quinta-feira, 31 de julho de 2008

Esparguete integral com molho de cogumelos e feta




Eu sou uma grande fã de massas e sou adepta de tudo que é integral. Sou apaixonada por queijos e tento integrá-los nas minhas refeições. Às vezes basta-me uma fatia por cima do arroz para me deixar satisfeita.

Num dia de pouca disposição para comidas mais elaboradas, fui à procura de molhos para esparguete. Encontrei várias receitas na revista Mulher Moderna na Cozinha nº90 e achei que a de atum era boa ideia, depois achei que o atum era sempre o mesmo desenrasque. O meu mau feitio levou-me aos cogumelos. É nestas alturas que gosto muito do meu mau feitio :) E saiu esparguete com molho de cogumelos.

Como infelizmente a minha salsa que foi semeada em Fevereiro e ainda está raquítica, lá tive eu que ir pedir um pézinho a uma das vizinhas. Tenho a sorte de viver na aldeia e as senhoras mais velhas terem sempre salsa nos canteiros.

Só posso dizer que este molho vai passar a estar presente na minha mesa, porque fica muito bom. Para quem gosta de cogumelos, faz uma refeição deliciosa.


Ingredientes:

0,5 dl de azeite

250g de cogumelos

1/2 cebola

2 dentes de alho

1 ramo de salsa

1 dl de vinho branco

sal e pimenta q.b


1. Aqueça o azeite, junte os cogumelos, a cebola e os alhos picados e deixe apurar.

2. Adicione a salsa picada e refresque com o vinho. Tempere com sal e pimenta e envolva bem.
Levei a esparguete a cozer e, no final, espalhei o molho por cima e uns quadrados de queijo feta. Não dizia na receita mas eu ponho sempre queijo por cima. Isto é ao gosto de cada um ;)

Agora apresento-vos as minhas recentes aquisições. A pedido da Anette, fiz uma sessão fotográfica com as coisitas que disse que adquiri no post abaixo e com outras que entretanto comprei esta semana :)


Almofariz, faca de cortar o pão, picadora, raspador de citrinos, saco de pasteleiro, boquilhas.


A do lado esquerdo foi a que fez o efeito no post abaixo, a do direito comprei ontem e ainda não sei o que vai sair dali :)

terça-feira, 29 de julho de 2008

Bolo mousse de chocolate



Depois de ter uma experiência fascinante com um saco de pasteleiro que rebentou pelas costuras à primeira utilização, resolvi enfrentar o movimento, os gritos, os cheiros imundos e pus o pé na feira. Concordo que há coisas que só se encontram lá e que, por sinal, são boas e muito mais baratas.

Ora, comprei uma faca de pão, um almofariz em madeira e um saco de pasteleiro em nylon cujas boquilhas podem ser substituídas conforme o efeito que pretendemos. A primeira boquilha fez este efeito maravilhoso e trouxe-a sem imaginar o que saíria dali. Até que não ficou mal.

Serviu para eu fazer um bolo que há muito tinha visto neste blog que eu adoro visitar. Se pretendem alguma receita com chocolate é lá que devem ir pesquisar :)

Fiz algumas alterações no meu, mas os ingredientes são os mesmos. São só dois... não dava para alterar muito coisa ;)

Este bolo foi oferecido como presente de aniversário a um tio meu. Fui convidada para o churrasco e não queria levar mais uma garrafa de alcóol ao homem. Optei por um bolo e em boa hora o fiz. Depois da refeição esperei com ansiedade as sobremesas. O meu bolo eu já sabia que estava no frigorífico mas, era uma festa, tem sempre muitas sobremesas certo?

Errado. Tristemente errado. Que desilusão! Um melão em cima de mesa que nem chegou até mim, uma travessa com aletria, uma com leite creme e uma com arroz doce. HELOOOOO?????

Onde está o resto? Qualquer coisa com frutas ou chocolates? Aletria só me sabe bem no Natal, por muito boa cara que tivesse (e tinha) estavamos num churrasco. Era apropriado? Eu nem sei, se calhar é e, eu é que tenho a mania de ser exigente :)

O leite creme ainda estava morno, numa noite quentíssima de Verão não fazia pandan...

O arroz doce era aguado e foi a diversão da noite. Quem provava, apartava. Só uma senhora o comia ferozmente, como se não houvesse amanhã. Creio que seria a cozinheira de tal "delícia".

Sorrateiramente, disseram-me ao ouvido para ir buscar o bolo mousse e, não fosse ele, ninguém teria comido sobremesa. Valha-nos o bolo e os pudins de laranja que a minha mãe fez.

Segue a receita:

6 ovos

1 tablete de chocolate (70%cacau)

1 pacote de mousse de chocolate (ideia minha)

Como este bolo fica minorca, optei por comprar uma mousse de pacote. Assim, foi só separar as gemas das claras. Levar o chocolate a derreter em banho maria ou no micro-ondas. Juntá-lo ás gemas e adicionar as claras batidas em castelo. Na receita original pede para dividir a massa em duas partes. Sendo que, uma parte, vai ao forno e a outra vai ao frigorífico para solidificar. Como era uma festa, optei por levar ao forno a massa toda (não foi muito, ficou baixinho na mesma) e fazer a mousse de pacote.

Coloquei a massa numa forma untada e polvilhada de chocolate em pó (ou achocolatado) e levei ao forno por 20 minutos a 175ºc.

Depois de cozida, desenformar e deixar arrefecer. Para finalizar, dei uso ao saco de pasteleiro e com a mousse decorei o bolo. Levei ao frigorífico até ao momento de servir.


domingo, 27 de julho de 2008

Bifes de perú em molho aveludado



Aqui em casa comemos muito perú. Tadinho do bicho que é discriminado por ser carne branca e fazer menos mal à saúde.

Como cansa fazer sempre da mesma maneira, resolvi consultar um dos livrinhos que o meu pai me ofereceu há alguns anos.

A receita pedia peitos de frango, mas resolvi-me por uns bifinhos de perú que estavam a olhar para mim fresquinhos. Mas na introdução da receita há uma breve explicação acerca da galinha ou frango que eu achei muito curiosa e que desconhecia. Fica aqui o texto:

"Em 1921-1922, uma expedição de arqueólogos encontrou, junto ao rio Ravi, na provínce paquistanesa do Penjabe, os restos de uma aldeia, invulgarmente desenvolvida, que deve ter tido a sua época áurea nos séculos IV-II a.C. Foram encontrados restos de balneários públicos e privados, um sistema de canalização perfeito e armazéns de cereais, entre os quais se contavam trigo, cevada e ervilha. Com a continuação dos estudos sobre essa civilização, concluiu-se que os seus habitantes possuíam elevados conhecimentos gastronómicos. Com efeito, foram os habitantes de Harappa, assim se chamava a aldeia, que domesticaram a primeira ave da floresta, a galinha-brava, agora criada em todo o Mundo."

in Cozinha Leve, 1993

Eu já estou a imaginar as galinhas a irem a banhos nos balneários públicos, acho que nos privados as galinhas seriam outras... Estas coisas interessam-me e eu transporto-me para essas épocas e fico a imaginar como é que os habitantes da aldeia domesticaram as galinhas e como as comiam. Teriam molhos aveludados ou espetavam-na na panela e já estava?

Para ser sincera gostei muito do nome requintado do molho aveludado. Parecia-me algo que devia ser experimentado em nome da civilização longínqua.

Ingredientes:

1 colher de chá de manteiga

3 bifes de perú (depende das pessoas)

2 colheres de sopa de vinho branco seco

1/8 de litro de caldo de carne (nem imaginam o filme para saber quanto era 1/8 de litro. A minha àrea não são os números nem as medidas. Eu e a minha mãe chegamos a acordo e usamos 4dl de caldo. Usei um quadrado de caldo em 4dl de àgua. Continuo a achar que os caldos deixam a comida demasiado salgada. Não estou habituado e vou começar a ignorar este pormenor)

1 colher de chá de farinha

sal,pimenta, noz moscada q.b

2 colheres de sopa de natas

Preparação:

Temperei o perú com sal e pimenta, pu-lo numa frigideira onde a manteiga já estava derretida, juntei o vinho e o caldo de carne e deixei cozer em lume brando tapado por 15 minutos.

Retirei o perú e mantive-o quente. Polvilhei a farinha e juntei ao caldo de cozer, deixei ferver. Rectifica-se o tempero de sal e pimenta e junta-se as natas. Deixa-se engrossar e rega-se o perú com o molho. Salpiquei com noz moscada moída na hora.

Acompanhei com macedónia de legumes, mas com arroz ou puré de batata também fica delicioso.

sábado, 26 de julho de 2008

As 10+


Depois de ter levado com uma trovoada em cima da noite para o dia (não me chamusquei, não), eis que me vi sem net e sem telefone. A minha cama abanou de tal maneira com o trovão às 6 da matina, que julguei que era um tremor de terra. Ou isso, ou o sapo que tenho no quarto decidiu finalmente transformar-se em príncipe e dar o ar da sua graça... mas não, era apenas um trovão :( Eh eh
Agora, sem qualquer intervenção técnica, resolveu funcionar tudo direitinho outra vez e cá estou a colocar as minhas bloguices em dia.

Mal cheguei li que tinha à minha espera um desafio.

A Akemi, a Edinha e a Nana, passaram-me a "missão" de escolher as 10 melhores receitas deste blog. Começei a pensar se teria 10 receitas assim tão dignas de figurar nesta listagem e lá me decidi por estas.
Há alguns posts atrás a querida Akemi falou em receptividade zero. Creio que todos nós já sentimos isso, a falta de modéstia que alguns blogs apresentam. Entramos com todo o carinho e educação e recebemos zero. Faz-me lembrar as centenas de curriculos que já enviei e dos quais nunca recebi resposta, nem um "Obrigada".

Ao longo desta minha caminhada pela net, descobri que aqueles de quem não esperamos resposta e que nos parecem super ocupados, são os que nos saúdam primeiro, recebem-nos de braços abertos, visitam-nos e ainda têm tempo para deixar comentário.
A Akemi, a Edinha e a Nana são pessoas que eu sei que são ocupadas, que são excelentes cozinheiras e que, ainda por cima, receberam-me de braços abertos nas "cozinhas" delas. Não há nada que pague a disponibilidade das pessoas.

Eu sei que estou aqui a escrever, blá blá, e que ainda não visitei muitas blogueiras que me visitam a mim. Mas creio que nunca deixei de responder a ninguém e, se o fiz, foi por esquecimento.

Não se esqueçam que comportamento gera comportamento e a vontade de voltar é menor quando nem um "Olá" nos dão.

Com muita pena minha visito muitos blogs que raramente "falam para mim"... Sentirmo-nos invisíveis é das piores sensações que podemos experimentar.

Peço desculpa a quem ainda não visitei e fica a promessa de o fazer em breve. Se me falhar alguém peço que me avisem.
À Akemi, à Edinha e à Nana resta-me agradecer a disponibilidade que têm ao visitar o meu singelo blog, o terem passado para mim este desafio e ao facto de me fazerem sentir que sou bem vinda, tanto no pecado da gula como no prazer dos sabores ou na manga com pimenta :)


As regras deste desafio são:
- publicar 10 fotos das comidas favoritas

- colocar o nome e link do blog da pessoa que nos indicou para o meme

- passar a oportunidade para outras 5 pessoas e deixar a mensagem, comentando nos blogs de cada uma.

Vaca atolada


Cocktail de frutas

Torta de cerejas

Clafoutis de maçã


Churrasco com legumes grelhados

Ameixas secas com feta e sementes de papoila

Bolo de maçã

Bolo de cenoura

Rojões à moda do Minho


Courgettes em base

Passo este desafio a:

Vivian- Aos 3o

Saltapocinhas- Bruxinha do lar

Amélia- Doces Temperos

Renato- Pão, Bolos e Cia

Talula- Pra ver e comer

Abraços e bom fim de semana

terça-feira, 22 de julho de 2008

Ameixas secas com feta e sementes de papoila


Eu queria muito participar no novo concurso do portal "Para Cozinhar". Já não tinha participado do primeiro e prometi a mim mesma que ira esforçar-me para participar no seguinte.Isto foi mesmo à última da hora, mas consegui. A minha máquina continua a fazer das dela e não consigo tirar fotos aproximadas porque fica tudo desfocado. Depois de algumas dezenas (sim, dezenas) consegui esta foto para tentar demostrar a delícia da receita :)

Como o tema é "Queijo" e eu adoro queijo, tratei de procurar fazer alguma coisa bonita e com óptimo paladar. E quando andava numa pesquisa de receitas encontrei uma que me chamou logo a atenção. Não só tinha queijo, como também a particularidade de ter o meu cognome ;)
Era simplesmente perfeito. Adaptei aos meus gostos e saiu o que se vê. Espero que gostem da minha singela participação e boa sorte a todos os participantes. Quem levar a tábua que faço bom uso dela :)



Ingredientes (adaptados à quantidade de pessoas)

Ameixas secas
Queijo feta
Oregãos
Pimenta preta
Sementes de papoila
Nougat

Recheei as ameixas com um cubo de queijo feta e espalhei oregãos, pimenta preta e sementes de papoila por cima. Enfeitei com pedacinhos de nougat. Uma entrada deliciosa :)

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Tarte de maçã

Gostava de vos poder contar uma boa história acerca desta tarte. Mas a que tenho não é nada de especial. Quando o meu pai viu, perguntou quem tinha trazido a tarte da pastelaria :) Ele ainda não percebeu que mora na padaria Ameixinha que também é pastelaria eh eh
Não consegui tirar uma foto, em condições de uma fatia para verem o interior. A minha máquina às vezes insiste em desfocar tudo e eu, antes que me passe a sério, encosto-a para canto, como se faz às crianças quando se portam mal: "Agora ficas aí a pensar na asneira que fizeste! Quando tiveres entendido podes sair do castigo" ;)
Quando a minha máquina saiu do castigo já não havia tarte para mais ninguém. É bem feita, para aprender a portar-se bem quando eu preciso dela!
E já está! Segue a receita a seguir... se gostarem tanto de doces com maçã como eu, experimentem :)


Ingredientes massa:

250g de farinha
1 c. (sopa) de vinagre
1 c. (sopa) óleo
uma pitada de sal
10 c. (sopa) de água
manteiga e farinha q.b.

Eu usei uma base de massa folhada de compra

Ingredientes do recheio:

120 g de açúcar
2 ovos
100 g de farinha
2 dl de natas
1 clara (não usei mas fica mais levezinho)
5 maçãs (só usei uma reineta)
1 limão (sumo)


Preparação:

Para a massa misture a farinha, o vinagre, o óleo e o sal. Amasse e junte a água. Tape-a com um pano e deixe repousar por 20 minutos. Estique a massa e coloque-a numa tarteira previamente untada de manteiga e polvilhada de farinha. Ligue o forno a 180ºC. Comece a preparar o recheio, misturando 100 g de açúcar com os ovos, a farinha e as natas.

Bata a clara em castelo com o restante açúcar e envolva no preparado anterior. Verta a massa na tarteira. Descasque as maças, retire os caroços e corte em lâminas. Regue com o sumo de limão. Disponha-as na tarte e leve ao forno a cozer por 40 minutos. Retire e desenforne quando estiver morno. Eu polvilhei com canela e açúcar mascavado.


Receita retirada da revista "Mulher Moderna na Cozinha, nº 104

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Churrasco com legumes grelhados

Não sei o que me passou pela cabeça, se calhar sou masoquista, mas decidi fazer um churrasco com este calor. Aqui, no meu Norte, tem estado à volta dos 35ºC.

No talho, fui aliciada a trazer para casa uns "artigos" que me deram esta ideia. E digo-vos uma coisa: se eu for parar ao Inferno e se lá estiver tanto calor como este que tem estado aqui... estou feita ao bife. Vai ser uma eternidade longa e penosa ;)

Os donos do talho onde vou são espectaculares e são eles que nos servem. O melhor de tudo é que, sempre que lá vamos, eles dão-nos uma bela sessão de anedotas (na maioria das vezes picantes) e boa disposição. É um fartote de risos. Ali ninguém está triste. A minha mãe já é cliente há mais de 20 anos e, quando o dono morreu, o empregado assumiu e prosseguiu o negócio. A carne é fresca e de muito boa qualidade. Os preços não são dos mais baixos e muitos queixam-se disso. Mas ninguém é capaz de dizer que a carne não é boa. Conserva-se no frigorifico por alguns dias sem cheirar mal ou perder o sabor. Ali pagamos a qualidade e isso é imprescindível. Daí que eu não compre carne em mais nenhum lugar. Dali vem o perú do Natal e o borrego ou cabrito da Páscoa. Pagamos e não bufamos :) As compras são semanais e, depois de lá ir esta semana, a dona fez a conta e disse: "Só isto? Vocês esta semana estão a pensar passar fome?" Acabei por trazer umas salsichas de frango e dois chouriços crioulos. Pensei imediatamente num churrasco, claro! E eu lembrei-me de ter visto um acompanhamento óptimo no site da Vaqueiro e arregacei as mangas (passo a expressão porque, com o calor, manga só no prato e fatiada fresquinha).


Ingredientes:


10 salsichas de frango (embaladas)

2 chouriços crioulos (embalados)

2 pimentos verdes

1 courgette grande

Feijão verde q.b.

Batatas q.b.


Para o molho:


Cebola q.b.

Alho q.b.

Pimenta q.b.

Sal q.b.


Preparação:

Comecei por descascar as batatas, lavar os pimentos e partir o feijão verde. Pus o feijão a cozer com sal e, passado uns minutos, juntei as batatas partidas a meio. Levei os pimentos a assar no grelhador (eléctrico, para minimizar o calor) e parti as courgettes em rodelas grossas. Retirei os pimentos quando já estava a pele a sair e pus as courgettes a grelhar.

Para o molho: piquei o alho e a cebola, juntei azeite, pimenta e sal e pincelei as courgettes com um bocadinho deste preparado.

Retirei a courgette quando já estava tostada e pus as salsichas e o chouriço. No final foi só colocar no prato o que quisemos e regar com este molho que é excelente. A pimenta dá-lhe um toque fabuloso. Também podem juntar uma colher de chá de mostarda ao molho. Eu não tinha em casa e hoje fui comprar :)

Neste inferno é o que sabe bem. Espero que quando lá for parar, tenha a oportunidade de fazer uns belos duns churrascos :) Pelo menos fogo não há-de faltar...

terça-feira, 15 de julho de 2008

Pudim de banana


Ando numa onda de aproveitamento de bananas. Estas que utilizei foram de férias para o cabo das tormentas e voltaram pelo cabo da boa esperança :)
De pobres bananas abandonadas, passaram a bananas resgatadas. E que bem que souberam :)
O meu pai tem ido todos os dias para a praia e traz sempre uma saca de frutas. Nós não sabemos quem lhe dá a fruta e varia muito: uns dias melancias, bananas e maçãs, noutros pêssegos, pêras, laranjas e etc. Então a minha mãe pergunta-lhe quem lhe dá a fruta e ele responde que é uma mulher :) É de desconfiar não é? Hummm...
Eu só lhe disse uma coisa: Não importa quem seja, nem o que andes a fazer com ela. Enquanto te for enviando a fruta fresquinha nós não nos importamos :)
O que se passa é que as senhoras que acompanham os meninos que vão para a praia levam fruta que a escola dá. E os meninos querem é brincar na areia e a fruta fica esquecida. Ora, para não deitarem a fruta fora, dão-na a quem gosta de a comer. E ainda bem... sobra para nós. Mas as pobres das bananas amadurecem demasiado depressa neste calor infernal e viram sobremesas refrescantes. Foi o caso deste pudim, bastante fácil de fazer e que fica grandinho (como não tenho uma forma grande, fiz em duas pequenas, mas o segundo pudim ficou pequenino. Usem uma forma maior mas vejam se depois cabe na panela de pressão).

Ingredientes:

3 bananas (usei da madeira)
2 dl de leite
1 casca de limão
6 ovos
70g de maisena
1 lata de leite condensado magro (usei do normal)
Caramelo para untar a forma (na receita não pedia mas tive receio que sem o caramelo o pudim não saísse da forma)

Preparação:

Descasque as bananas e reduza-as a puré. Ferva 1,5 dl de leite com a casca do limão. Bata os ovos com um garfo, dissolva a maisena no restante leite e junte aos ovos. Acrescente o leite condensado, misture bem e adicione o leite fervido, sem a casca do limão.
Misture a banana e coloque tudo numa forma. Coza o pudim na panela de pressão, durante 15 minutos, depois de começar a ferver. Desenforme e deixe arrefecer. Depois levei ao frigorífico. Ficou excelente e salvei umas bananas :)



Retirei a receita da revista "Mulher Moderna na Cozinha, nº 66"

sábado, 12 de julho de 2008

Padaria Ameixinha


Que título empregue seria mais verdadeiro?
Comprei finalmente uma máquina de fazer pão e demorei dois dias a tomar coragem para utilizá-la. A minha ansiedade levou-me a adiar um possível fracasso. Sim, porque adiei mas o fracasso aconteceu. O que é para nós, espera por nós e não lhe podemos fugir. "Ai destino ai destino... ai destino que é o meu..." Lá lá lá! Pronto, deu-me para a música e fui ver se a letra era mesmo assim. Acertei (as minhas noites de recinto da queima serviram para alguma coisa eh eh) e fiz esta pequena versão em alusão à minha MFP.

Ai destino, Ai destino
Ai destino que é o meu
Ai destino, Ai destino
Destino que a Worten me deu.

A MFP bateu à porta,
e eu deixei-a entrar
Parecia tão diferente,
confiei e fui em frente,
e com ela quis trabalhar
Infortúnio do destino,
esse meu passo infeliz
Fui padeira atraiçoada,
fui padeira mal-amada,
sem saber que mal eu fiz.

Destruiu a minha alegria
a vontade de amassar
Levou-me o que eu mais queria,
a vontade de levedar
Desde esse dia
nunca mais voltei a padeirar.
Fiquei eu e a fermento,
e a farinha mais chorada
Mas nada posso fazer,
e a MFP deixou-me desmoralizada.

É melhor ficar por aqui, senão vão pensar que tenho um prazer especial por esta música (sem querer ofender quem gosta). Tony, perdoa-me o abuso ;)

Continuando, experimentei a minha Clatronicazinha e a mal agradecida começou a deitar fumo a uma hora do fim do programa. Não poderia ser mais desmoralizador :( Eu toda contente, com tanto carinho a tentar fazer pão e a desgraçada parecia uma chaminé.
Resultado: a massa que estava na cuba saltou para o fogão numa tentativa de salvação desesperada. Ora, deitou-me abaixo. Mas não é uma máquina que me faz desistir à primeira. Há que ser persistente e contactar quem entende melhor do assunto. E que melhor blogue contactar senão este (só o nome diz tudo) e este. Duas ajudas preciosas a quem muito agradeço :)

Devo dizer que, o primeiro pão que foi parar ao forno, foi barbaramente comido por personagens algo esfomeadas e que, no dia a seguir, perguntavam se não havia pão igual ao do dia anterior. Percebem porque me formei em Psicologia? Esta gente cá de casa não é normal. O pão todo manhoso, nem crescer ele cresceu, comeram tudo e queriam mais igual.
Cá comigo conta muito o visual e, o segundo pão (na verdade o primeiro em condições) ficou assim como podem ver: espectacular (crédito da máquina que eu só fiquei a olhar). A quem ainda está na dúvida em relação à MFP, aconselho a comprar. Os pães ficam deliciosos e mantêm-se assim por muito tempo. Cá em casa já se anulou o pão de padaria. Agora é só pão fresquinho da padaria Ameixinha ;)

Já agora peço a colaboração de quem visita este singelo blogue. Temos uma grande preferência por pães com farinhas integrais. Mas tenho dificuldade em encontrar receitas. Se souberem de algumas receitas, de algum blogue ou livro agradeço que me enviem a sugestão para o mail ameixinhaseca@gmail.com.

E olhem: "quando não há pão, até as migalhas vão" ;)

Ingredientes:

500ml de água
1 1/2 colher (chá) de sal
1 1/2 colher (chá) de açúcar
500g de farinha integral
200g de farinha tipo 65 (usei 55)
1 pacote de fermento em pó (usei 20g de fermento de padeiro)

Diluí o fermento de padeiro na água morna e coloquei na cuba da máquina. Juntei o sal e o açúcar. Por fim, juntei as farinhas. Seleccionei o programa "normal", cor média, 1kg e liguei a MFP. Depois foi só comer quentinho com manteiga. Há lá coisa melhor que o cheiro a pão acabadinho de fazer e sem sujar as mãos?

E como Ghandi disse: "There are people in the World so hungry, that God cannot appear to them except in the form of bread."
Traduzindo: "Há pessoas com tanta fome neste Mundo, que Deus não lhes pode aparecer de outra maneira, senão em forma de pão."

Agradeço que continuem a clicar. E que nunca vos falte pão na mesa :)
Nota: vi esta receita para a MFP no blogue "Doces cozinhados" e no "Nacos e Noc's"

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Gratinado de Courgettes


Eu e a minha mãe sozinhas em casa é sempre motivo de experimentar receitas diferentes :) Estamos à vontade, podemos fazer o que nos apetece sem ouvir ninguém reclamar, sem pedir para se desviarem das portas dos armários, com licença, blá blá... Uma das razões porque costumo fazer as minhas experiências à noite é porque ninguém chateia ;) Normalmente, tenho que ouvir: "Já vais inventar outra vez?", "Que é isso?", "Que estás a fazer?", "Isso é bom?" ou "Quando abres um tasco?", "Podias começar a vender para fora". Não há alma que aguente e eu solto quase em grunhido: "Deslarguem-me que já estou a ficar possuída!!!" ;)

O melhor é que este mau feitio resulta e eu fico na paz.

Mas a minha mãe é a confidente de cozinha, adora coisas novas, adora que cozinhem por ela e fica feliz com "estas coisas" que eu faço. Quando lhe pergunto se quer comer algo que vou experimentar, nem pensa duas vezes e senta-se logo à mesa ;)

Costumo dizer que nós as duas somos umas porquinhas... comemos tudo sem refilar. O que é preciso é fome e, na maioria dos casos, gula.

Vi este gratinado numa das revistas "Mulher Moderna na Cozinha, nº104". Neste caso eram duas mulheres do século passado na cozinha. Mas, isso agora não interessa nada :)

É um bom acompanhamento e também achei que ficaria óptimo com atum ou carne pelo meio. Ficaria uma refeição completa, uma espécie de empadão de courgettes. E vou experimentar um outro dia. Como só eu gosto de legumes com casca, tive que "descasacar" a maioria das courgettes.



Ingredientes:

1kg de courgettes (usei apenas uma courgette porque é para duas pessoas)

2 cenouras raladas

4 folhas de hortelã

1 dente de alho

6 c. (de sopa) de pão ralado (coloquei 3)

azeite, queijo ralado, sal e pimenta q.b.


Preparação:

Lave e corte as courgettes em lâminas finas, no sentido do comprimento. Tempere de sal e pimenta. Descasque o alho e corte as folhas de hortelã finamente. Esmague o alho com a hortelã e misture com o pão ralado e o queijo.

Unte um tabuleiro com azeite e disponha metade das courgettes, cubra-as com parte das cenouras raladas e polvilhe com um pouco da mistura de queijo. Repita a operação e, por cima, verta um pouco de azeite. Leve ao forno durante 15 a 20 minutos. Uma delícia! Eu comi com uma pernita de coelhone estufada. E ele não se queixou do acompanhamento ;)



domingo, 6 de julho de 2008

Uma torta direitinha!



Eu e a minha saga de enrolar tortas. Não tenho qualquer afeição pela arte do enrolanço. Embora às vezes me enrole toda em certas coisas ;)
Não querendo enrolar ninguém, passo já para a receita desta torta que ficou direitinha... yes!!!
Aproveitei algumas cerejas que me foram oferecidas (não enrolar ninguém tem as suas vantagens, quanto mais não seja, receber coisinhas boas dos vizinhos eh eh) e não resisti à tentação de tentar fazer uma torta de cerejas :) Baseei-me numa receita que encontrei na revista "Mulher Moderna na Cozinha" nº 106 (2005) mas fiz algumas alterações.

Ingredientes da massa:
3 ovos
4 gemas (usei 3)
250 g de açúcar (usei 230)
4 colheres (sopa) de leite morno
125 g de farinha
1 colher (sobremesa) de farinha maisena
1 colher (sopa) de manteiga amolecida
manteiga e aroma de baunilha q.b. (ainda não encontrei aroma de baunilha, está esgotado ou ninguém compra por cá)

Ingredientes do recheio e cobertura:
1 chávena de creme de pasteleiro (fiz o meu na hora)
2 dl de natas (não usei)
15 cerejas
50 g de chocolate (tablete)
cacau em pó (usei açúcar em pó)

Untei um tabuleiro (usei o do forno) com manteiga e forrei com papel vegetal também untado.
Bati os ovos com as gemas até ficar fofo. Juntei o açúcar e bati mais um bocadinho. Adicionei o leite e quem tiver e quiser adicione a essência de baunilha também.
À parte peneirei as farinhas e envolvi no preparado de ovos, alternado com a manteiga amolecida. Verti a massa no tabuleiro e levei ao forno por 15 minutos. Retirei e polvilhei com açúcar. Desenformei e deixei arrefecer.
Entretanto preparei o creme de pasteleiro: fervi 1,5 dl de leite com uma casca de limão. Retirei a casca do limão. À parte, misturei 45g de açúcar, duas gemas e 15g de farinha. Verti o leite em fio, mexendo sempre. Levei ao lume até engrossar.
Barrei o bolo com o creme de pasteleiro e polvilhei com cinco cerejas picadas (acho que mais ficava melhor). Enrolei a torta com a ajuda do papel vegetal (não foi preciso o pano para ajudar) e aparei as pontas. Não usei, mas pode cobrir-se com as natas batidas com 2 colheres de açúcar. Eu polvilhei com açúcar em pó. Derreti o chocolate com um pouco de leite no microondas. Como ainda não tenho saco de pasteleiro (aiiiiii, que tristeza! Comprei um rafeiro que se desfez na primeira utilização, a culpa não foi minha ok?) pus o chocolate numa saca plástica e cortei a ponta. Fiz risquinhas por cima da torta e depois pus as cerejas em fila. Pus chocolate em cima das cerejas. E prontinho :)



Gostei muito do creme de pasteleiro... muito fácil! Só acho que gastei muitos ovos e a torta ficou "piquena" (a nível de altura da massa), gosto quando cresce muito (lá vem a malandrice eh eh).

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Quiche do que havia...




Numa altura de muito calor saiu uma quiche. E que bela quiche. Para quem gosta não há nada melhor. Algo leve, acompanhado de uma saladinha e temos um jantar agradável.

Como tinha comprado uma base de massa quebrada usei-a antes que terminasse o prazo. Ainda não experimentei fazer caseira... Quando tiver MFP torna-se mais fácil :)


Ingredientes:
1 base de massa quebrada
cebola q.b
azeite q.b
2 dl de natas
pimentos q.b
10 fatias de paio
10 fatias de fiambre
queijo ralado q.b. (usei emmental)
noz moscada q.b
sal q.b
cebolinho q.b.
2 ovos

Preparação:

Estendi a massa na tarteira e piquei-a com um garfo (grande asneira, a massa já é fina e como a tarteira é de fundo amovível, o recheio começou a escorrer), espalhei em círculo as fatias de paio. Numa frigideira, parti a cebola e levei-a a refogar em azeite. Juntei pimento verde e vermelho partido aos bocadinhos, o fiambre e as restantes fatias de paio. Temperei com noz-moscada e deixei refogar. Entretanto, bati as natas com os dois ovos e temperei de sal e noz-moscada. Espalhei o refogado de pimentos na tarteira e acrescentei o molho de natas. Coloquei as fatias de paio por cima, polvilhei com queijo, cebolinho picado e oregãos. Levei ao forno por 30 minutos.
Acompanhei com uma salada de milho cozido, cenoura ralada e tomate, regados com sumo de limão e oregãos.




Nota: Deveria ter usado mais ovos, tenho a sensação que cresceria mais. Mas, eu e a minha mania de evitar os ovos e o colesterol.

É que durante cerca de 10 anos comia uma gemada todos os dias antes de deitar... depois enjoei. O meu colesterol tá porreiro... mas o que posso evitar, evito, em nome de morrer um bocadito mais saudável ;)

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Tcharan!!!

Não resisto a mostrar umas fotos do "piqueno" cá de casa. Anda numa fase de atacar tudo o que mexe, come que nem uma lontra gigante e adormeçe nos sítios mais estranhos. Tcharan... É o Matias manhoso ;)

Agarrado às novas tecnologias...a vítima foi a bateria do computador :)

O sítio onde mais gosta de estar, seja acordado seja a dormir.

Pois é, tenho um sapo mas o desgraçado não se transforma em princípe nem por nada. Se calhar é sapa e o Matias lá se agarrou a ela :)


Parecia um dia de praia... estendido que nem um lagarto ao sol. Olhem-me para aquela barriga ;)

Desafio

Mais um desafio, e desta vez foi-me enviado pela Catarina! Ficam a saber mais um bocadito de mim :)


1- Um alimento que não gosto: nabos cozidos (mas adoro sopa de nabos);
2- Nomear as três comidas preferidas: Cozido, cabrito, bacalhau;

3- A minha receita preferida: Todas as que envolvam batata em puré;
4- A minha bebida favorita: Água e capuccino;
5- O prato que sonho fazer: Todas as novas receitas que vejo e que me entusiasmam... não há uma só. São mais que as mães ;)

6- A minha melhor recordação de culinária: as experiências falhadas e vitoriosas desenvolvidas na infância e adolescência.


Este desafio consiste em colocar o link de quem nos desafiou, colocar as regras e finalmente nomear outras seis pessoas!

Eu acho que a maioria gostaria de responder a este desafio. Mesmo que não o publiquem, pelo menos vão ficar a pensar nisto, certo?

:)