domingo, 29 de junho de 2008

Intercâmbio Culinário: História de Cozinha Vaca Atolada


Depois de aceitar o grande desafio de cozinhar um prato brasileiro, chegou a vez de preparar a receita que escolhi: vaca atolada.
A primeira curiosidade que tive foi saber porque é que a receita se chamava de vaca atolada? De tanto procurar encontrei uma que me satisfez a curiosidade. A história deixou-me bem disposta. Este é um prato típico da região de Minas Gerais. Na altura da chegada da Coroa Portuguesa ao Brasil, eram os tropeiros (condutores de tropas/comitivas) que carregavam as carnes (e outros bens) nas suas carroças. Quando eles iam da serra para a cidade de Minas Gerais, passavam por terrenos irregulares e íngremes. No período das chuvas os terrenos ficavam em lama e o gado que empurrava as carroças ficava encalhado e não prosseguia. Como transportavam carne de vaca e tinham que se alimentar quando encalhavam, fizeram um prato com mandioca e vaca ao qual chamaram de vaca atolada.


Bem... eu nunca tinha provado mandioca, nunca tinha comprado mandioca, não sabia a que cheirava mandioca. Mas tava com muita vontade e entusiasmo para saber ;) Fui ao supermercado e vi a mandioca lá na prateleira. Fiquei a olhar... como um burro para um palácio. Como é que eu saberia que aquela mandioca ali à venda estava boa para consumo? Depois de pensar e andar ali às voltas a fazer que escolhia bem a mandioca (eu armada em conhecedora do produto em causa eh eh) peguei em duas mandiocas e vim embora ;)


Quando cheguei a casa a minha mãe perguntou se "aquilo" é que era a mandioca. "Aquilo" não tem muito bom aspecto, não é uma visão super agradável nem nada disso. Mas disse à minha mãe que, se o meu pai não se portasse bem, ela podia usar o pau de mandioca para acertar nele eh eh ;)


Em seguida telefonei para o meu talho/açougue de confiança a perguntar se tinham costela de boi. Disseram que sim, mas que não costumam vender isso, porque é duro e ninguém quer. O homem deve ter pensado "tanta carne boa e esta quer levar os ossos com carne dura". Mas ele nunca tinha provado vaca atolada e eu também não. Restava-me descobrir o sabor.


Decidi fazer a vaca no Domingo. No sábado começei os preparativos e resolvi partir a mandioca. Aiiii, que tortura! Mandioca é muito duro. Fiquei com a minha mão toda vermelha de tanto esforço para parti-la. A Nana, depois disse que já compra ela partida e lavada (sorte hein?) é só cozinhar. Ela também me avisou que a mandioca tem uma espécie de fio no meio e que convém cozer antes e retirar esse fio. Também pouparia no tempo de cozedura com a carne. Fiz esta receita para mim e para a minha mãe. O almoço de Domingo foi só nosso :)



Fiz assim com estes ingredientes:


1 kg de costela de boi (cortada aos pedaços)


2 unidade(s) de cebola picada(s)


6 dente(s) de alho picado(s)


2 tablete(s) de caldo de carne


quanto baste de Óleo de soja (usei azeite)


800 gr de mandioca em pedaços grandes


quanto baste de cheiro-verde picado(s)


Tive que perguntar à Nana o que era cheiro verde. Eu não sabia! Afinal é salsa e cebolinho :)



Preparação:


Primeiro cozi a mandioca com uma pitada de sal durante 10 minutos na panela de pressão. Deixei arrefecer, retirei os fios e reservei.


Temperei a carne com alho e sal. Coloquei no fogão uma panela de pressão sem a tampa, o azeite e fui colocando aos poucos a carne para dourar. Fritei metade, reservei e depois fritei a outra metade. A carne deve ficar bem dourada, bem fritinha, mas não queimada. Isso é muito importante, que ela fique bem dourada por todos os lados. Depois disso, adicionei a cebola e o alho para dourar também, sempre mexendo. Coloque os dois cubos de caldo de carne (demasiado para nós que não estamos habituadas a usar caldos na comida, um cubinho é mais que suficiente). Pus água na panela de forma a cobrir a carne (não cobri a carne, pus menos água) e tapei a panela para cozinhar em pressão. Quando começou a chiar, deixei cozinhar por 20 minutos (40 minutos é demasiado tempo, eu não como carne de vaca dura e em 20 minutos esta ficou tenrinha). Cozida a carne, coloquei a mandioca em pedaços, para misturar dentro da panela. Dei uma mexida com a panela para misturar a vaca e a mandioca, retirei salpiquei a travessa com bastante cheiro verde picado.


Agora vou dizer-vos o que eu fui achando ao longo da preparação da vaca atolada. Quando a mandioca começou a cozer, veio um cheiro ao meu nariz que me encantou. Quando a mandioca está crua ela não cheira muito bem. Mas quando coze cheirou-me a algo muito parecido com castanhas. É um cheiro muito bom... abriu logo o apetite.


Como eu e a minha mãe nunca tinhamos provado mandioca, tratamos de experimentar logo que a retiramos cozida da panela. Só há uma palavra: maravilhoso. Eu e a minha mãe de volta da mandioca a comer assim mesmo. Como eramos as duas ao almoço, ainda sobrou para o jantar. Até o meu pai comeu e gostou ;) Bom sinal... Aconselho todos a fazer e a provar. A carne de vaca fica óptima e a mandioca com o cheiro-verde dão um toque super especial. Na foto dá para ver que eu levo tudo à letra. Quando diz que é bastante cheiro verde, eu coloquei mesmo bastante cheiro verde e ainda tinha um pratinho junto a mim para espalhar mais cheiro verde no meu prato. Gostei muito mesmo... gostamos todos! E agora vou passar a utilizar mais mandioca cá em casa ;)


Para quem ainda está reticente em aceitar participar deste intercâmbio, eu aconselho vivamente a aceitar e a fazer parte desta "cozinha". A sensação de cozinhar algo que não é típicamente nosso, é extraordinária e enriquecedora. Este intercâmbio aproximou-me mais da Nana e, creio que é uma experiência que permite desenvolver e fortalecer laços com pessoas que contactamos através da net. Atrevam-se :)

sábado, 28 de junho de 2008

Mais um bolo de banana!


Pois é... fiquei tão fã de doces com banana, que resolvi experimentar mais uma receitinha. As bananas que tinha cá em casa já estavam um bocadito desesperadas... Acho que quem espera para ser comido também desespera - sem segundos sentidos e sem misturar bananinhas ok? ;) - e aproveitei-as antes que entrassem em depressão por ninguém lhes ligar nenhuma. E finalmente comprei papel vegetal para forrar as formas e não ter que sujar as mãos de manteiga. Poupa-se em manteiga, àgua e em POC* ;) E gostei do resultado visual dos lados do bolo. Ficam as marcas do papel...
Retirei esta receita do livro "Boa mesa - Doces sabores"

Ingredientes:

3 bananas maduras

canela q.b.

150g de manteiga (usei óleo de soja)

1 chávena de açúcar (200g)

3 ovos

2 chávenas de farinha (350g de farinha + 50g de farelo)

1 colher (chá) de fermento em pó

1 colher (chá) de bicarbonato de sódio

3 colheres (sopa) de leite

Cobertura de Limão (não usei porque há quem não goste aqui em casa, mas eu acho que fica lindo e saboroso, podem ver aqui)

Açúcar em pó


Preparação:

Esmague as bananas e junte-lhes canela a gosto. Entretanto, derreta a manteiga no microondas, ou em banho-maria, e deite na taça da batedeira. Junte o açúcar, os ovos e o puré de banana. Bata à velocidade mais baixa, para ligar. Adicione a farinha e o fermento peneirados. Junte o farelo se usar. Dissolva o bicarbonato no leite e junte. Aumente para velocidade média e bata durante 2 minutos. Deite a massa numa forma sem buraco, forrada com papel vegetal. Leve ao forno a 180ºC até o bolo estar cozido. Desenforme e deixe arrefecer. Depois de frio barre com a cobertura de limão. Neste caso, usei açúcar em pó.

Realmente, para quem não gosta de comer bananas, estes bolinhos são uma boa forma de as ingerir.



POC - Perturbação Obsessivo-Compulsiva. Ahhh pois é, passo a vida a lavar as mãos :)

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Mimo!



A sempre querida Nana passou para mim este mimo que, no fundo, é um desafio. Acho estes mimos uma maneira agradável de dar a conhecer um bocadinho mais de mim.

Então agora devo descrever três coisas que me encantem :) Não é difícil de responder, a maioria das pessoas já sabe... Aqui vai:


Animais: fico encantada com todos os animais (excepto insectos e esses bichinhos rastejantes), derreto-me toda, abraço, beijo, partilho a minha comida com eles, lambidela daqui, lambidela dali... e sou feliz!


Plantas: surpreendo-me com a variedade de plantas que existem, com os cheiros e as propriedades que têm. Queria muito ter um jardim mas, até conseguir, vou plantando um canteiro aqui e um ali ;)


Livros: sou fascinada e quantos mais melhor. Tenho alguns autores favoritos mas leio de tudo um pouco. Desde romances, policiais, aventuras, etc. E a culinária é um tema que reserva uma parte da minha biblioteca.


Agora tenho que passar este mimo a três pessoas amigas:


Catarina - Pequenos sonhos


Amélia - Doces Temperos


quarta-feira, 25 de junho de 2008

Um animal, uma planta e comida... esta é a minha vida!

A minha vida resume-se em grande parte a estas paixões. Creio que nada me deixa tão feliz como plantar uma semente e nascer uma flor, abraçar um animal e receber dele uma fidelidade incondicional, e cozinhar.
Primeiro que tudo quero apresentar o mais recente membro desta família. Chama-se Matias e foi encontrado num terreno abandonado por trás de minha casa. Já não o deixamos lá... veio directo para o banho e para a desparatisação. É um gato feliz a azucrinar a cabeça de quem cá mora com tanto "miauuuu". A minha vida sem animais não faz sentido. Não fará nunca e, com eles, sinto-me a pessoa mais doce e carinhosa do mundo ;)
Segundo, apresento o meu girassol mais velho (parece que estou a falar de filhos eh eh) que me saiu gigante... já vai quase nos dois metros. Já ultrapassou o muro da minha casa e espero que ninguém o leve ao passar.
Terceiro, vamos à comidinha que se faz tarde. Confesso que nunca tinha experimentado massa recheada. Mas, depois de ver nalguns blogues a dita, resolvi comprar e arriscar. Esta é apenas recheada com queijo mas estou curiosa para experimentar as outras variedades. A minha cobaia ficou fã, não fosse ela maluquinha por queijo, e pediu para fazer mais vezes. Não segui nenhuma receita especial. Cozi a massa (tortellini). Fiz um refogado com alho, cebola e azeite q.b. Juntei uma cenoura ralada, 2 tomates maduros cortados aos quadrados, 4 fatias de paio cortadas e temperei só com pimenta branca. Não coloquei sal porque o paio já tem sal suficiente. Juntei um fio de vinho branco e deixei apurar. Nos pratos coloquei a massa com o refogado por cima e o queijo ralado (usei limiano). Levei a gratinar no microondas e polvilhei com cebolinho e azeitonas picadas. Simples e saboroso.
Espero que gostem do que está nas fotos :) E já agora peço que cliquem no ícone aqui ao lado da Luta Contra a Fome e no ícone lá mais em baixo (depois das fotos dos meus companheiros de lar) da Ajuda aos Animais. Façam como eu... a clicar clico em tudo para ajudar, porque um clique não custa nada e ajuda a salvar muitas vidas. Seja uma criança, um adulto, um animal ou uma árvore. A solidariedade também nos salva ;)

domingo, 22 de junho de 2008

Bacalhau à Brás

O meu pai sempre teve o vício dos livros e, há muitos anos, adquiriu o livro "Cozinha Tradicional Portuguesa" de Maria de Lourdes Modesto. Desde pequenina que sou incentivada a usá-lo porque, às vezes, a minha mãe dizia que não sabia o que fazer para o jantar ou que não sabia fazer certas coisas e, o meu pai dizia que só não fazíamos porque não queríamos. O livro estava na estante à nossa disposição, recheado de sabedoria culinária e de receitas deliciosas. É um bom manual e uma referância para quem quer conhecer e provar a gastronomia deste país "à beira mar afogado" ;)
Há algum tempo passei numa livraria para ver as novidades, e lá estava ele com a foto de capa simplesmente fabulosa, abri para ver o preço com uma certa curiosidade. Achei que seria mais barato, nunca pensei que custasse tanto dinheiro. Mas, realmente é uma das bíblias a ter numa cozinha. Agradeço ao meu pai pelo incentivo e pelo gosto dos livros.


Bacalhau à Brás

Esta é uma receita tipicamente Portuguesa, da região da Estremadura, mas que é feita muitas vezes cá em casa. É dos meus pratos favoritos e gosto de comê-lo neste tempo de calor. Acompanho com salada de alface ou tomate e há quem coma com arroz seco também.

Ingredientes:

400 g de bacalhau

3 colheres de sopa de azeite

500 g de batatas

6 ovos (usei apenas 3)

1 cebola

1 dente de alho (grande)

salsa (usei cebolinho)

sal

pimenta

óleo

azeitonas pretas



Preparação:

Demolha-se o bacalhau (ou compra-se já demolhado) retira-se-lhe a pele e as espinhas e desfia-se com as mãos. Cortam-se as batatas em palha (muito fininhas) e a cebola às rodelas finissimas. Pica-se o alho. Frita-se as batatas em óleo quente até alourarem ligeiramente. Escorre-se em papel absorvente. Entretanto leva-se ao lume um tacho com o azeite, a cebola e o alho e deixa-se refogar lentamente até cozer a cebola. Junta-se o bacalhau desfiado e mexe-se com uma colher de pau até o bacalhau ficar impregnado na gordura. Juntam-se as batatas ao bacalhau e com o tacho sobre o lume deitam-se os ovos ligeiramente batidos e temperados de sal e pimenta. Mexe-se com um garfo até os ovos ficarem envolvidos no bacalhau e cozidos. Retira-se do lume e deita-se numa travessa. Polvilha-se com salsa picada e serve-se bem quente, acompanhado com azeitonas pretas.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Olha a Sardinha assada!


A bela da sardinha. Que é que eu posso dizer? Que só como sardinhas se forem acompanhadas de pimentos assados e de broa ;) Sardinha sem pimentos, para mim, não é sardinha!
E é só temperar com sal e levar a assar na brasa. Lavam-se os pimentos e levam-se a assar também. Depois mergulham-se em água fria e tira-se a pele. Parte-se uma cebola aos gomos, põe-se por cima das sardinhas, junta-se o pimento cortado às tiras e rega-se com azeite. Acompanha-se com feijão verde e batata cozida. E temos esta preciosidade vinda do alto mar...

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Campanha


A Nela e o seu cantinho enviou-me um alerta para uma campanha importante e que devemos ter em atenção. Hoje em dia, cada vez mais mulheres e homens padecem de condições que colocam em causa a nossa saúde e o nosso futuro. Este mimo que a Nela me passou tem o objectivo de conseguir que a mamografia digital seja gratuita. Eu sei o que é ter que fazer os exames e viver com a angústia de não ter dinheiro para usufruir de um melhor atendimento médico e de melhor qualidade de vida. Tornar o exame gratuito fará com que muitas pessoas se dirijam ao médico sem pensar duas vezes.
As regras são estas:


1. Tem de passar para sete pessoas, que se comprometerão em passar para outras sete;
2. Como todo selo, deverá ter um link para o Blog da pessoa que esta a receber;
3. Também deverá ter um link para o Blog da pessoa de quem foi recebido o selo;
4.O mais importante: ir ao site da Campanha da Mamografia Digital Gratuita e dar um CLIQUE.

Vou passar às seguintes meninas, mas espero que todas as pessoas que por cá passam adiram a esta causa. Um dia, poderá ser com qualquer um de nós.

Catarina - Pequenos sonhos

Desafio Intercâmbio Culinário Portugal Brasil


A minha queridissima amiga Nana do blog Manga com Pimenta fez-me, um dia destes sem eu esperar, a seguinte pergunta:


"Por que não fazer um desafio entre blogueiras amigas Brasil e Portugal?"
Com essa pergunta, convidou-me para participar de um desafio.
"Vamos montar um desafio? Você faz um prato típico do Brasil e eu um típico Português?" e aceitei de imediato. A Nana é tão querida que eu não tive como recusar. E, ainda por cima lembrou-se de mim e eu nem sei porquê. Mas adorei :)


Então, surgiram as regras, divulgação e um novo blog para postarmos as receitas feitas por cada uma que participará do desafio.
Para quem quiser visitar o site Intercâmbio Culinário Brasil e Portugal o link é este: http://intercambioculinario.blogspot.com/


Quem quiser participar, entre no blog informando qual será a sua dupla para determinarmos uma data.
Aqui vai a receita que eu escolhi:


Vaca Atolada


Ingredientes:

1 kg de costela de boi

2 unidade(s) de cebola picada(s)

6 dente(s) de alho picado(s)

2 tablete(s) de caldo de carne

quanto baste de Óleo de soja

800 gr de mandioca em pedaços grandes

quanto baste de cheiro-verde picado(s)


Modo de preparo:

Tempere a carne com alho e sal. Coloque no fogo, numa panela de pressão sem a tampa, o óleo e vá colocando aos poucos a carne para dourar. Se você achar que irá ficar muito cheia a panela, frite metade, reserve e depois frite a outra metade. A carne deve ficar bem dourada, bem fritinha, mas não deixe queimar. Isso é muito importante, que ela fique bem dourada por todos os lados. Depois disso, adicione a cebola e o alho para dar uma dourada, sempre mexendo. Coloque os dois cubos de caldo de carne. Ponha água na panela, cobrindo as carnes para cozinhar em pressão. Feche a panela de pressão. Quando começar a chiar, deixe cozinhar por 40 minutos. Cozida a carne, coloque a mandioca em pedaços, para cozinhar dentro da panela. Se precisar, coloque um pouco de água. Se a mandioca custar para cozinhar, jogue, sem medo, bastante água para dar um "susto" nela, que ela cozinha. O caldo da costela vai ficar um pouco mais grosso. Fique sempre perto para ver se não precisa de mais água para evitar grudar o fundo da panela. Na hora de servir pode ser adicionado à panela, bastante cheiro verde picado.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Cocktail de frutas


Quando andava no 7º ano a minha professora de Inglês sugeriu um intercâmbio entre estudantes de outros países. Ou seja, tinhamos oportunidade de conhecer uma pessoa de outro país, de cultura diferente e de partilhar experiências através de cartas manuscritas, porque naquele tempo não havia outro meio - pareço uma cota a falar. Era uma boa estratégia de treinar a Língua - português ou inglês- e de estabelecer amizades numa fase tão importante como é a adolescência.

Naquele momento aquilo não me interessou minimamente, o que eu queria era brincar e já tinha amigos suficientes. Mas, passei muitos anos arrependida de o ter feito. Às vezes o "timing" é errado e quando quis um correspondente, não o tinha.

Porém, já depois de terminar a faculdade e através da net, conheci uma pessoa que vive no México... tão longe! Eu continuo a ser adepta de escrever e enviar cartas manuscritas, receber uma carta com um selo é muito mais bonito :)

Como somos de países diferentes, com gastronomia distinta pedi-lhe que me enviasse uma revista de culinária do México. A semana passada chegou a "encomenda" e tratei de escolher uma receita a pôr em prática. A revista é uma edição de luxo e tem "um toque de sabor mexicano". Portanto, tenho que agradecer ao Andrés pela disponibilidade e simpatia com que me enviou a revista: Gracias Mexicano! :)

Mais uma vez o meu "timing" foi errado e escolhi um Domingo chuvoso para preparar uma receita que sabe melhor no calorzinho. Mas o resultado foi tão bom que, mesmo a chover, comeu-se muito bem. E tem um aspecto muito agradável.

Fiz algumas modificações porque não tinha algumas das frutas em casa. Hei-de experimentar a receita original, até porque deve ficar com outra cor.

Ingredientes:

30 g de gelatina em pó

2 taças de água (não sei a medida que leva cada taça, usei a medida de 200 ml por cada taça)

300 g de açúcar (usei 280g)

1 maçã

1 pêra

1 goiaba (substituí por um pêssego)

250 g de uvas verdes sem pevides/sementes (não tinha e não substituí por nada)

1 banana

2 taças de natas (usei 2 pacotes de 200ml cada um)

1 taça de leite

Decoração:

morangos (ou framboesas ou fatias de fruta da nossa preferência)

Preparação:
Hidrate a gelatina com uma taça de água e reserve. Aqueça a água restante com o açúcar, quando ferver, junte a gelatina hidratada e mexa até dissolver. Retire e reserve. Descaroçe a maçã, e a pêra e retire as pevides da goiaba; corte-as em quadradinhos de tamanho igual ao das uvas e reserve. Triture a banana com a fruta cortada, as natas e o leite até obter uma mistura homogénea. Verta num recipiente (forma de pudim ou molde de alumínio com 2 l de capacidade) e leve ao frigorifico até solidificar. Deixei cerca de 20 horas no frigorífico. Para desenformar mergulhei a forma em água quente. Decorei com morangos cortados em fatias e uma folha de hortelã. Usei aquela forma pesada que eu mostrei aqui e ficou espectacular.

sábado, 14 de junho de 2008

Pataniscas de bacalhau com arroz de tomate


Hoje não venho desancar, descascar, injuriar, acusar, criticar nem dizer mal de ninguém. Não que não me apeteça ou que não mereçam, mas como dizia Vinicius: "Há um renovar-se de esperanças, Porque hoje é sábado."

Ahhh, Vinicius sabe que eu poderia continuar com a letra da canção e criticaria um monte de coisas... boas e más. Porque a critica deve, sobretudo, ser construtiva e retirar algo que possamos usar e transformar em algo positivo.

Criticando os tomates, ou a falta de quem os tem (e esta é uma expressão fortinha), faz-se um arrozinho solto a acompanhar a bela da patanisca (isto no Norte tem outro significado eh eh) e tem-se o jantar de sábado na mesa.

As pataniscas de bacalhau são um petisco típico de Portugal. Não há quem não as conheça e eu só venho apresentar a receitinha cá de casa, simples e saborosa.

O arroz é básico: refogado com alho, cebola picadinha, azeite q.b. Deitar àgua e o tomate maduro (usei apenas o sumo de tomate) a gosto e depois de ferver, juntar o arroz. Deixar apurar em lume brando até o arroz estar cozido.


Para as pataniscas:
1 posta de bacalhau demolhado
5 ovos
farinha q.b.
cebola q.b.
sal q.b
salsa q.b
limão q.b
leite q.b.

Primeiro pica-se a cebola e junta-se a salsa também picada. Depois partem-se os ovos, junta-se à cebola e salsa e bate-se bem. Vai-se juntando farinha aos poucos até ficar um polme espesso. No final junta-se o bacalhau esfiado (que esteve a marinar com um pouco de sumo de limão e leite) e uma pitadinha se sal. Leva-se a fritar em azeite quente ou óleo, se preferirem.
Termino com Vinicius: "E dando os trâmites por findos, Porque hoje é Sábado há a perspectiva de Domingo, Porque hoje É SÁBADO".

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Uma pizza com "raça"


Acho que tivemos a confirmação de que já não vivemos numa democracia. Afinal, só faltava a confirmação do presidente deste país à beira mar afundado, de que regredimos e estamos em plena ditadura, estamos a fazer "regime" (grande trocadilho eh eh) e, pelos vistos, está satisfeito com isso. Concordo que Portugal é de quem cá vive, somos um país de pessoas, de culturas e de etnias. Não me ocorreria chamar-nos um país de raças (até porque para mim quem tem raça são os animais), expressão que caracterizou o Estado Novo. Mas os senhores doutores andam a estudar para alguma coisa e, depois chega a malandra da doença de Alzheimer*, e eles esquecem-se do tempo em que estão. Tem a sua lógica pois, passamos por uma crise que faz lembrar a ditadura, não podemos dizer nada que atinja os "copinhos de leite" que se insultam na assembleia, o lápis azul tá na moda, os bens essenciais atingem valores exorbitantes, quem não tem conhecimentos vive de esmola, quem tem trabalho tem que aguentar as broncas do patrão porque quem pode também manda, e por aí em diante. Daqui a uns tempos não podemos sequer pensar, imaginar ou sonhar que temos a inquisição à porta. Não entendo onde vamos parar... se os nossos supostos representantes levam-nos por mares que já foram navegados e, nós queremos e merecemos outras conquistas, outros sonhos, outras realizações. Queremos a liberdade pela qual os nossos familiares lutaram e sofreram, a igualdade descrita na Constituição da República Portuguesa, queremos praticar o que está na teoria. Aí seremos, sem dúvida, um povo pleno. Mais uma vez, merecemos mais que estas afirmações démodé. Estamos no Século XXI e para onde vamos? Olhem... agora ia às trombas de umas quantas raças raras que, por cá andam a passear e a ganhar três reformas, que nos gozam nas barbas e nós a viver de migalhas. Não é justo e se o país é de raças então tratem-nos como raças do país e preservem-nos antes que entremos em extinção... Se me quiserem colocar no Zoo eu aceito... pelo menos há cama, comida e roupa lavada (ou não, se é natureza é tudo ao natural, certo?). Entretanto cozinhamos a indignação com ingredientes com raça... há que aconchegar o estômago de pensamentos inquietos :)

Ora... sai uma pizza com uma miscigenação, por favor!


Ingredientes para a massa:
175 g de farinha (usei raça farinha de neve)
1 pitada de sal
1 colher de chá de fermento em pó (usei raça royal)
1,5 dl de água morna
1 colher de sopa de azeite (usei raça gallo)
farinha q.b.

Molho:
1 dente de alho
1 cebola
azeite q.b
1 cenoura
0,5 kg de tomate maduro (usei raça de lata já pelado)
1 colher de chá de farinha
1 pitada de açúcar (usei raça sidul)
1 pitada de oregãos (usei raça cigalou)
sal q.b.
1,5 dl de água

Recheio:
queijo ralado q.b (usei raça limiano)
fiambre q.b (a raça não era da perna extra mas era de porco)
meio pimento vermelho
200g de cogumelos frescos laminados ou 1 lata (usei raça Paris)

Preparação da massa:
Peneire a farinha para uma tigela e misture o sal e o fermento; incorpore a água, o azeite e amasse bem. Deixe repousar cerca de 15 minutos. Polvilhe uma superfície de trabalho com farinha; tenda a massa e estique-a bem com o rolo, até obter uma massa fina. Disponha a massa num tabuleiro (eu usei o do forno) e pique-a com um garfo.

Preparação do molho:
Pique o dente de alho, a cebola e corte a cenoura em meias luas. Coloque num tacho e junte-lhes duas colheres de sopa de azeite. Deixe refogar; junte o tomate maduro picado, a colher de farinha, a pitada de açúcar e os oregãos. Tempere de sal e deixe apurar, mexendo com frequência. Regue com 1,5 dl de água fervente e deixe cozinhar, em lume brando. Depois retire e reserve. Quando estiver morno, passeo na varinha mágica ou liquidificador.

Depois é só espalhar o molho pela massa da pizza e dispor os ingredientes cortadinhos aos pedaços pela ordem que quiser. No fim, espalhei oregãos por cima da pizza e levei ao forno até o queijo estar gratinado. As pizzas podem ser feitas com os ingredientes que estiverem no frigorífico. Usei as raças que tinha e foi uma bela mistura ;)




*Com o maior respeito pelas pessoas e seus familiares que convivem de perto com a doença.
Quero também dizer que se enganam aqueles que passam os olhos por estes posts e acham que é tudo raiva e ódio. Não é, são, sobretudo, palavras bem dispostas que tentam espelhar o estado da nação que é a minha. Acima de tudo mantenho a minha capacidade crítica e a capacidade de sorrir perante as desgraças e vitupérios que me atingem directamente. Não fosse a minha gargalhada, estaria internada e a levar uns quantos choques eléctricos, e olhem que a electricidade está cara ;)

terça-feira, 10 de junho de 2008

Bolo de banana



Ultimamente anda muito em voga fazer bolo de banana. Eu confesso que nunca tinha experimentado, talvez por não morrer de amores pelo fruto ou por não ter uma receita que me tivesse despertado para usá-la. Mas, depois de ter visto tanta postagem de bolos com banana, decidi-me e cá está a receita escolhida. No fundo, acho que fui incentivada a preparar algo com este fruto porque, a cada dia que passa, a nossa républica transforma-se em républica das bananas e temos que aproveitar e colher o fruto antes que apodreça. Acho que mesmo tentando aproveitar as bananas que vão aparecendo, nem em cem anos conseguiria acabar de as colher. Já Eça dizia, sabiamente, que morremos do mal de sermos portugueses. Morro vagarosamente enquanto cozinho bananas e enquanto anseio cozinhar uma outra espécie de "bananas". Adorava que esses sentissem a minha mão enquanto trabalho a massa, que se misturassem com ingredientes menos ricos em nutrientes e vitaminas, que ficassem uma horinha no forno à espera que lhe espetassem o palito para ver se está prontinho a saborear. Porque um bolo não se faz só com bananas e enquanto pensarmos que é assim, continuam os outros ingredientes a submeter-se a um que até nos tenta obstipar. Ora, isso é a prova provada de que uma républica de bananas não há-de ser muito saudável, certo? É que enquanto as bananas forem utilizadas em bolinhos como este, não me custam nada a engolir e saborear, mas as outras... as outras estão atravessadas e começam a sufocar uma nação, uma pátria. Porque Portugal é mais, muito mais que isto que vamos vendo, ouvindo e sentindo.

Ingredientes:
1 nação em crise
1 primeiro ministro com "curriculum" comprado... ups... enganei-me na receita :) Meus queridos, riam que é a boa disposição que nos vai salvando ;)


Ingredientes:
100g de manteiga (usei 85 de óleo de soja)
4 bananas médias maduras (usei 3 apesar de existir praí muito banana)
1 dl de natas
3 ovos
250 g de açúcar (usei 200 porque a banana já é um fruto muito doce, embora algumas sejam tudo menos doces, mas isso é outra história)
400g de farinha (usei 350 + 50 de farelo de trigo)
2 colheres de chá de fermento em pó
100 g de miolo de avelã ralado (em época de crise, avelãs só mesmo no Natal, portanto não usei)100 g de chocolate para bolos (usei chocolate de leite para bolos, mas o negro é melhor)
1 dl de natas para juntar ao chocolate

Preparação:
Derreter a manteiga. Descascar as bananas - é a parte mais complicada ;)- esmagar com um garfo e misturar às natas. Bater os ovos com o açúcar. Misturar a farinha com o fermento em pó e o miolo de avelã e ir juntando, bem como a manteiga derretida, ao creme de ovos. Juntar o puré de banana. Aquecer o forno a 180º. Untar a forma e polvilhar com pão ralado. Encher com a massa e alisar. Meter no forno durante uma hora e um quarto (no meu forno a gás demorou cerca de 45m). Desenformar e deixar arrefecer numa rede. Derreter o chocolate com as natas no microondas e cobrir com ele o bolo.




Nota: Como sempre, quando começo a escrever nunca sei bem onde vou parar. Não pretendo ferir susceptibilidades políticas e sociais com o que escrevi. Acima de tudo utilizo o meu estatuto de cidadã eleitora e permito-me criticar o que acho que está menos bem. Porque quem cala consente, e eu não consinto mas vou sentindo na pele a crise e, calada não me faço ouvir. Por isso, comam bananas e sejam felizes :) A receita foi retirada da colecção Cozinhar Melhor "Bolos"

Bom dia de Camões, de Portugal e das Comunidades Portuguesas.

sábado, 7 de junho de 2008

Arroz de favas e tomate com panado


Finalmente publico uma receita com favas! Eu que adoro favas e tenho a sorte de ter recebido algumas dos vizinhos. Ontem comi uma sopinha de favas espectacular e hoje foi a vez do arroz malandrinho :)

Nada de muito especial e sem qualquer segredo: é só fazer um refogado com alho e cebola picadinhos. Levar a alourar com um fio de azeite e depois regar com um copo de àgua. De seguida junta-se os tomates maduros aos pedacinhos (eu usei 2 tomates pelados de lata) deixa-se levantar fervura. Entretanto mete-se o arroz (cerca de 200g), tempera-se de sal e ajusta-se a quantidade de àgua de forma a ficar um arroz soltinho e não seco. Deixa-se cozer e só quase no final é que se deitam as favas (usei cerca de 150 a 200g de favas descascadas). Entretanto fritam-se os panados (usei de frango) que trouxe já prontinhos do talho. Aproveito os peitos do frango e peço para fazer os panados. Mas em casa também é fácil, é só temperar de sal, pimenta, sumo de limão ou um pouco de vinho branco e alho picadinho. Passa-se os filetes de frango por um ovo batido e depois por pão ralado (pode ser normal ou com ervas aromáticas) e leva-se a fritar no óleo ou a assar no forno que é mais saudável. Está pronto a comer e que maravilha que ficou :) Acabaram-se as favas cá em casa :(

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Prémio "Perú"



Ontem tive uma boa conversa com a Catarina que eu sei que, sejam os sonhos grandes ou pequenos, vai conseguir de alguma forma realizá-los :)

A Catarina teve a amabilidade de me atribuir este prémio e, além disso, escreveu umas palavras muito carinhosas acerca da minha pessoa. Ela tem uma família fabulosa e é muito simpática e disponível. Ontem quando me encontrou a primeira vez no msn foi uma querida. Primeiro porque foi a primeira pessoa a pedir o meu contacto e isso deixou-me sensibilizada, depois porque nunca tinhamos falado no msn e ontem ela não sabia quem eu era quando me encontrou por lá. O meu nome no msn é diferente de "Ameixa Seca" e deixei-a confundida... foi giro. Amavelmente, disse-me que não estava a associar o nome ao blog (pois claro que não) e depois fez-se luz :)

Quero apenas agradecer à Catarina esta gentileza e dizer que também gostei muito de falar com ela :)

Segundo as regras, tenho agora de eleger 5 blogs que considere merecedores tanto pela criatividade, desenho, material interessante como por trazer algo de positivo para a comunidade blogueira. Mas não o vou fazer, porque a todos os blogs que vou encontro sempre algo tão interessante e criativo que seria impossível nomear. Todos os que visito transmitem conhecimentos essenciais que eu tento assimilar e, por isso, passo este prémio a todos os blogues que visito. Quem quiser pode estar à vontade para colocar o prémio no seu blog (daqueles por onde eu passo claro... também não abusem).

E eu sei que este prémio é Perú mas eu deixo-vos uma foto do meu pato Luísinho e o desejo de um óptimo fim de semana ;)

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Bolo de cenoura


Há bolos que têm sabores especiais que nos lembram a infância. E a minha infância foi muito feliz. Lembro-me que, na escola, era a mais pequenina e a mais magrinha de todos. Não sei precisar o meu peso em kg quando entrei para a escola do primeiro ciclo (antiga primária), mas sei que no 4º ano pesava 19 kg. Era e sou muito magra, motivo para andar sempre ao colo de todos os meus colegas. Era o "saco de batatas" e era super engraçado, excepto quando me ataram as mãos e os pés (sim, porque um saco de batatas não esbraceja nem esperneia) e pegaram em mim em ombros... como era muito leve, o meu destino foi passar o ombro e bater com a cara no chão de cimento. Um episódio triste mas sem cicatrizes... só recordações. Isto tudo para dizer que apesar de ser muito magra, sempre comi bem. Aliás, depois da escola reunia-me com uma prima e davamos asas à imaginação na cozinha. A coisa acabava mal a maioria das vezes, porque a emoção e a vontade de comer algo não nos deixava ter o bolo no forno por muito tempo. Logo, saía com "pito" como nós dizíamos :) E nós não queriamos saber disso para nada e lá comiamos satisfeitas. Mas os bolos que fazia na infância e adolescência não eram de cenoura, porque raio tenho o título "Bolo de cenoura" e estou para aqui a falar dos bolos que fazia na infância? É que lembro-me de comer em algumas festas bolo de cenoura que eu adorei e nunca esqueci o cheiro dele. Quando fiquei mais crescida li algumas receitas e este que apresento é o bolo de cenoura que faço cá em casa. Muito simples e fácil...


Ingredientes:
2 chávenas de farinha (coloquei também um pouco de farelo)
1 colher de chá de fermento em pó
1 colher de chá de bicarbonato de sódio
1 colher de chá de canela em pó
1 chávena de açúcar
4 ovos
1 chávena de óleo (usei de soja)
2 1/2 chávenas de cenoura ralada
acúcar em pó para polvilhar

Preparação:
Peneirar a farinha, o fermento, o bicarbonato e a canela para uma bacia. Juntar o açúcar e misturar. Bater os ovos com o óleo. Adicionar a mistura dos ovos e a cenoura aos ingredientes secos, mexendo até estarem ligados. Deite a massa numa forma. Leve ao forno a 180º por 40 minutos ou até o bolo estar cozido. Deixe na forma 10 minutos antes de desenformar para uma rede, para arrefecer. Polvilhe com açúcar em pó depois de frio.

Nota: Fiz esta receita numa forma redonda e numa forma de bolo inglês. O bolo redondo foi para oferecer e guardei um pouco da massa para nós cá em casa. Portanto, ele não fica assim baixinho como aparece na foto. E está um pouco queimado por baixo. Esqueci-me que tinha menos massa e cozia mais depressa :p


Selo da Edinha


Não podem imaginar a minha emoção ao receber esta distinção. Não só porque existem milhares de blogues por aí que mereciam um prémio assim, mas também porque quem me presenteou é uma pessoa por quem eu sinto um carinho muito especial. Há coisas que nem sempre sabemos explicar e, muitas vezes, sentimos uma forte empatia com alguém que nem conhecemos muito bem. Não é só a cozinha da Edinha que é excelente, é também a sua simplicidade, a disponibilidade com que nos apresenta as suas receitas, a gentileza que comenta as receitas dos outros. Para não falar do nome dela que eu acho lindo e que diz tudo: "guardiã das riquezas" :) e também da sensibilidade e amor que tem pelo seu Cocas e que muito me tocou. Fiquei apaixonada por aquele selo confesso e o meu sentimento pela Edinha cresceu ainda mais... Toda esta lamechice para agradecer amavelmente à Edinha. Muito obrigada ;)

terça-feira, 3 de junho de 2008

Prémio Excellent!



A Janeca que é uma Pérola presenteou-me com este prémio fantástico. Fiquei bastante lisonjeada por te teres lembrado da Canela Moída, Janeca. És uma querida e foi muito simpático da tua parte este gesto que eu muito aprecio. Muito obrigada :)

Agora tenho que nomear mais dez blogues e vou oferecer este prémio a quem desde o inicio me visita, a quem eu gosto de visitar e a blogues que me fazem sentir em casa quando os visito. Não sei quem já tem este prémio e, provavelmente, até já o devem ter recebido. Mas eu acho que deve ser muito bom saber que há quem goste de nos visitar e que, por isso, nos distinga com estes prémios. Portanto, quem já tem o prémio não precisa de publicá-lo outra vez. Quero apenas que saibam o quanto eu aprecio o vosso sítio, e o meu gosto em visitar e partilhar convosco um pouco de vós e de mim. Ora cá vai:

Nana - Manga com Pimenta

Natércia (já sei que tens) - Fiel ao Tacho

Axly - Cozinha Temperada

Nani - Manjar de ideias doces

Edinha - O prazer dos sabores (Trocamos galhardetes não é?)

BetiCris - Arte Aromática

João Crisóstomo - Jardim do Éden

Luciana - Cafezinho das cinco

Dama - O Jardim da Dama do Lago

Marcia - Acúcar com canela

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Bacalhau à Amélia


Esta receita com bacalhau não tem grande segredo. É um bacalhau frito básico que é enriquecido com um molho que eu adoro. Isso é que faz a diferença. Cá em casa adoramos bacalhau, seja cozido, assado, estufado ou frito. A minha mãe faz desta forma e foi desta forma que me ensinou a mim. Acredito que haja um nome próprio para descrever esta receita, mas "à Amélia" foi o que me surgiu e não me parece mal. Se alguém souber o nome, eu gostava de saber ok?


Ingredientes:
4 postas finas de bacalhau já demolhado
farinha q.b.
óleo ou azeite q.b.

cebola q.b.
alho q.b.
1 folha de louro
1 pitada de oregãos
sal q.b
tomates maduros q.b.
polpa de tomate
cerveja ou vinho branco q.b.
salsa q.b.


Preparação:
Escorrer o bacalhau e secá-lo com um pano para retirar a àgua. Passar pela farinha e levar a fritar em óleo ou azeite bem quente. Reservar. Para o molho faz-se um refogado com o alho picado e a cebola, leva-se a alourar no azeite. Junta-se o tomate maduro, o sal, o vinho branco e a folha de louro. Se for necessário junta-se um pouco de polpa de tomate. Se não tiver tomates maduros pode substituir pela polpa de tomate de compra. Quase no fim junta-se os oregãos. Deixa-se refogar, retira-se a folha do louro e tritura-se tudo com a varinha mágica ou liquidificador. Numa travessa, coloca-se o bacalhau no fundo e rega-se com este molho e a salsa. Quem quiser pode cozer um ovo e ralá-lo por cima do molho. Fica um efeito bonito. E é muito bom. Acompanha com batatas fritas às rodelas.

Espero que, com esta greve piscatória não nos impeça de ter pelo menos o bacalhau e a sardinha à mesa...