipo de erva
Especiarias, cestos e comidinhas.

Olhem as horas, já não é cedo,
Perdemo-nos a conversar.
Peçam um táxi, ai que medo!
Vamos para o Hotel antes de jantar.

E não é que nos perdemos?!
Fomos a uma herdade dar
Ai o que nós sofremos,
Com o motorista a resmungar.

Ó senhor tenha lá calma!
Estamos sem saber o rumo a seguir,
Meta marcha-atrás, sossegue a alma
O melhor a fazer é rir :)

Finalmente, o Hotel Rural
Apareceu-nos à frente.
Foi uma experiência sem igual
E eu continuo sem pente!

O jantar foi na Praia Verde
Era panorâmico, muito acolhedor
Venha o tinto que temos sede
E o atum, as ovas, que belo sabor!

O polvo com alho estava espectacular
Entretanto veio arroz de lingueirão
A caldeirada com poejo, sabor a mar
Tudo servido pelo Sr. João.



Já está na hora da caminha?
Então para que é o pijama?!
Com foguetes, parece uma festinha,
Era sobremesa com fama.

No fim fomos visitar
O Lollipop ali ao ladinho.
Perdi o cartão na hora de entrar,
À saída deu cá um medinho.

Os seguranças olhavam para mim
Com cara de poucos amigos.
Ofereci amêndoas em troca, enfim
Encontrei o cartão, estava fora de perigos :)

Seguiu-se um momento
Perdemo-nos em palavras.
Viagem pela noite dentro
A carrinha ganhou asas.

Fomos para o Hotel,
O quarto das papoilas fui visitar.
O candeeiro tinha um cordel,
A Laranjinha não queria acreditar.

Corremos mais alguns quartos,
Para ver o ambiente.
Cá fora andavam os gatos
Lá dentro estava quente.

O Sábado foi assim,
Preenchido com certeza.
O Domingo é o fim,
Desta viagem em beleza!

sábado, 1 de maio de 2010

Por entre ria e serra!


No meio de tanta atrapalhação na minha vida, fui conhecer o Algarve, conhecer blogueiras que de outra forma não conheceria, provar a gastronomia local, conhecer locais lindíssimos. Sou privilegiada nas amizades, é isso que me dá um certo alento.

De tanto blog bom, começo a desconfiar que só fui convidada porque já sabiam que eu ia fazer o relato a versejar :) E olha pra mim muito incomodada com isso! he he

Não vamos insultar os verdadeiros poetas, eu apenas faço umas graçolas com as palavras... não obedeço a métrica nenhuma. É o que me dá na moleirinha e faço isto para me divertir e para divertir quem lê.

Os versos de hoje são especialmente dirigidos às pessoas que nos mostraram a terra onde vivem. De Olhão a Tavira, da Ria à Serra, convivemos pacificamente com a Fauna e a Flora da região e tenho a dizer que tudo é maravilhoso.

Ao Ricardo Badalo e ao Joaquim que nos deram a conhecer a Ria Formosa, ao Bruno Martins que é Director do Hotel Vila Galé Albacora e ao Chefe João Santos que tão bem nos recebeu no restaurante Salinas, ao Guia e Biólogo Samuel que nos levou por entre o Arraial Ferreira Neto e o Museu do Atum, aos Confrades José Manuel Alves, João Botelho e Felícia Sampaio, que nos trataram como confreiras, ao Sr. Coronel Rosa Pinto e à Clara que nos mostraram a flora tão própria do Barrocal, à D. Otília pelo fabuloso lanche, e ao restaurante O Costa em Cacelha Velha que tão bem nos alimentou :)



Na Sexta-feira foi assim:
Se eu descesse ao Algarve.
Então quem foi que as comeu?
Eu não fui, que não sou alarve!

Preciso é de café,
Mas a máquina não funcionava!
Ai que levas já um pontapé,
A Carlota leva tudo à pancada :)

Tomar o pequeno-almoço?!
Qué das Waffles bem quentinhas?
Para depois ir ter com o moço,
Ver a ria e apanhar conchinhas.


Ricardo e Joaquim
Conduziam as embarcações
A ria parecia não ter fim,
Ai as ondulações!

Tem calma Ameixinha,
Agarra-te ao assento.
Senão bates com a cabecinha
No motor e é um tormento.


Atracamos numa ilha
De polvos e cavalos marinhos falamos.
Uma pequena maravilha!
A RTP2 causou danos :)

A porto seguro chegadas
Seguimos para o Mercado de Olhão.
Cum canário tantas bancadas
De legumes, frutas, peixe, carne e pão.


A Pipoka e a Gasparzinha
Atiraram-se às favas
Fotografia mais fotografiazinha
Pela Helena eram tiradas.


Guardem lá o material,
Que temos que nos apressar.
Vamos esfomeadas para o Arraial,
No Salinas almoçar.

Mas primeiro a visita ao museu,
Para falar do atum e sua pesca.
Eis que o guia Samuel procedeu
À explicação de forma minestra.


Qual José Hermano Saraiva!
O homem sabia de tudo.
Do atum e da faina
Ficou tudo calado, tudo mudo.

Com confrades por companhia,
É um prazer estar a almoçar.
Também lá estava a directoria,
E o chef a explicar.

Primeiro as entradinhas,
O polvo com flor de laranjeira
Suou até às estopinhas,
Mas o crepe apanhou-o à maneira.


Porco preto e do atum a barriga
Enroladinhos, tão deliciosos
Cada uma de nós era formiga
A saborear pratos gulosos.


O vinho Barranco Longo Rosé
Estava bem fresquinho.
Acho que já não me consigo pôr de pé,
Que se lixe, mais um copinho!


De batata doce era a azevia,
E trazia café na gemada.
Tudo calado, tudo comia,
Nunca ninguém se queixava.

A bicha que é solitária,
Já estava bem alimentada.
A confreira muito solidária,
Viu a Pipoka com olhos de fada.

Era a mais nova do grupo
Claro que era, pois sim!
Pipokinha ficou com o ego ao rubro
O orgulho não tinha fim!

Ela está muito bem conservada,
Realmente não aparenta.
Eu também fui enganada!
Na realidade tenho 1 metro e 70 :)

Mais umas fotografias
Para a posteridade.
Percam lá as manias,
Vistam o capote do confrade.

Tá tudo de sapatilha calçada?
Pronto para deixar o Vila Galé Hotel?
Então vamos embora mulherada
Ter com o Senhor Coronel!


Descobrimos ervas aromáticas
Por entre a serra embrenhadas.
As plantas são fantásticas,
Até se protegem de ovelhas e cabras.

Se vejo um gafanhoto eu abro asas!
É bicho que não suporto.
Corro, grito e fujo sem deixar pegadas
Faço cenas mas não me importo.

O que era para ser surpresa,
Foi desvendado pelo Sr. Coronel.
Fomos ter a uma bela mesa
Com chás, bolo de cacau e bolo de mel.

A D. Otília é toda despachada.
Ela gosta é de pôr o pessoal a pensar
Deu-nos chá para provar à golada,
E tivemos que tentar adivinhar.

Depois disso lá fomos saciadas,
Levando na mão o caderno.
Apesar de estarmos cansadas,
Fomos ao Pêgo do Inferno.


Ameixa sobe,
sobe a calçada
Vai que não pode,
ai estou cansada.

Anda lá que já faltou mais,
Não fiques pra trás senão ficas sozinha.
Tenho que ir aos canaviais,
Só para dar uma mijinha?!

Vocês são loucas,
Sei que sou da aldeia.
Mas sou das poucas
Que não faz xixi na areia.

Chegadas ao hotel,
Aliviada a bexiga.
Vamos a mais um farnel
No Costa de frente à ria.

Mas ao fim da tardinha
Chega mais uma prá cowboiada
Dona Laranjinha,
Vamos lá à jantarada.

Venham de lá as conquilhas,
Junta-te a nós ó Badalo!
As ostras são para serem comidas
A cataplana vai no embalo.


Telefono eu para casa,
Entre ostras e arroz de lingueirão.
Digo que das gajas estou enjoada
Responde-me a mãe: Fosga-se, então!

Era muita gaja para um barqueiro,
Nós não nos calávamos.
Passou o jantar inteiro,
A rir e a desejar afogar-nos.

Risota para aqui, para ali,
Vamos terminar a noite num bar.
Está tudo fechado aqui,
O Badalo teve que abalar.

Cansou-se da gajada fenomenal,
Despediu-se com simpatia.
Diz que ia ver o segundo canal
Para a sua freguesia.

E nós lá fomos singelas
Dormir no nosso cantinho.
Amanhã é que são elas
Espera-nos o cafézinho :)

Aviso já que se me quiserem levar a tribunal, eu sou um caso perdido. Não se apoquentem que eu serei considerada inimputável e ficará tudo em águas de bacalhau.
Além do mais, isto não termina aqui. Esperem pelo fim e metam os processos todos juntos, ok?
Bom resto de fim de semana!
Eu volto em breve com mais uma parte do relato :)