segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Salada de couscous

Do México... com amizade :)
Foi de onde veio o livro da Marabout "Cocina Exprés", através do meu correspondente mexicano que tive o prazer de conhecer pessoalmente há uns meses atrás. É um livro ideal para quem quer refeições rápidas, fáceis e saborosas. Como nunca tinha provado couscous e, quando visitei a loja Beterraba no Algarve, tinha comprado uma embalagem de origem biológica, decidi experimentar esta sugestão. São 15 minutos a preparar e 5 de cocção, em pouco tempo podemos apreciar um delicioso prato de couscous.

Ingredientes da salada:

200 ml de caldo de galinha ou legumes
125 gr de couscous
1 colher (sopa) de manteiga
4 espargos de frasco, cortados
5 fatias finas de presunto serrano (usei salpicão), cortado em tiras
200 gr de queijo firme, Gouda Cheddar ou Edam (usei uma mistura para saladas)
1/4 de chávena de cebolinho picado finamente (usei manjericão)

Ingredientes do vinagrete (fiz metade):
9 colheres (sopa) de azeite
3 colheres (sopa) de vinagre de vinho branco
1 colher (sopa) de mostarda Dijon
sal e pimenta

Preparação:
Numa caçarola ferva o caldo de galinha. Retire do lume e junte o couscous e a manteiga. Mexa bem e deixe assimilar o caldo durante 5 minutos até que o líquido seja absorvido por completo. Deixe arrefecer à temperatura ambiente.
Para o vinagrete, numa taça, junte o azeite com um pouco de sal e depois agregue o vinagre e a mostarda. Tempere com pimenta.
Para servir, coloque o couscous numa saladeira, depois os espargos, o presunto, o queijo e o cebolinho. Misture bem e sirva com o vinagrete à parte.

Sugestões:
É uma entrada para cerca de 4 pessoas. Se servir como prato principal, dá para cerca de duas pessoas.
Personalize a salada e ofereça outras guarnições em taças pequenas como: grão-de-bico, tomates e passas.

Servi com tomate-cereja da minha colheita particular. Abençoado passaroco que ali deixou cair as sementinhas :)
Boa semana a todos!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Refresco de groselha com limão

A groselha e eu temos toda uma história que se resume a uma palavra: enjoo!
Tudo começou num belo dia em que a enjoadinha mor ainda criança, - eu mesma - foi numa curta viagem de carro com os seus pais, ajudar um casal numa mudança. À chegada já eu estava com a cabeça a andar à roda e os ouvidos a zumbir, estava com aquela cara de quem está mesmo prestes a vomitar-se e não quer ouvir nem mais um pio. Eis que alguém tem a brilhante ideia de ir tomar um café e o que é que eu vejo em cima de uma das mesas? Uma bebida da cor da groselha mas borbulhante :) Tudo aquilo borbulhou dentro de mim e o que faltava enjoar, acabou de enjoar ali mesmo.
Nunca consegui beber groselha na vida e sempre que via aquela cor, qualquer coisa dentro de mim estremecia!
Então porque fazer esta "limonada"? Porque tinha eu xarope de groselha em casa? Porque só agora resolvi enfrentar o trauma? Talvez porque tudo tenha o seu tempo, porque a garrafa de xarope de groselha foi comprada para fazer algo comestível e, isso já é outra coisa, só me fazia confusão se fosse bebível. Também porque o limão tem um grande poder sobre mim, é ácido e isso, por si só, desenfastia qualquer um :)
A sugestão veio do Paladares da Isa e eu aconselho a experimentar!

Ingredientes:
1, 5 litros de água fresca
120 ml de xarope de groselha
1 limão cortado aos bocados
Gelo q.b.

Preparação:
Coloque o gelo e o limão cortado num jarro. De seguida, coloque o xarope de groselha e a água fresca. Mexa e sirva.

Provei e optei por juntar o sumo de mais meio limão. Ficou perfeito para gozar os últimos dias de Verão e os primeiros do Outono :)

domingo, 19 de setembro de 2010

Cheesecake de frutos do bosque

Receita vinda directamente de um pacote de gelatina de origem vegetal Gelly-Já - biba a alfarroba!!!- de frutos do bosque.
Aqui há uns tempos decidi que não ia deixar aquelas amoras silvestres serem comidas pelas cabritas. Todos os dias passava pelo caminho e via as amoras penduradas, ninguém as colhia e as cabras, se comiam os limões ali perto, em breve chegariam às amoras.
Envergonhada, pedi à minha mãe que me acompanhasse, caso aparecesse alguém e me quisesse correr à paulada. Na minha mãe sei que posso confiar, porque a mulher grita ao ponto de levantar um morto :)
Ora porra, num portão ao lado estavam uns senhores trabalhadores e eu já sem saber por onde começar. A minha mãe mete conversa, os senhores dizem que as amoras não prestam. Para comer assim não - diz Amélia com voz decidida - mas em bolinhos ficam muito boas!
Sou pequenina e a minha mãe ainda mais do que eu, os senhores, simpáticos e prestáveis, apanharam algumas das amoras que estavam mais altas. São amoras que nascem das silvas, piquei-me umas quantas vezes mas valeu a pena. Obrigada aos senhores pela amabilidade. Aqui fica o uso dado a algumas das amoras ;)

Triture 150 g de bolachas digestivas. Misture com 30 g de manteiga e espalhe a massa sobre o fundo de uma forma pequena, de mola. Triture 250 g de queijo fresco (usei queijo-creme) batido em creme e adicione 1 pacote de Gelly-Já de Frutos do Bosque diluído em 3 dl de água a ferver. Deite na forma, coloque no frigorífico e deixe solidificar. Enfeite com framboesas, amoras ou morangos e sirva cortado em fatias.

Esta cor remete-me para as centrais nucleares... comida azul é muito esquisita, lembra radioactividade, mas o sabor ficou muito bom. O problema é para aqueles que também comem com os olhos :) Se assim for, sugiro uma gelatina mais "normalzinha", tipo morango ou pêssego.
E para a outra saqueta que vem na embalagem de Gelly-já, sugiro a nuvem que continua a ser a minha favorita para usar gelatina.

Bom Domingo e bom início de semana!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Espirais de canela na MFP

Ando a arrastar-me um bocadinho nas postagens e até tenho dezenas de boas sugestões para publicar. É preguiça de final de Verão e demasiados blogs para ler... parece que não resta tempo para mais nada!
O melhor do Outono não é apenas a temperatura amena, a beleza dos tons avermelhados, o aconchego de um cobertor na cama ou a poesia que um arco-íris revela. É poder ligar o forno à vontadinha e ainda usufruir do ambiente quentinho!
Mas isso não interessa nada porque eu nem sequer fiz estes rolos agora :) Isto está tudo na fila de espera até que chegue a vez de verem a luz do blog.
Então, faça-se luz e espirais com o intenso aroma da canela!

As espirais podem ser feitas no dia anterior e levadas ao forno na manhã seguinte. Eu experimentei mas achei que levedaram demasiado e acabaram por abrir mais do que eu queria. No entanto, ficaram muito saborosas. Só não fiz o glacê porque cá em casa ninguém gosta das coisas meladas. Simplesmente pincelei-as com Maple Syrup (xarope de Àcer) e, não indo dar ao mesmo, ficou bem bom ao ponto de não descansar enquanto não tivessem terminado. A receita veio do Blogchef.net.


Ingredientes da massa:
3/4 de chávena de água morna (+ 2 colheres de sopa de água)
2 colheres (sopa) de manteiga
2 1/2 chávenas de farinha
1/4 chávena de açúcar
1 colher (chá) de sal
1 colher (chá) de fermento de padeiro ou liofilizado

Recheio:
1/3 chávena de açúcar
2 colheres (chá) de canela moída
2 colheres (sopa) de manteiga amolecida

Glacê (não usei)
1 chávena de açúcar em pó
1/2 colher (chá) de baunilha
2 colheres (sopa) de leite

Preparação da massa:
Coloque todos os ingredientes da massa na cuba da máquina do pão e ligue no programa "massa". Quando o ciclo terminar, estique a massa. Numa tigela misture o açúcar e a canela. Espalhe as duas colheres de manteiga sobre a massa e coloque por cima a mistura de canela. Enrole. Corte em fatias e ponha num tabuleiro untado. Cubra com filme plástico e deixe levedar por 1 hora. Remova o plástico e leve ao forno a 180ºC por 20 minutos.
Para o glacê é só misturar os ingredientes e aplicar.

Bom resto de semana :)

sábado, 11 de setembro de 2010

Esta gente inspira-me!

Aconteceu assim, não necessariamente por esta ordem:

Fui buscar o meu bilhete
Para ir ter a Lisboa.
No Porto puxam-me o tapete
Fiquei completamente à toa.

Mas eu não vou fraquejar
Apesar do caos instalado.
Vou à Pipoka telefonar,
Porque o comboio está parado.

Nem queria acreditar
As linhas estavam cortadas!
Quem mandou descarrilar
as carruagens carregadas?

Devolver o dinheiro?
Isso não, caro senhor!
Ficou vazio o mealheiro
Ai que me está a dar uma dor!

Troquei viagem para amanhã
Terei que me levantar de madrugada.
O que tem que ser, será!
Fui para casa meia amuada.

Meio a dormir, meio acordada
No Sábado ganhei coragem!
À lancheira agarrada
Entrei e segui viagem.

Chegada a Oriente
Já meio desorientada.
Vou buscar o meu pente,
Qué da Helena, tá atrasada?

Lá parei no passeio
Esperei que me fossem buscar.
Ali sozinha no meio
Vejo um gajo a acenar.

Dentro de um carrão
Bem disposto e sorridente,
O homem acenava com a mão
Mas eu só queria o pente!

De certeza que não era pra mim,
Seria para uma gaja mais boa.
Disfarcei, olhei pró lado, enfim!
A Helena topou que eu fiquei à toa.

Afinal, era o marido
Dentro do carro estacionado.
Deixei de lado o ar sofrido
Seguimos, sem GPS ligado.

O pic-pic era em Monsanto
No meio da natureza,
Arranjamo-nos num canto
Pra curtir toda a beleza.

Aceitei ir até Monsanto
Se houvesse um W.C.
Não faço xixi em qualquer canto,
Sou chic, querem que faça o quê?

Começaram a chegar
As miúdas do Algarve.
Toca a tralha a carregar,
Vamos lá que se faz tarde!

Alguém teve a brilhante ideia
De trazer do Ikea um carrinho
Carregou-se a geleira,
Fez cá um jeitinho!

Depois o confronto esperado
Pipoka versus Ameixinha.
Eu de cabelo despenteado
E ela tão penteadinha!

Redimida de tamanha maldade,
Sacou de um presente pra mim.
Abri o saco com ansiedade
Era lindo! À guerra pusemos fim!

Mas não me devolveu o pente,
Enfiou-o outra vez na mala.
Que se lixe, vamos dar ao dente
Mais tarde, a gente já fala!

Reunidas as gajas boas
E respectivos porta-chaves,
Fez-se um convívio de pessoas
Que já tinham saudades.

Da Helena e Pipoka já falei
A Margarida e Ana também estavam
A Moira lá encontrei
Mas Laranjinha e respectivo não chegavam.

Estavam perdidos, afinal
Foram ter a outro lugar.
Não há crise, não tem mal
Vamos mas é morfar!

A Suzana também estava a chegar,
Era a única que eu não conhecia.
Sacaram das minis para desopilar
Quem não bebia, comia!

A Carlota sempre atrasada,
Conseguiu chegar a tempo.
Vinha bem carregada
Com comida para um regimento

Faltou-nos a Gasparzinha
Que não conseguiu comparecer.
Mas 'tás cá dentro menina
O próximo encontro não vais perder.

Os petiscos não paravam de sair
Era comida até dar com um pau.
Isto é que foi curtir,
O pic-nic não estava nada mau!

Eis que aparece no horizonte,
Um maravilhoso bichinho.
Não, não era um bisonte
Mas um pequeno esquilinho.

Veio ver de perto
Aquele aroma que sentia.
Tanta comida não é correcto
E o esquilo comer não podia!

Depois de provar todas as maravilhas
Hora de levantar arraial.
Já tinham começado as cantigas
Do Tony, Quim e outros que tal.

Deixamos tudo limpinho
Como manda a boa educação.
Pipoka, passa pra cá o pentinho
Que eu dou-te um em 1ª mão!

O dia passou tão depressa
Mesmo eu estando apagada.
Mas Ameixa, vá lá confessa!
Valeu a pena levantar de madrugada.

Beijinhos, despedidas e sorrisos
Boas férias e até já
Vamos arranjar mais motivos
Para em breve voltar lá.

Lá fui eu com a Tangerina
As setas azuis seguimos.
Contornamos a esquina
Chegamos a casa, conseguimos!

À espera, já ansiosos
Tom e Muffin, os gatinhos
Lindos bichos, meus manhosos
Hoje não dormem sozinhos.

Combinamos mais tarde
Em Lisboa um cafézinho.
Estava um caos na cidade
Pra estacionar foi um corridinho.

Mas que grande ventania
Na esplanada não se está bem
O pessoal já tremia
Vamos ao Solar que está além.

O empregado ditador
Não deixou desarrumar os cadeirões
O ambiente era acolhedor
Escolheram vinho, contaram tostões.

Os cálices eram grandinhos
Será que era o preço que dizia?
Agora bebam lá os copinhos
Pra terminar bem este dia.

Deu-se uma certa constipação
A uma Tangerina Aderente
Eu estava de lenços à mão
Tratei da alma gémea doente.

Chegadas a casa finalmente!
Hora de abrir a cama pra dormir.
Estou tão feliz, já tenho pente,
Até adormeci a sorrir.

O dia seguinte prometia
Novo encontro com outras meninas
Mas isso fica pra outro dia
Vou descansar os neurónios e as vistinhas.


Alguns dos petiscos que provamos encontram-se nos seguintes links:

Bom fim de semana a todos :)

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Compota de figo com vinho do Porto

Para mim, não há nada que se compare a comer figos frescos ao natural. Porém, com tanta produção, há que armazenar para saborear mais tarde. Para isso, nada melhor do que a compota. Fiz duas mas esta, com Vinho do Porto, foi a que mais me agradou. Felizmente, as figueiras ainda produzem, a época está no fim mas, durante mais uma semana, vou comer figos frescos alternados com compota :)
Usei o programa "Doces" da MFP apesar de precisar de programar mais meia hora após o término, porque achei que ainda não estava como devia. Inspirei-me na receita que vi no blog Inspired2cook, só não usei o alecrim, fica para a próxima!

Ingredientes:
900 gramas de figos roxos ou verdes, sem pés e cortados em quartos
1 1/2 chávena de açúcar
1/4 chávena + 2 colheres (sopa) de sumo de limão
1/2 chávena de Vinho do Porto (usei 1/4 chávena)
1 pau de canela (opcional, não consta da receita original)

Preparação:
Deitar tudo na cuba da máquina do pão, programar "Doces" e esperar que o programa termine. Caso veja que ainda não está na consistência desejada, programe novamente e vá verificando até chegar ao ponto que pretende.
Guarde em frascos esterilizados, deixe arrefecer à temperatura ambiente e conserve no frigorífico até 3 meses.
Para quem não tem ou não quer fazer na MFP, coloque os figos numa panela com o açúcar, deixe repousar 15 minutos, mexendo ocasionalmente, até que a maior parte do açúcar tenha dissolvido. Junte o sumo de limão e o pau de canela ou alecrim, e leve a ferver até o açúcar dissolver completamente. Baixe para lume moderado, mexendo ocasionalmente, até a fruta estar mole e até que o líquido esteja espesso, cerca de 20 minutos. Retire o pau de canela ou alecrim, guarde em frascos esterilizados, deixe arrefecer a temperatura ambiente e guarde no frigorífico até 3 meses.

Dá para cerca de 3 frascos de compota dos comuns que se compram nos hipermercados.
O sabor do Vinho do Porto faz toda a diferença. Podem usar branco ou tinto, eu só tinha tinto e foi o que usei.
Boa semana!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Salada de courgette e milho

Não foi desta que roubei maçarocas mas não pode faltar milho no congelador, especialmente para as saladas. Neste caso decidi juntar à salada umas espirais integrais para tornar a refeição mais completa. É o suficiente para comer nestes dias de calor, sem sentir grande culpa, até porque omiti as natas que a receita do blog Pulwig pedia, substituindo-as por um vinagrete de mostarda. Maionese light também fica muito bem :) Isto tem que ser tudo levezinho porque, depois de assistir ao novo programa de Tv dedicado a quem tem o sonho de ser manequim, sinto-me uma obesa ao pé daquelas miúdas esqueléticas e desengonçadas. No fundo, sinto-me boa comó milho ao pé delas. Milho... lá está ;) E o manjericão ainda vivia feliz e contente aqui em casa!

Ingredientes:
1 courgette
1 alho-francês
1 limão
1 colheres (sopa) de manteiga (podem usar azeite)
1 chávena de milho
1/2 chávena de manjericão
1/4 chávena de natas (usei vinagrete de mostarda)
pimento verde (juntei eu, só porque me apeteceu)

Preparação:
Lave o alho-francês debaixo de água corrente, cortando-o a meio na vertical. Seque e corte-o aos pedacinhos. Corte as pontas à courgette, corte ao meio na vertical e fatie. Pique o manjericão.
Derreta a manteiga e salteie o alho-francês até ficar translúcido e amolecido. Junte a courgette e o milho. Cozinhe cerca de 3 minutos ou até que o milho fique cozido. Adicione as natas, o manjericão e o sumo do limão.

Continuação de boa semana!