terça-feira, 29 de junho de 2010

Um fenómeno é o que é!

É certo e sabido que tudo que eu semeio nesta casa insiste em não germinar nem crescer, mas tudo que não é semeado lá dá o ar da sua graça! A única coisinha que vai fazendo as minhas delícias são os girassóis que todos os anos me brindam com as suas gigantescas flores. Haja algo que se dê por aqui!
De resto, há tomates, morangos, malaguetas e flor-de-lis que não sabemos bem de onde vieram. Quer dizer, saber até sabemos... devem ter sido os passarinhos que aliviaram a tripa ao passar por aqui :) Haverá algum que coma moedas? Uma árvore das patacas ia dar tanto jeito he he


Morangos, poucos mas bons!

Flor-de-lis. Eu achei que era da minha mãe e a minha mãe achava que era minha. Afinal é de todos porque ninguém a semeou :)

Girassol carregadinho de girassóis.

Depois há o reverso da medalha, aquilo que se dá muito bem, que está verdinho e fresco de repente fica assim. Tanta cidreira e hortelã que eu queria secar para fazer chá e que ficou neste lindo estado. Estou sem saber o que raio é, só sei que está tudo estragado e nem me atrevo a usar para cozinhar, muito menos para fazer chá. Há quem diga que foi do frio e do excesso de calor. Eu cá acho que algum bicho!


Já cortei metade da hortelã e da cidreira para deitar fora, mas gostava de saber o que é isto e se há alguma maneira de combater.


Nem o alecrim escapou mas acho que o mal desse é piolho, ou pulga ou o que seja. Há bichos que não sei distinguir. Se alguém souber de algum remédio caseiro para isto, eu agradeço :) Químicos não uso.

E por falar em Natureza, na beleza e também nos estragos, peço que se dirijam ao blog da Patty, Aqui na Cozinha, e leiam com atenção o que tem acontecido no Brasil (infelizmente também noutros países por esse mundo fora), mais precisamente em Pernambuco, e vejam se podem ajudar de alguma maneira. Nunca sabemos quando vamos ser nós as vítimas desta natureza que martirizamos todos os dias e que nos tem mostrado o quanto se sente ferida com isso.

Continuação de boa semana!

sábado, 26 de junho de 2010

Cake de chocolate e banana

Receita retirada de um livro que demorou a chegar mas chegou! "Chocolate" que ganhei num passatempo do Tigela de Yakissoba. Obrigada Sandreane :)

Não sei como é em vossa casa mas aqui, quando o calor aperta, as bananas amadurecem demasiado depressa e, como é fruta que não como ao natural, a solução é salada de fruta ou bolinhos. Desta vez saiu bolinho e ficou tão bom que já repeti. Até porque, quando fiz a primeira vez, não tinha máquina e merecia ficar registado e publicado aqui no blog.

Da primeira vez, usei chocolate em pó, porque não consegui encontrar o cacau. Achei que afinal tinha acabado. Quando coloquei o bolo no forno e arrumei a cozinha... encontrei um pacotinho de cacau a olhar para mim. É sempre assim, quando menos precisamos as coisas elas aparecem como que a gozar a nossa cara :) Sugiro que façam mesmo com cacau porque fica completamente diferente, tanto na cor como no sabor!
Participo no desafio do blog Delícias & Talentos, dedicado à letra M.


Ingredientes:
2 bananas médias
200 g de manteiga
200 g de açúcar
4 ovos
1 colher (sopa) de mel
170 g de farinha de trigo
50 g de cacau em pó
2 colheres (chá) de fermento em pó
1 pitada de sal


Preparação:

Decasque as bananas, corte-as em rodelas e amasse com um garfo até obter um puré. Bata a manteiga com o açúcar até que a mistura fique bem cremosa. Acrescente os ovos, o mel e o puré de banana.
Peneire a farinha com o cacau em pó, o fermento e o sal.
Acrescente à preparação anterior. Coloque a mistura numa fôrma de bolo inglês, previamente untada com manteiga e enfarinhada.
Asse em forno médio (180ºC) durante 40 minutos ou até que, ao introduzir um palito, este saia seco. Desenforme e deixe amornar sobre uma grade.


No livro recomendam uma decoração simples, polvilhando com açúcar em pó ou regando com um glacê. Eu escolhi o mais simples do simples. Nestas coisas não vale a pena complicar.

Servido ao lanche com o aroma Açoreano do chá Gorreana :) Assim deveriam ser todas as tardes de todas as pessoas, com amigos e sorrisos à mistura. Já agora também era bom se os gatos não aparecessem do nada e partissem a última travessa que restava! Isso é que era uma maravilha :)
Bom fim de semana!

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Casamento da década


Casaram no mesmo dia que a princesa da Suécia e foi mesmo um casamento de princesa, um dia especial para o casal de noivos!
Não esperava que a paisagem fosse tão bonita até Viseu. A zona Luso-Buçaco deixou-me sem palavras mas, como ia sozinha, também não podia falar para ninguém he he
Um grupo de amigos bebia cerveja na parte de trás da carruagem, falavam alto, super divertidos, carregavam garrafões de cinco litros cheios de sangria, sacos de carvão e mais uns quantos produtos, sem esquecer a bola de futebol. Estavam prontos para fazer um piquenique na zona de Mortágua. A manhã não estava muito acolhedora, o céu cinzento preocupava alguns deles que esperavam ansiosamente por um dia de sol. Um deles, pareceu-me ser o único que conhecia o local para onde iam, dizia que ia abrir ao que os outros respondiam "Sim, a porta vai abrir porque o sol nem se vê" :) E não é que o sol abriu exactamente em Mortágua?!
A minha chegada a Nelas foi super acolhedora, a Maria telefonou a dizer que estava um bocadinho atrasada mas à minha espera estavam quatro lindos amigos. Não são fantásticos?


A Maria chegou e lá fomos até casa para trocar de sapatos, de collants e seguimos para a Igreja. Viseu é das cidades mais limpas que conheci, os jardins e as rotundas são muito bem cuidados e não vi ponta de lixo no chão. Ainda andamos um bocadinho a pé até à Igreja e descobrimos que nenhuma das duas sabe andar de tacão alto. A modos que parece que eu ando a calcar sapos :) Um cromo no meio da rua - também há cromos em Viseu - perguntou qual de nós as duas era a noiva. Estávamos nervosas, era a nossa amiga que ia casar, não conhecíamos ninguém, caímos ali meio de pára-quedas. A igreja estava cheia de gente e, lá dentro, um casal de noivos. Chegamos demasiado cedo e ainda fizemos figura de ursas a dizer que "aquele miúdo de certeza que é o irmão do noivo, olha lá como é parecido!", "realmente a cor dos olhos é igualzinha!". Enfim, juntaram-se duas míopes à porta da igreja e só depois nos apercebemos que aquele era outro casamento :)
Meia hora de atraso e a noiva finalmente chega. Fiquei na última fila de bancos da igreja, o mais longe possível de Cristo pendurado na cruz, qualquer coisa que acontecesse eu podia ser a primeira a sair e, estrategicamente, fui a primeira a cumprimentar a noiva e a dizer-lhe o quanto ela estava linda mal ela entrou!

A cerimónia foi diferente do habitual, os noivos trocaram votos, os irmãos do noivo fizeram declarações de amizade eterna, a noiva agradeceu aos familiares e amigos. Ambos estavam felizes, finalmente casados e, em sinal de admiração e satisfação, a noiva dizia: "Sou uma mulher casada!" :)
Rumamos à boda depois do casal calcar as capas pretas - a minha não estava lá que eu não usei daquilo - e apanharem com o arroz na tromba.

Chegamos à Quinta - não graças ao GPS da Mary que se perdeu pelo caminho e nem dizia chiu nem miu - um lugar muito bonito e agradável. Havia cisnes e patos junto aos jardins, tirei algumas fotos como é óbvio.
As entradas foram servidas ao ar livre acompanhadas de violino. Estava um bocadinho de vento e, as moçoilas mais desprevenidas viram os seus vestidos esvoaçarem, deixando mostrar a cuequinha fio dental e um pouco de embaraço he he Enquanto isso os noivos tiravam fotos e, mais tarde, a noiva chegou ao pé de nós queixando-se que o fotógrafo a tinha feito subir a uma árvore e ela tinha caído. Levantou o vestido para provar como tinha sido verdade, e lá estava a meia toda rota e o joelho vermelho. Imediatamente lhe disse que aquilo era prova que ela tinha queda para o casamento :)
À hora do jantar foram servidos pratos fantásticos, das melhores refeições que já comi. Muito, muito bom! Só não apreciei a bola de gelado azul - ninguém conseguiu decifrar o sabor - que vinha no topo do bolo dos noivos, mas comi tudinho.

Guache de legumes

Bacalhau em crôute de broa com puré de castanhas e grelos salteados com pinhões

Sorbet de limão

Lombo recheado com ameixas com arroz de cogumelos da Ínsua e molhinho de legumes

Bolo dos noivos

Tal como o noivo explicou, o bolo foi decorado com todas as flores que ele ofereceu à noiva ao longo de 7 anos de namoro. Ela fez questão de as secar, guardar e decorar o bolo com elas. Na brincadeira disse que não queria daquele lado do bolo :) Depois houve mesa de doces, queijos, chás e fruta. Eu fui para a fruta e para o queijo.
Para quem ficou curioso se eu apanhei o buquê de flores da noiva, ele passou-me ao lado. Muito em parte porque a noiva decidiu lançá-lo quando eu tinha visto os camarões e as conquilhas quentinhas à minha espera e peguei logo num pratinho. Ela veio ter comigo e eu desatei a correr com o prato de camarão na mão. Ela lá me convenceu e eu lá fui com a Maria para o meio da gajada solteira. Eis que de repente, não mais que de repente, sai-me o músculo do pé esquerdo. Ora, o ramo foi lançado e eu estava amarrada ao meu rico pé a ver se a coisa ia ao sítio. Só eu!

Abriu-se a pista de dança, passo para cá, passo para lá, hora de ir embora mas a noiva não nos largou e a Mary decidiu que não saía dali sem assinar o livro dos noivos. Uma hora depois chega o livro até nós, não sem antes termos ido dançar com a noiva e ela ter começado a chorar. Se ela chora, eu também choro e montou-se ali um berreiro descomunal :) Ainda de lágrimas nos olhos, a Mary decidiu que eu é que tinha de escrever no livro porque tinha uma letra bonita. Se eu não soubesse que ela não tocou em álcool, estava capaz de jurar que ela estava bêbeda he he
Finalmente, às 5 da matina conseguimos arredar pé da Quinta, desejamos felicidades aos noivos, marcamos encontro para daqui a uns meses e no Domingo rumei ao Norte.

Aproveito para dizer que em Julho vou passar um fim de semana a Lisboa. Gostava de me reencontrar com algumas pessoas, conhecer novas, especialmente as que me ajudaram com o Matias. Caso alguém esteja interessado, por favor contacte-me por e-mail. Continuação de boa semana!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Pizza de alcachofra e paio

Inspirada pelos dias de pizza desenvolvidos pela Laranjinha e pelo livro "Pizza" do Lanzafame, pus a MFP a trabalhar e comecei a pensar nos ingredientes que queria colocar no recheio. À partida sabia que ia usar a lata de fundos de alcachofra que já tinha comprado há algum tempo e esperava ansiosamente provar, depois foi abrir o frigorífico e tirar os acompanhantes da alcachofra. Até os olhos da minha mãe sorriram quando lhe disse que ia fazer pizza :) Lambuzou-se toda, mesmo depois do tabuleiro da pizza ter escorregado das minhas mãos e caído sobre a porta do forno. Felizmente não virou e foi só ter um bocado de jeito para colocar a pizza no tabuleiro novamente. Sim... a cozinha continua a ser um campo de batalha onde muitas desgraças acontecem :)

Ingredientes:
Massa básica do Lanzafame - receita aqui
1 lata de fundos de alcachofra
cogumelos laminados
tomate maduro
rodelas de paio
queijo
folhas de manjericão

Preparação:
Depois de retirar a massa da MFP, estique-a para que fique fina, barre-a com azeite e leve-a ao forno moderado para que doure levemente. Retire, polvilhe com queijo ralado da sua preferência, parta as fatias de tomate (sem as sementes) e espalhe na base da massa, seguindo-se dos cogumelos, alcachofras partidas a meio, paio e mais queijo. Leve ao forno alto até gratinar. Retire e sirva com folhas de manjericão por cima.

Fiquei surpreendida com as alcachofras, mesmo enlatadas achei-as muito saborosas, imagino que sejam deliciosas se forem frescas. A massa ficou muito estaladiça, gostei bastante da combinação de ingredientes e do resultado visual.
Por ter gostado tanto, guardei uma fatia para comer ao jantar e, pela segunda vez, caiu-me ao chão e com o recheio virado para baixo! Há dias assim :) Pão de pobre cai sempre com a manteiga virada para baixo, né? Mas é só bufar para remover algum pelinho indesejável e comer com satisfação. Foi exactamente o que eu fiz. Nos tempos que correm não se pode desperdiçar nada... muito menos fundos de alcachofra ;)

Bom fim de semana a todos! Eu vou ao casamento de uma amiga em Viseu por isso vou estar ausente até Domingo.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Nuvem de amoras

Amoras nem vê-las mas a nuvem está lá... em forma de pudim!

E tal como disse Baudelaire:

"Amo as nuvens... as nuvens que passam... as maravilhosas nuvens!"

Garanto que este tipo de nuvem passa demasiado depressa, num piscar de olhos o prato fica limpinho :) Fiz duas vezes, com um dia de intervalo, e ainda não enjoei. Acho que qualquer sabor de gelatina fica bom, é ao gosto de cada um. Estou tentada a experimentar novos sabores.
Esta receita foi baseada numa sugestão que acompanhava a embalagem de gelatina Royal. Sugerem que se juntem amoras à mistura mas eu não tinha as frutinhas. Foi mesmo simples e, nem por isso, deixou de ficar bom.


Ingredientes:
1 carteira de gelatina de Frutos Silvestres
2 colheres (sopa) de farinha maizena
1/2 litro de leite
5 ovos
5 colheres (sopa) de açúcar

Preparação:
Dissolva a farinha maizena num pouco de leite frio e misture no restante. Bata as gemas com o açúcar e acrescente à mistura de leite. Leve a engrossar em lume brando, mexendo sempre, sem deixar ferver. Retire do lume e dissolva neste preparado a carteira de gelatina. Deixe arrefecer. Misture depois as claras batidas em castelo, envolvendo suavemente. Deite o preparado numa forma passada previamente por água e leve ao frigorífico. Desenforme e decore a gosto.

Nuvens destas podiam cair do céu todos os dias :) Boa semana a todos!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Sobremesa de chocolate

Estes dias têm sido um completo stress e só me tem apetecido chocolate. Ando completamente alucinada por chocolate, sinto-me verdadeiramente gaja quando só vejo chocolate à frente :)
Como tinha um pacote de natas para usar, nem pensei duas vezes e fiz esta receita do Manjar de Ideias Doces que já tinha guardada para experimentar há muito tempo. Além disso a cuajada estava mesmo em fim de prazo - para ser sincera já tinha passado da data limite, mas isto aqui não é nenhum filme do James Bond em que as coisas entram em autodestruição - e vi aqui uma excelente oportunidade de usar tudo!
Para quem não aprecia o sabor da cuajada, garanto que não se sente o sabor, palavra de Ameixa :)
Com esta receita dou os parabéns aos 3 anos do blog Receitinhas da Belinha Gulosa e participo no desafio do Eu Mulher, dedicado ao chocolate e ao creme de leite.

Ingredientes:
70 g de chocolate preto
15 g de cacau em pó
1/2 litro de natas
150 g de açúcar (diminuí para 100)
300 ml de leite
2 pacotes de cuajada (pode ser substituída por 5 folhas de gelatina neutra)
Preparação:
Levar os ingredientes todos ao lume, mexendo sempre com colher de pau até levantar fervura. Retire e deite em frascos, deixe arrefecer e ponha no frigorífico.

Preferi chamar-lhe sobremesa do que iogurte, uma vez que não leva iogurte e não vai à iogurteira. Mas o nome não me parece muito importante, o sabor garanto que cura quase todos os males :)

Ahhh, eu descobri a função "Comida" na máquina fotográfica mas saiu tudo em tom azul - acho que deve ter sido de a ter ido buscar ao Porto :) Biba!-, tentei remediar a coisa mas, mesmo assim, não ficou muito bom. Acho que a partir de agora sou capaz de lhe apanhar o jeito... digo eu com muita, mas muita confiança ;)

Já que estamos numa de aniversários, ontem fez dois anos que o Matias veio cá para casa. Mais uma vez, quero agradecer a todos quantos me ajudaram na batalha destes últimos meses. É graças a muitos de vós que ele continua connosco e eu espero que ele nos faça companhia por muitos anos :)

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Flan de courgettes

A máquina é nova mas não parece, eu ainda não lhe apanhei o jeito. Sei que tem uma função especial para comida mas só soube disso depois de fazer este flan :) Daí que a coisa não tenha ficado muito bem apanhada, mas foi amplamente saboreada!
Sou a verdadeira fã de courgettes, tanto que até semeei algumas nuns canteiros mas parece-me que não vou ter grande sorte. Enfim, já é algo a que estou habituada!

Esta receita encontrei-a no Cinco Quartos de Laranja, blog da Laranjinha que foi uma das minhas companheiras na viagem ao Sul. Em jeito de homenagem a todas quantas me aturaram naqueles fabulosos 4 dias, decidi fazer uma (ou mais) receita de cada uma delas que vou publicar ao sabor da maré. Não é nada que eu não fizesse antes porque já experimentei receitas de quase todas elas, mas apeteceu-me este pequeno desafio :) Começo muito bem com o Cinco Quartos de Laranja, vamos lá ver onde isto vai parar!


Ingredientes:
2 courgettes
60 g de margarina
5 ovos
sal
pimenta de moínho
1 dl de natas
100 g de queijo ralado em fios

Preparação:
Ligar o forno a 180ºC.
Lavar e ralar as courgettes.
Derreter a margarina numa frigideira anti-aderente, juntar as courgettes e deixar refogar até estarem macias.
Partir os ovos para uma tigela, temperá-los com sal e pimenta acabada de moer.
Bater com uma vara de arames até os ovos estarem desfeitos.
Juntar as natas e o queijo aos ovos. Misturar muito bem.
Deitar este preparado sobre as courgettes (ou envolver nas courgettes) e levar ao forno numa forma untada com margarina, cerca de 20 minutos.

Notas:
Envolvi as courgettes na mistura e adorei o resultado. O melhor de tudo é sentir-se o queijo a cada garfada. Aqui em casa foi servido com carne assada que tinha sobrado do almoço, mas tal como a Laranjinha sugere, uma salada verde acompanha muito bem este flan!

Continuação de bom feriado!

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Queques de pêra e gengibre

Se ele pudesse, bem que lhes enfiava as unhas! Parecia estar mesmo a pensar: "Será que sabem tão bem quanto cheiram?", e eu até lhe respondia que cheiram bem e sabem ainda melhor, mas há coisas que só provando :) Estes dão-nos até vontade de ir snifando o aroma enquanto estão no forno. São do livro "Na cozinha com Nigella".
Ela diz que podemos misturar todos os ingredientes secos numa taça, os húmidos num frasco, cobrir ambos com película aderente e deixar os primeiros num local fresco e os últimos no frigorífico. Depois, só temos que descascar e cortar a pêra e misturar tudo grosseiramente na manhã seguinte. O único problema que eu tenho é ter que esperar que os queques saiam do forno na manhã seguinte, porque acordo com a barriga a dar horas. Cheirar os queques no forno com a barriga vazia é pura tortura :)

Ingredientes:

250 g de farinha (uso 2/3 de farinha de trigo para bolos e 1/3 de farinha integral)
2 colheres (sopa) de fermento
150 g de açúcar refinado
75 gramas de açúcar amarelo-claro, mas 1/2 colher (chá) para polvilhar por queque
1 colher (chá) de gengibre moído
1 pacote (142 ml) de natas azedas
125 ml de óleo vegetal
1 colher (sopa) de mel
2 ovos
1 pêra grande (ou outra fruta para lhe dar 300 g de peso), descascada, sem caroço e cortada em cubos de 5 mm


Preparação:

1. Pré-aqueça o forno a 200ºC/gás 6 e forre um tabuleiro de queques com 12 forminhas de papel.
2. Ponha numa taça a farinha, o fermento, o açúcar refinado, as 75 g de açúcar amarelo e o gengibre moído.
3. Numa taça grande bata as natas azedas, o óleo, o mel e os ovos e acrescente os ingredientes secos.
4. Finalmente, misture a pêra em cubos e divida a massa de modo uniforme pelas formas de queque.
5. Polvilhe cada um com 1/2 colher (chá) de açúcar amarelo e coza durante 20 minutos. Retire para uma rede para arrefecer. São melhores comidos ainda mornos.


Notas:
Usei 200 gramas de açúcar na totalidade mas achei demasiado. Pode ser diminuído ainda mais. Obtive 22 queques no total e usei formas de silicone.
Para as natas azedas, juntei às natas comuns umas gotas de limão e deixei repousar por 10-15 minutos.
Ao contrário do que a receita sugere, gosto mais dos queques frios, mas não há maneira de resistir e dá-se logo umas trincas à saída do forno :)

Boa semana a todos!


sexta-feira, 4 de junho de 2010

Nhoque gratinado com bacon e ervilhas


Para ser perfeito teria que ser feito pelo Guerra e fotografado pela Paz :)
Infelizmente estão lá do outro lado do oceano e eu é que manejei o tacho e a câmara fotográfica. Como é óbvio, não ficou tão lindo como no livro "Cuecas na Cozinha", mas que ficou bom... ficou! E eu recomendo muito :) Fiz algumas alterações porque não tinha alho francês - tinha mas estava congelado - e usei cogumelos e bacon. Acho que é uma receita que dá para fazer algumas adaptações, porque ao invés de ervilhas já fiz com milho e ficou excelente. Fiz apenas meia receita mas dou a receita na íntegra.
Mais uma vez, obrigada pelo maravilhoso livro e pelas receitas deliciosas!

Ingredientes:

Nhoque pré-cozido (1kg)
Ervilha congelada (300 g)
Presunto sem gordura (1 fatia grossa-espessura de um dedo) - usei bacon
Azeite (100 ml)
Alho poró (1/2 unidade pequena) - substituí por cogumelos
Leite integral (500 ml)
Farinha de aveia (3 colheres de sopa cheias) - usei flocos de aveia que moí na 1,2,3
Parmesão ralado (300 g) - usei limiano mas não recomendo
Sal
Pimenta moída
Noz-moscada

Faça antes:

Pique a fatia de presunto em tiras de 1 cm e depois em cubos de 1 cm. Não é preciso medir com a régua, ok? Reserve. Descongele as ervilhas retirando-as do congelador meia hora antes. Numa tábua de cortar, pique metade do alho-francês - primeiro em rodelas e depois pique bem.

Na hora:
Numa panela em lume brando, coloque 100 ml de azeite. Deixe aquecer, acrescente o alho-francês e refogue por um minuto. Despeje os cubos de presunto, misture tudo e frite mais dois minutos, até ficar ligeiramente dourado. Coloque os nhoques, as ervilhas, sal e pimenta moída a gosto. Misture tudo e deixe mais dois minutos no lume. Mexa sempre com cuidado, o objectivo é aquecer tudo sem desmanchar nada.

Molho:
Numa panela coloque o leite, farinha de aveia e metade do parmesão ralado. Leve a lume brando, por 5 minutos, mexendo sempre. Desligue e acrescente noz-moscada moída a gosto.

Montagem: nhoque + molho + parmesão restante. Levar ao forno a gratinar e comer com muito gosto :)

Comprei o nhoque no Lidl e gostei muito porque não se desfizeram. Segundo o Alessander nunca se deve comprar nhoque congelado. Eu usei um embalado que encontro sempre por lá! Ervilhas de lata também são para esquecer, usem frescas ou congeladas.
Uma receita a repetir muitas e muitas vezes!

Bom fim de semana e desculpem a falta de comentários mas o meu computador avariou de vez.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Bolo marroquino de amêndoa e laranja


Nunca me vi tão próxima de Marrocos como na altura em que estive no Algarve :) Mas o único camelo que vi foi aquele que se atravessou no nosso caminho quando estavamos na estrada a tentar chegar a tempo de apanhar o comboio. Até estou arrependida de não ter tirado a matrícula do "bicho"!

Este bolo foi feito antes da minha viagem ao Sul mas, agora que o resgatei, lembrei-me que combina bem com aquela linda zona do nosso país e até leva amêndoa e sêmola de milho, ingredientes que trouxe no meu cabaz!

A calda é qualquer coisa de extraordinária e pode ser usada em qualquer bolo feito com laranja. O aroma é irresistível e a consistência do bolo é bastante diferente do habitual. A cor também é qualquer coisa, não acham?

Receita retirada do livrinho da Parragon "Cozinha Mediterrânica".

Ingredientes:
1 laranja
115 g de manteiga, branda, mais um pouco para untar
115 g de açúcar amarelo extrafino
2 ovos, batidos
175 g de sêmola de milho
100 g de amêndoa moída
1 1/2 colher (chá) de fermento em pó
açúcar de pasteleiro, para polvilhar
iogurte natural coado, para acompanhar

Calda (fiz apenas meia receita e acho suficiente):
300 ml de sumo de laranja
130 g de açúcar em pó
8 vagens de cardamomo, esmagadas

Preparação:
1. Rale a casca da laranja, reservando uma parte para decorar, e esprema o sumo da metade da laranja. Bata a manteiga, a casca de laranja e o açúcar extrafino, até a mistura ficar leve e aveludada. Aos poucos acrescente os ovos.

2. Noutra taça, junte a sêmola, a amêndoa moída, o açúcar, e envolva-os com a mistura do sumo de laranja. Numa forma de 20 cm untada e pouco alta (usei uma de 18 cm e usei papel vegetal, não untei), deite, mexendo, a massa crua e leve ao forno, previamente aquecido a 180º C, durante 30-40 minutos ou até a massa crescer e ao espetar o palito no centro ele saia limpo. Deixe arrefecer na forma durante 10 minutos.

3. Para a calda, junte o sumo de laranja, o açúcar e o cardamomo num tacho em lume brando e mexa até o açúcar se dissolver. Coza até ficar cremoso.

4. Deite o bolo numa travessa funda. Com a ajuda de um palito, faça buracos por toda a superfície do bolo quente. Passe a calda pela peneira para uma taça separada, deite 3/4 sobre o bolo e deixe repousar durante 30 minutos. Polvilhe com açúcar em pó e corte às fatias. Sirva com o resto da calda, borrifando a toda a volta, acompanhando com iogurte e decorado com as cascas de laranja reservadas.


Não acompanhei com iogurte coado e nem reservei as cascas de laranja. A manteiga que usei é a normal, nem sei bem que raio é manteiga branda. Deitei a calda toda por cima do bolo, não reservei para acompanhar. Enfim, estava num dia do contra, só pode :)

Se eu começar a ficar muito ausente é porque o meu computador deu o berro de vez, ok? É o meu fado!